Jonathan Young - Children of Night


Se você acessa conteúdos sobre música, especialmente de Youtubers que tocam covers, talvez você tenha ouvido falado do Jonathan Young, ele conquistou milhões de seguidores na plataforma fazendo versões cover de músicas populares, de filmes, televisão e videogames, no entanto nos últimos anos ele lançou o seu primeiro álbum "Starship Velociraptor" com composições próprias e em outubro do ano passado o sucessor foi lançado sob o título "Children Of Night".

Ouvindo o som do cara pude notar algumas influências de bandas como Sabaton, Powerwolf, uma mistura de Power metal, Symphonic metal e de algumas coisas mais modernas, segundo o próprio a sua música é para fãs Sabaton, Ghost e Three Days Grace, eu tenho que concordar com essa afirmação.

Quando YouTubers fazem música, raramente é interessante para quem curte o velho e bom Heavy metal, apesar de algumas passagens mais épicas, algumas guitarras legais aqui e ali, o álbum deixa a desejar na minha opinião, talvez aqueles que curtem as citadas bandas acima consigam gostar.

O álbum tem algumas boas faixas como a faixa-título "Children of Night", "Witch Hunter" e "Army of the Dead", mas é isso apenas, faltou punch, atitude, menos partes com vocalizações no estilo Ghost (uma das bandas que eu mais detesto do cenário musical atual, cadê o metal naquela banda?).

Bem, infelizmente eu esperava mais, mas acho que já era de se esperar, quem sabe no futuro ele posso entregar um trabalho melhor para o meu gosto, mas como dizem: Cada um tem o seu gosto.

Rating: 6/10

Banda:

Jonathan Young - Vocals, All instruments

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Höwler - Descendants of Evil


Höwler é uma banda de Thrash metal da Costa Rica formada em 2008, a qual lançou três álbums de estúdio antes desse novo álbum intitulado 'Descendants of Evil'. A banda faz parte do New Wave of Thrash metal e, claro, sendo totalmente influenciados pelo Thrash metal do final dos anos 80 de bandas como Testament, Exodus e Annihilator, mas também incluindo algumas coisas do Crossover.

O álbum tem inicio com a música 'The New World Disorder', uma paulada no ouvidos do começo ao fim, mas a próxima 'Panzer 666' é melhor ainda, aqui as coisas aceleram e traz o melhor do Thrash metal, lembrando o Testament, sem dúvida uma das melhores do álbum.

A banda tem uma abordagem melódica e técnica em sua música, aliás muito bem vindos, pois por mais pesado que um álbum seja o fator melodia é muito importante para manter a sonoridade menos enjoativa e variada.

A instrumental 'Supernova' serve para demonstrar as habilidades dos guitarristas David Mora e Renan Obando mais uma vez mostram claramente sua habilidade de tocar, enquanto que na faixa 'Anthem to the Warfare' o Thrash metal volta com tudo, inclusive com aquela típica linha destacada de baixo, o mesmo ocorre na próxima 'Cycle of Violence' que varia entre partes rápidas e candenciadas.

O álbum até possui a faixa 'Live to Party, Party to Live', a qual é mais focada no Heavy metal clássico do que no Thrash metal e que a letra menciona várias bandas como Exodus, Megadeth, Ozzy, etc.

Enfim, um álbum que eu recomendo para os fãs de Thrash metal oitentista.

Rating: 8/10

Banda:

Carlos “Charlie” Díaz – vocals
David Mora – guitars
Renan Obando – guitars
José “Fucas” Mora – bass
Leyner Mora – drums

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Steel Rath - Prayers of War


'Prayers of War' é o segundo ábum dessa banda brasileira de Heavy metal, mais precisamente formada na cidade de França/SP em 2019. Esse é o segundo álbum do quarteto e o segundo que foi lançado pelo selo grego Alone Records, infelizmente não tive a oportunidade de escrever sobre o primeiro, mas cá estou para conferir esse novo trabalho.

A banda bebeu bastante da fonte do N.W.O.B.H.M. para moldar o seu estilo, especialmente de bandas como o Iron Maiden, pois basta conferir as guitarras da primeira faixa 'Fury Road', na verdade todo o resto lembra a banda britânica, claro, os vocais não estão à altura de um Bruce Dickinson, talvez essa seja a parte negativa do álbum, não pela performance do cantor, mas o fato de os vocais estarem muito altos na mixagem, mas se isso não te incomodar, não será esse detalhe que te afastará de conferir o som deste álbum.

Se você gosta daquele tipo de som galopante e com guitarras gêmeas que o Iron Maiden sabia fazer muito bem nos anos 80, não deixem de conferir a faixa-título 'Prayers of War' e a 'Fire Eagle', no entanto a faixa 'Hammer Grinder' me lembrou o Viper dos tempos dos dois primeiros álbuns, muito boa por sinal.

Gostei dos riffs da faixa 'Rhythm of the Storm', uma boa música, mas na próxima as coisas ficam um pouco mais calmas com a pesada balada 'Crimson Star', que conta com melodias muito interessantes e que tem um certo apelo emotivo.

Sem dúvida foi uma boa surpresa vinda dessa banda paulistana e espero poder ouvir mais música vinda deles no futuro, pois esse álbum é recomendado, especialmente se você apoia a cena nacional.

Rating: 8/10

Banda:

Bruno Coimbra - vocals
Alex Livás - guitar
André Ranhel - bass
Jiúlio D. César - drums

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Graveyard - 6


O novo álbum do Graveyard tem um título simples '6', pois é óbvio que se trata do sexto álbum dessa banda de Gotemburgo, o qual foi lançado mais de cinco anos após o último álbum de estúdio, provavelmente devido à Pandemia e o resultado está aqui.

O novo álbum do Graveyard ainda representa aquela marca registrada da banda, com muita influência dos anos 60, 70, mas um pouco mais sombrio que o último álbum 'Peace', talvez a pandemia possa ter influenciado nesta parte, mas não tem como negar que tivemos essa pequena mudança na sonoridade.

Momentos sombrios e psicodélicos podem ser encontrados na 'I Follow You', assim como a 'Breath in Breath Out'. Após o tom mas sombrio eis que surge uma faixa mais Blues rock 'Sad Song', uma faixa mais lenta, mas muito bem elaborada.

'Just a Drop' traz alguns riffs um pouco mais pesados de volta, enquanto que o Blues e rock retrô psicodélico volta à cena com 'Rampant Fields', esta bem densa e emotiva.

Este álbum reflete as marcas registradas da banda e ao mesmo tempo mostra um clima diferente concentrando suavidade e um lado sombrio. É um álbum recomendando, mesmo com a chuva de bandas tentando resgatar aquela sonoridade dos anos 70, o Graveyard consegue se destacar e consegue recompensar quem curte o estilo.

Rating: 8/10

Banda:

Joakim Nilsson - vocals/guitar
Jonatan Ramm - guitar
Truls Märck - bass
Oskar Bergenheim - drums

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Blacknetic - Darkness Falls


Blacknetic é uma banda alemã de Heavy/Thrash metal formada em 2012 e que lançou o seu álbum de estreia 'Darkness Falls' no ano passado, antes a banda chegou a lançar uma demo e um EP 'See the BlacKNesS...' em 2016.

Bom, vamos ao álbum: Depois de uma introdução temos a música 'Know Your Circle', nesta já podemos notar o estilo adotado pela banda, a qual toca um Heavy metal, mas também com diversas passagens de Thrash metal, como pode ser conferido nos riffs dessa música que é mais cadenciada, mas muito boa por sinal.

A próxima 'Help Me Die' conta novamente com grandes riffs de guitarra, mas com dose extra de melodia, especialmente nos solos de guitarra e ganha uma certa dose de velocidade neste interim. O interessante é notar que a banda ter uma certa dose de personalidade, apesar de semelhanças óbvias de bandas como o Judas Priest, Iron Maiden ou Metal Church. Quase na mesma linha temos a 'Even the Void', lembrando um pouco o Megadeth.

A 'Hell & Fire' é um pouco mais pesada e merece ser ouvida sem dúvida, no entanto o destaque maior vai para a 'Other Lives', esta é provavelmente a minha favorita do álbum, pois soa pesada, sombria e energética ao mesmo tempo. Encerrando o álbum uma versão pesada da música do 'Over The Hills And Far Away' de Gary Moore.

Após ouvir esse álbum algumas vezes, eu posso confirmar que vale muito a pena, pois o álbum possui momentos que cativam com riffs, melodias e peso sombrio. A banda tem talento e mostrou que sabe compor boas músicas, vou aguardar um novo álbum em um futuro não muito distante.

Rating: 8/10

Banda:

Peter Sowade - guitars/vocals
Martin Huber - guitars 
Sam Wagner - bass/backing vocals
Chris Erlbacher - drums

Ex-membro:
Ronny Kloß - guitars (no álbum)


Amplifire - Bloodbath Revolution


Amplifire é uma banda de Heavy metal formada na cidade de Karlsruhe, Alemanha e 'Bloodbath Revolution' é o quinto álbum de estúdio. Os álbuns anteriores já ofereciam um heavy metal sólido, mas por algum razão demorei para conferí-los, mas antes tarde do que nunca. O som é um Heavy metal  clássico/tradicional, que dominantemente conta com andamentos mais cadenciados, com boas melodias e vocalizações interessantes do vocalista Simon Axe.

A faixa 'The Abott in Black' dá início ao disco e inspira-se principalmente na NWOBHM, possuindo um refrão poderoso e já servindo para destacar os vocais do frontman, inclusive me fez lembrar do Heavy Load e levemente o vocalista do Axxis.

Como o próprio título sugere, a 'Heavy Metal Dynamite' traz um explosão com seus riffs, excelente refrão, backings vocals no melhor estilo grito de guerra, sem dúvida um grande destaque do álbum. A seguinte 'Geronimo' conta novamente com backing vocals e refrão que você sai cantando junto, além de riffs que me lembraram do Grave Digger.

As faixas 'Wild Days Of Thunder' e 'Inferno' são um pouco mais rápidas, eu digo em comparação ao restante do álbum, pois em geral o andamento é cadenciado, e é isto que eu mais gostei. A próxima 'Macbeth' começa de forma épica, com guitarras melódicas, para depois entrar riffs no estilo do velho Metallica, uma faixa mais longa, trazendo um certo ar de complexidade e certa variação ao som e outro destaque fica para a faixa-título 'Bloodbath Revolution' que encerra o álbum com riffs marcantes e, novamente, um bom refrão.

Se você é fã do velho e bom heavy metal oitentista, direto, sem frescuras, você deve conhecer o trabalho do Amplifire agora mesmo, pois é aquele típico álbum que gruda na sua mente e que te faz apertar o play novamente.

Rating: 9/10

Banda:

Simon Axe - Vocals
Stefan "Coach" Kunz - Guitars
Björn Walter - Bass, Vocals
Günter Jäger - Drums

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Rook Road - S/T


Rook Road é uma banda de Hard rock da Alemanha bastante influenciados por bandas como o Deep Purple (especialmente no velho som do Hammond), Uriah Heep, Whitesnake, Led Zeppelin, entre outras bandas de classic rock, ou seja, aquele velho som daquelas bandas dos anos 70 se faz presente na sonoridade da banda.

O álbum começa com a faixa 'Talk Too Much' tem teclados que lembram Deep Purple e Uriah Heep, no entanto me lembrou o velho Whitesnake com algo do Gary Barden no MSG, o mesmo ocorre com a seguinte 'Sick To The Bone'. 

Vale destacar o vocalista Patrik Jost que possui um voz muito boa para o estilo da banda, basta conferir a dramática balada 'Sometimes' e a 'Romeo', esta última lembra muito a fase antiga do Whitesnake.

O classic rock volta na faixa 'Kinda Glow' naquele estilo Uriah Heep que conhecemos muito bem, enquanto que a 'Tower' remete ao Deep Purple e encerrando o álbum temos a ótima balada 'Egyptian Girl', mostrando novamente a habilidade vocais do cantor.

Esse foi um álbum divertido de ouvir, ele não traz nada que já não ouvimos antes, mas eles interpretaram a sua música com paixão e conhecimento do estilo e pode agradar aqueles que curtem um Hard rock influenciado por bandas sententistas.

Rating: 7,5/10

Banda:

Patrik Jost - vocals
Uwe Angel - guitars
Hannes Luy - hammond, keyboards
Sebastian Mitael - bass
Thomas Luther - drums

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Anger - XXX - 30th Anniversary (CD single)


Essa banda de Thrash metal alemã chamada Anger foi formada em 1991, lançando uma demo em 1992, no entanto no próximo ano, a banda mudaria o seu nome para Congency e lançariam o álbum 'The Cogency Revenge' em 1993, o qual tem um som baseado no Thrash metal da Bay Area de bandas como Testament, Exodus, Vio-lence e o velho Metallica, mas sem deixar aparecer influências germânicas do Kreator, Sodom, etc. Depois de um hiato a banda mudaria o nome novamente para Anger, chegando a lançar algumas demos a partir do ano de 2002 até o ano de 2008 que marcou a separação da banda, mas em 2019 a banda voltaria a ativa com um novo baixista e concertos, no entanto devido à pandemia este novo material só pode ser lançado em 2022 e este novo single intitulado 'XXX' foi lançado.

Este single possui três musicas, iniciando com a 'Goodbye Bitch' a qual me lembrou o Motörhead. A próxima 'Validation' ainda traz aquela vibe meio Motörhead, como deu para perceber a banda incorporou na sua sonoridade o som do Lemmy e cia, mas ainda mesclando com Heavy metal e Thrash metal, pois na última faixa 'The Little Things' acontece a mesma coisa, no entanto esta é um pouco mais Thrash e veloz.

Enfim, a música contida aqui é legal, tem boas influências, mas como é apenas um single, vamos aguardar um album completo para conferir todas as influências e que não demore tanto tempo.

Rating: 7/10

Banda:

Markus "Bomber" Draeger - Vocals, Guitars
Mathew Hailingsworth - Bass
Rolf "Itti" Ittner - Drums

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Cyhra - The Vertigo Trigger


A banda Cyhra foi formada em 2017, a qual conta com alguns nomes conhecidos na cena musical, sendo criada pelo vocalista Jake E. (ex-Amaranthe) e o guitarrista Jesper Strömblad (The Halo Effect, ex-In Flames). O 'The Vertigo Trigger' é o terceiro álbum lançado pela banda.

Este álbum tem um estilo diferenciado, na verdade é um álbum que pode não agradar aqueles que esperam um álbum de Metal ou Hard rock, pois temos muitas coisas que se enquadram no pop, basta conferir a primeira faixa 'Ready to Rumble' que começa pesada, mas logo em seguida entra com uma parte moderna e muito leve, com sintetizadores e alguns riffs. Pense em bandas como Amaranthe ou Within Temptation, mas com vocais masculinos. Esta mistura de pop, metal e até partes eletrônicas é demonstrada mais nitidamente na 'Let’s Have My Story Told', ou seja, um tipo de música que pode desagradar muito quem não curte a proposta.

Da mesma forma '1.000.000 Fahrenheit' tem alguns sintetizadores, riffs até que pesados, um refrão até que legal, mas sinceramente as partes pesadas são totalmente destruídas com essas passagens pop e eletrônicas.

No entanto, o grande problema desse álbum é que a música é muito leve e baseada no pop, quando temos um pouco de peso, como riffs de guitarra bem feitos, eles acabam sendo esquecidos devido as partes totalmente pop, um outro exemplo é a faixa 'The Voice You Need to Hear', eu desejaria que fosse uma faixa que eu não precisasse ouvir, chega até soar como algo constrangedor.

Outro fato negativo do álbum é a repetição, parece que estou ouvindo sempre aquela mesma coisa: músicas que começam com riffs de guitarra, ficam leves demais, partes eletrônicas e totalmente sem sal da primeira até a última faixa.

Levando em consideração o histórico dos músicos envolvidos aqui, era para o resultado ser bem melhor, não adianta tentar "inovar" quando isto causa monotonia, constrangemento, o pior é chamá-los de Metal ou Hard rock, pois estão muito longe desses estilos. Apenas confira esse álbum se você curte o estilo ou ficou curioso pelos músicos envolvidos, mas no geral eu não recomendo esse álbum.

Rating: 6/10

Banda:

Jake E. - vocals, keyboards
Jesper Strömblad - guitars, bass
Euge Valovirta - guitars, bass
Marcus Sunesson - guitars
Alex Landenburg - drums

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Phil Campbell and the Bastard Sons - Kings of the Asylum


'Kings of the Asylum' é o 3º álbum do Phil Campbell and the Bastard Sons, neste novo trabalho temos a estreia do vocalista Joe Peters em um álbum de estúdio, já que o mesmo já havia participado do álbum ao vivo 'Live in the North', mas mesmo com essa mudança, o som da banda continua intacto, ou seja, um rock n' roll metalizado com pitadas de Hard rock.

A faixa 'Too Much is Never Enough' tem uma pegada mais Heavy metal, mas sem deixar o lado festivo do Hard rock ao mesmo tempo. Seguindo uma linha mais da antiga banda do Phil Champbell, a 'Strike the Match' é uma divertida faixa rock n' roll.

Outra faixa que vai mais para o lado Hard rock é a 'Schizophrenia', muito boa por sinal, enquanto que a faixa-título 'Kings of the Asylum' mescla com um som mais comercial.

Se você sente falta do velho Motörhead, a música 'The Hut' é para você, pois ela é praticamente uma "nova versão" de 'Ace of Spades', no entanto as coisas voltam ao estilo básico da banda com as 'Show no Mercy' e 'No Guts! No Glory!', duas músicas que merecem destaque com a energia que é emanada de ambas.

Em geral 'Kings of the Asylum' cumpre o seu papel, mesmo já sabendo que o Motörhead nunca voltará, mesmo porque nem faria sentido, mas pelo menos é bom saber que Phil e os seus herdeiros estão deixando a chama do rock n' roll acesa.

Rating: 7,5/10

Banda:

Phil Campbell - guitars
Todd Campbell - guitar, harmonica
Tyla Campbell - bass
Dane Campbell - drums
Joel Peters - lead vocals

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Lancer - Tempest


A banda sueca Lancer de Power metal está de volta com o seu 4º álbum de estúdio depois de um hiato de seis anos, o seu último álbum 'Mastery' doi lançado em 2017 e após o período da pandemia e mudanças na formação com a entrada de um novo vocalista e baterista, a banda acaba de soltar o seu mais novo álbum intitulado 'Tempest' e lançado no Brasil através da Shinigami Records.

As 10 faixas contidas neste álbum mantêm aquele estilo típico Power metal europeu inspirados em bandas como Helloween, Edguy ou Hammerfall.

Eu pude perceber que a banda tirou o pé do acelerador neste álbum, pois as músicas estão mais lentas, com menos solos rápidos e até com um certo groove em algumas partes, mas em compensação a produção não está muito boa, fazendo que o som fique embolado.

A faixa 'Purest Power' inicia o álbum com um baixo destacado, para depois acelerar um pouco e logo em seguida ficar cadenciada, uma boa faixa, apenas isso. Em compensação a próxima 'Fan The Flames' é melhor, possuindo uma melodia interessante e solos de guitarras bem executados.

'Entity' lembra um pouco o Edguy, enquanto que a faixa-título é uma balada, servindo para demonstrar que o novo vocalista tem uma boa voz, mas novamente, a produção deixou a desejar.

Na segunda metade do álbum, a faixa 'Blind Faith' volta ao Power metal tradicional, possuindo uma interessante instrumentação e bons riffs de guitarra. O restante do álbum é apenas razoável, não apresentando faixas realmente empolgantes que mereçam destaque.

O som do Lancer pode soar nada diferente ou revolucionário, mas sabem o que estão fazendo dentro do estilo Power metal, mas infelizmente a produção prejudicou um pouco o resultado final.

Rating: 7/10

Banda:

Jack L. Stroem - vocals
Fredrik Kelemen - Guitars
Ewo Solvelius - Guitars 
Emil Öberg - Bass
Pontus Andrén - Drums

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Samael - Rebellion [EP]


O Samael começou sua carreira tocando um som pesado e agressivo influenciado por bandas como o Celtic Frost, Venom, entre outras, mas logo após o primeiro EP e o primeiro álbum álbum completo, a banda começou a sua mudança radical de estilo, incluindo teclados inicialmente, para depois alcançar a fase do "ame ou odeie" ao adotar um som que eu definiria como um Black metal sinfônico industrial.

'Rebellion' é um EP lançado em 1995, lançado com sobras do álbum 'Ceremony Of Opposites' de 1994, o qual recebe uma reedição agora através do selo ucraniano Metal Scrap Records. O som presente aqui é pesado, mas ao mesmo tempo melodioso e com os elementos que marcaram o som da banda.

A faixa 'Rebellion' é uma faixa poderosa, pesada, com alguns elementos que lembram a primeira fase da banda, mas claro, ainda utilizando os elementos "novos" adotados em seus trabalhos seguintes. 

Temos a 'After the Sepulture' em sua versão lançada no single de 1993 com o mesmo nome, uma música muito boa por sinal e a melhor deste EP. O cover do Alive Cooper 'I Love the Dead' não é muito interessante na minha opinião, mesmo a banda tendo colocado o estilo deles na música, mas sendo direto, ela é uma versão bem chata, enquanto que a 'Static Journey' é apenas razoável, assim como a versão em alemão contida aqui como 'Hidden Track'.

'Into the Pentagram' é um remake de uma velha música presente no primeiro EP e no primeiro álbum, eu não me recordava das primeiras versões, mas esta nova versão é muito boa, especialmente a parte das guitarras.

Apesar de ser um EP de curta duração, ele é recomendado para fãs da banda ou se você faz parte da galera que ama o tipo de experimentações que o Samael faz e que influenciou muita gente por aí.

Rating: 8/10

Banda:

Vorphalack - Guitars, Vocals, Bass
Xytraguptor - Drums, Percussion, Keyboards

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Tailgunner - Guns for Hire

Às vezes basta olhar para a capa de um álbum e já é suficiente para ter uma boa noção do que você vai ouvir e é exatamente isso que acontece com o Tailgunner, pois definitivamente além deste aspecto, traz em seu som uma clara influência de bandas clássicas do Heavy metal, com o Iron Maiden, Judas Priest, Saxon, Accept ou bandas novas como o Enforcer, trazendo as famosas guitarras gêmeas e melodias típicas daquelas bandas e ainda somadas com um ritmo acelerado na maior parte do tempo.

A primeira faixa já é impecável na sua proposta, já que 'Shadows of War' começa com uma guitarra épica e melódica servindo para introduzir uma das melhores faixas do álbum em sua construção metálica, contando ainda com um refrão eficiente. A faixa-título 'Guns for Hire' é o single do álbum, sendo uma faixa rápida, melódica e com um poderoso refrão e seguindo o mesmo estilo temos a 'White Death' com sua introdução cadenciada contando com bons riffs de guitarra e depois ganhando velocidade.

A faixa 'Revolution Scream' é mais melódica que as anteriores, enquanto que a 'Futures Lost' é mais energética, um destaque do mais puro metal. Seguindo essa tendência de faixas velozes, temos ainda as 'New Horizons' e a 'Warhead', esta última com uns vocais um pouco mais rasgados, umas das músicas que merecem destaque, sem dúvida.

Outro destaque vai para a 'Blood for Blood', esta mais cadenciada, mas não menos forte e intensa, contanto com um riffs bem legais, sendo uma das minhas favoritas.

'Guns for Hire' é um álbum construído no metal clássico, o qual me causou uma impressão muito boa. Os jovens músicos certamente curtem o estilo, mostrando energia e capacidade de criar boas canções de Heavy metal. Um álbum com muito potencial para entrar entre os melhores de 2023.

Rating: 9/10

Banda:

Craig Cairns - vocals (Induction, Metal Order, Titan Blood) 
Zach Salvini - guitars
Patrick van der Völlering - guitars
Thomas Hewson - bass
Sam Caldwell - drums

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Thorzel - O Mestre do Aço


Thorzel é um projeto de Heavy metal/Speed metal idealizado pelo vocalista/guitarrista Christian Lima da banda Prellude da cidade de Mogi das Cruzes em São Paulo. Este álbum intitulado 'O Mestre do Aço' é o segundo álbum do Thorzel, o qual estava engavetado desde 2021 e apenas agora recebe o seu lançamento official em versão física, sendo sucessor do álbum autointitulado de 2017.

Algo bem interessante em relação à banda é o fato das letras em português serem realmente interessantes e bem escritas, no entanto o álbum possui duas faixas cantadas em inglês que serão comentadas mais adiante.

O álbum tem início com a faixa 'Cavaleiros a Serviço de Satã' que tem um tom mais épico e bons riffs de guitarra que lembram bandas como Grave Digger, Running Wild, Accept, além do seu ritmo frenético na maior parte do tempo. Em seguida temos a 'Senso Comum', esta mais cadenciada, mas que ainda conta com aqueles riffs típicos do Running Wild.

Falando em letras bem escritas, a música 'Guerreiro da Luz' possui uma letra bem legal, além de ser uma faixa mais diferenciada em seu instrumental e backing vocals dando um toque épico a mesma. A próximas duas faixas são cantadas em inglês, a primeira 'Prellude Band' que soa mais como uma música do Prellude, pois vai mais para o lado do Hard rock, enquanto que a 'The Great War' é quase um cover do Running Wild dos tempos do Under Jolly Roger ou Port Royal.

A 'Mestre do Aço' tem elementos que remetem ao Grave Digger, tem um ritmo acelerado na maior parte do tempo, baixo destacado, instrumentação que harmoniza muito bem com a letra. Na seguência temos a 'Serpente Emplumada', a qual já começa acelerada e com bons riffs, sendo curta e direta em sua proposta.

Encerrando o álbum temos as faixas 'Lado Sombrio', com um um refrão bem interessante, enquanto que a última faixa 'O Eu de Primeira' trata-se de uma balada, flertando novamente com o Hard rock.

'O Mestre do Aço' é um disco muito bom de Heavy metal nacional, honesto, direto, sem frescuras e que merece ser conferido por amantes do estilo e por aqueles que apoiam a cena nacional.

Rating: 8/10

Banda:

Christian Lime - guitarra/vocal
André Marques - baixo/guitarra
Ramon Mantuan - bateria

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Vocifer - Jurupary


Vocifer é uma banda de Heavy/Power metal brasileira formada em Palmas/Tocantins e que chega ao seu segundo álbum 'Jurupary' trazendo elementos da cultura Amazônica e sucessor do álbum 'Boiuna' de 2014. O álbum foi produzido pelo Thiago Bianchi (Noturnall, ex-Shaman).

A banda trouxe elementos folclóricos e passagens de metal progressivo dentro do seu Power metal, o Vocifer é uma banda para aqueles que curtem os três primeiros álbuns do Angra com o André Matos, com certas diferenças, claro, no entanto é uma ótima comparação.

Depois de uma introdução instrumental com arranjos orquestrados, incluindo flautas, etc, vem o single 'The Voice of the Light' que possui até um videoclipe em forma de desenho animado, esta música segue a linha dos primeiros do Angra com riffs e andamentos de bateria interessantes. A próxima 'Bridge of the Stars' é a típica faixa Power metal, bateria mais rápida, melodias e teclados abundantes, uma boa faixa, mas vai mais para o lado clichê do estilo.

A faixa 'Vanity in Disguise' é mais interessante que a anterior e que conta com a participação do baterista Daniel Mazza. Esta faixa conta com variações harmônicas nos vocais, além de bumbos duplos de bateria e riffs de guitarras dando uma certa dose de energia a música.

O ritmo cai um pouco com a acústica 'Rain of Doubts', mas logo em seguida temos a 'Wings of Hope' que acelera as coisas, a qual traz a participação da vocalista Daísa Munhoz (Soulspell) que trouxe uma variação nas harmonias vocais, além de solos de guitarras virtuosos, uma faixa que merece destaque.

Apesar do começo mais Heavy metal da 'Pleasure Paradise', esta música tem um toque mais de Hard rock, especialmente em seu refrão, sendo uma música mais variada e até bem vinda. Em contrapartida, a faixa 'We Are' que conta com a participação dos Tambores do Tocantins é tipicamente influenciada pela música brasileira, com tambores, flautas, ou seja, algo mais ou menos parecido que o Angra já fez, eu particularmente não sou fã deste tipo de música, mas gosto é gosto.

Luis Mariutti (Sinistra, ex-Angra, ex-Shaman) participa da música 'Life', e a sua participação fica evidente no baixo destacado no decorrer da música, faixa também que conta com solos harmônicos muito bem executados, além de uma passagem acústica e voltando a ficar veloz logo após. Sem dúvida essa música é bem na linha Angra.

Por fim temos 'To Be Alive', que conta com uma participação de Thiago Bianchi (Noturnall, ex-Shaman) nos vocais, além do mesmo ter produzido o álbum. Essa faixa é novamente a típica faixa Power metal.

O Vocifer é uma banda que possui músicos talentosos e mostrou que pode se destacar no cenário nacional, mas com uma ressalva deste que vos escreve, eu desejaria que a banda saísse da sombra das bandas Angra e Shaman e percorressem seu próprio caminho, claro, quem curte as citadas bandas é um prato cheio, mas acredito que eles possam ser muito mais que isso no futuro.

Rating: 7/10

Banda:

João Noleto - Vocals
Pedro Scheid - Guitars 
Gustavo Oliveira - Guitars 
Lucas Lago - Bass 
Alex Cristopher - Drums

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Ricochet - Kazakhstan


Ainda me lembro quando ouvi essa banda de Metal progressivo melódico da Alemanha pela primeira vez, na verdade eu comprei o primeiro álbum 'Among the Elements' em 1996, mesmo ano que ele foi lançado. Apesar de parecer que isso foi há muito tempo, pelo menos para os leitores mais novos, para mim foi como ontem, pois ainda me lembro da primeira impressão que tive ao escutá-lo e posso dizer que aquele álbum é uma joia obscura do metal progressivo com suas caraterísticas que me trouxeram a mente bandas como Queensrÿche e Fates Warning (segunda metade do álbum) e Dream Theater, inclusive o vocalista lembrava muito a segunda banda.

Passado vários anos eu simplesmente esqueci de conferir se a banda tinha lançado mais álbuns, mas talvez a explicação seja o fato que o segundo álbum 'A Teartown Story' ter sido lançado apenas em 2005, passando totalmente desapercebido por este que vos escreve, até que finalmente fiquei sabendo deste novo álbum intitulado 'Kazakhstan', lançado agora em 2023.

Uma grande diferença e que deu um impacto no som da banda, foi a entrada do vocalista Michael Keuter, que tem uma voz bem mais legal, mais poderosa, ele cantou em banda cover do Uriah Heep, a Easy Livin' por alguns anos e realmente possui um voz bem mais interessante.

O álbum tem início com a faixa 'The Custodians' é como uma versão mais pesada do Uriah Heep e que conta com um som oriental muito interessante após o solo de guitarra, dando um toque especial a ela, além das partes de guitarra de Heiko Holler serem muito bem executadas.

Falando em guitarras, a faixa 'King Of Tales' possui riffs muito legais e melodias grudentas, no entanto essa música é puramente de Metal progressivo. A longa e interessante 'Farewell' possui um clima com andamentos diferentes, várias passagens de teclado, para depois virar uma balada mais melancólica, uma faixa que faz jus ao estilo que eles tocam, talvez ela pode ser chamada de Rock progressivo sinfônico.

'Interception' é uma música lenta que nos remete aos anos 70, muito boa por sinal. Enquanto que a 'Waiting For The Storm' é uma das que eu mais gostei, com um refrão e teclados mais no estilo AOR.

O riff de guitarra no início da 'Beyond The Line' me lembrou o Conception, e a faixa-título 'Kazakhstan' com uma introdução com som do Oriente Médio, com seus riffs pesados e solo de teclado é outro destaque.

Sem dúvida 'Kazakhstan' é muito melhor que o álbum de estreia, pois musicalmente e vocalmente está bem superior, trazendo pesadas influências dos anos 70 e bandas clássicas do Rock/Metal progressivo. Confira o Ricochet, pois vale a pena.

Rating: 8/10

Banda:

Christian Heise - Vocals
Heiko Holler - Guitars
Hans Strenge - Bass
Jan Keimer - Drums
Björn Tiemann - Keyboards

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Scar Symmetry - The Singularity (Phase II: Xenotaph)


A banda sueca de Death metal melódico progressivo Scar Symmetry começou a sua carreira musical, assim como muitas outras bandas do estilo, nos anos 2000, mas precisamente no ano de 2004. Neste mesmo ano a banda lançaria uma demo, seguido do álbum de estreia em 2005, chegando agora ao seu sétimo álbum de estúdio, o qual é a continuação do álbum anterior 'The Singularity (Phase I: Neohumanity)', seguindo o mesmo conceito.

A banda sofreu diversas mudanças na formação desde a sua formação, mas aparentemente essas mudanças não impactaram o som da banda, que apesar de algumas incursões mais modernas em seu último álbum, a essência e a personalidade da banda ainda são as mesmas, pois basta conferir a primeira faixa 'Chrononautilus' que começa detonando, alternando com vocais rasgados e limpos, passagens rápidas e agressivas de bateria. Em contraste a faixa 'Scorched Quadrant' é mais cadenciada, melódica e com um refrão mais pegajoso, mas ainda contando com riffs de guitarra muito bons.

Mais melódica ainda é a 'Overworld', que não chega a ser um destaque, e no mesmo estilo, pelo menos no início, a próxima faixa 'Altergeist' é melhor, apresentando um resultado mais pesado no seu final.

Um peso maior volta com a 'Digiphrenia Dawn', assim como a minha favorita 'A Voyage With Tailed Meteors', além de pesada, é rápida, com vocais rasgados na maior parte do tempo, sem dúvida a melhor faixa do álbum, seria muito legal se o álbum tivesse mais faixas como esta, mas ainda sim, é um álbum muito bom.

Com 'The Singularity (Phase II: Xenotaph)', o Scar Symmetry conseguiu lançar um álbum sólido, mais pesado que o seu antecessor, não é um álbum inovador ou algo do tipo, mas a banda não decepcionou, isso é fato.

Rating: 8,5/10

Banda:

Lars Palmqvist - Vocals (clean)
Roberth Karlsson - Vocals (harsh)
Per Nilsson - Bass, Guitars, Keyboards, Songwriting
Ben Ellis - Guitars
Henrik Ohlsson - Drums, Lyrics

Contato:

Dark Sky - Signs of the Time


Dark Sky é uma banda de Hard rock/Melodic metal da Alemanha formada no começo dos anos 80, lançando algumas demos ainda naquela década, no entanto o primeiro álbum 'Believe it' seria lançado apenas em 1998, o qual obteve sucesso na Asia. Aquele álbum foi seguido pelo 'Edge of Time' de 2002, o resenhado aqui 'Living & Dying' de 2005, seguido dos álbuns 'Empty Faces' de 2008 e 'Initium' de 2012, além de um álbum ao vivo 'Once', também resenhado aqui. Agora chegou a hora de conferir este novo álbum intitulado 'Signs of the Time' lançado através do selo Metalapolis Records.

Infelizmente durante a pandemia todos os membros da banda, com exceção do fundador e vocalista Frank Breuninger, deixaram a banda, fazendo o processo de composição deste álbum ser mais longo do que o esperado, mas apesar de tudo isso, a banda conseguir finalizar o álbum, o qual foi produzido por Markus Teske (Symphony X, Vanden Plas) e contou com ajuda de alguns membros da banda Kissin' Dynamite em duas músicas: a 'Forgiveness' e 'You and Me', além de ajudarem na letra da música 'Heroes on Ice', esta composta em homenagem ao time de hockey "Schwenninger Wild Wings".

A faixa mencionada acima 'Heroes on Ice' é a primeira música do álbum e nela já podemos perceber que o álbum foi muito bem produzido, esta música possui um refrão bem contagiante e uma melodia e refrão inesquecíveis. A próxima 'Fool' tem um teclado destacado e ainda conta novamente com um refrão grudento, enquanto que a faixa-título 'Signs of the Time' possui um riff de guitarra mais pesado, sendo mais cadenciada, mas ainda apresentando grandes e pomposas melodias.

Outra que também foi mencionada acima 'You and Me', traz novamente aquele som com bastante teclados, mais acessível e cadenciada, mas ao mesmo tempo com um refrão mais voltado ao Power metal. Em contraste a faixa 'Wonderland' apresenta elementos mais voltados ao AOR com toques de progressivo.

Não tem como não destacar a 'St. Tropez', mais uma que serve para demonstrar que a banda sabe compor músicas com excelentes melodias que marcam. A 'It's Not the End' é a balada do álbum e que é acompanhada com um tranquilo piano.

As duas últimas faixas: 'In The Heat of the Night', esta mais Hard rock/Melodic rock e a 'Stín Kátedral', está última traz alguns elementos do folk, encerram este grande álbum do Dark Sky, o qual é cativante, bem tocado, produzido, além dos vocais agradáveis de Frank combinados com grandes melodias e que merece ser conferido por aqueles que já conheciam a banda ou simplesmente curtem um trabalho musical atrativo.

Rating: 9/10

Banda:

Frank Breuninger – Vocals
Jadro Bastalic – Guitars
Francesco Pisana – Bass
Harold Merkx – Keyboards
Steff Grimm – Drums

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Jag Panzer - The Hallowed


O Jag Panzer é uma banda americana de Heavy metal que dispensa maiores apresentações, especialmente para aqueles que curtem o bom e velho Heavy metal oitentista, pois a banda foi formada em 1981, inicialmente com o nome Tyrant, até mudarem o nome para Jag Panzer antes do fantástico primeiro EP autointitulado de 1983 e seguido do matador álbum de estreia 'Ample Destruction' de 1984.

'The Hallowed' é o 12º álbum completo de estúdio da banda e disponível no Brasil através da Shinigami Records. Neste novo álbum parece que aquela jovem banda do início, ainda faminta e com toda energia está de volta, inclusive com os altos e poderosos vocais de Harry "The Tyrant" Conklin, além de guitarras e ritmos alucinantes, pois este novo álbum é um passeio ao clássico som do Jag Panzer.

 O álbum começa com a excelente 'Bound As One', nesta a banda já mostra a sua força com o seu Power metal americano de primeira com bateria e riffs poderosos e, claro, eu não posso esquecer de mencionar a atuação do vocalista Harry Conklin, pois sua voz continua sendo excelente mesmo depois de todos esses anos.

A faixa 'Prey' tem aquele típico refrão mais simples para a galeria cantar junto, enquanto que a 'Ties That Bind' conta com um refrão mais poderoso, melodias abundantes e uma linha de bateria empolgante.

As faixas 'Stronger Than You Know' e 'Dark Descent' vão para um lado mais Thrash, mostrando uma certa dose de agressividade muito bem vinda e ideais para o headbanging. As coisas ficam um pouco mais lentas e melódicas com a 'Weather The Storm', mas não me entendam mal, essa faixa é muito boa.

Encerrando o álbum com grande estilo, temos a longa 'Last Rites' com seus quase 10 minutos de duração de puros momentos épicos, a qual tem um começo mais lento e após o solo acelera um pouco, no entanto os últimos 2 minutos são de narração e alguns sons de ambiente de fundo desnecessários, mas isto não chega a estragar a qualidade dessa música.

Com este novo álbum, o Jag Panzer provou mais uma vez que merece ter um destaque na cena do Heavy/Power metal americano, ainda mais depois de tantos anos de carreira, sendo 'The Hallowed' um álbum essencial na coleção de qualquer fã de Heavy metal.

Rating: 9/10

Band:

Harry "The Tyrant" Conklin - Vocals
Mark Briody - Guitars (rhythm), Keyboards, Vocals (choir)
Ken Rodarte - Guitars (lead)
John Tetley - Bass
Rikard Stjernquist - Drums, Vocals (backing, choir)

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Owlbear - Chaos to the Realm


Essa banda americana com um estranho nome inspirado em um monstro do Dungeons & Dragons acaba de lançar o seu álbum de estreia intitulado "Chaos to the Realm" através da Alone Records. Estilisticamente temos um Heavy metal inspirado no Iron Maiden, não deixando de lado influências do Power metal europeu, mas sem soar melódico demais e sem as chatices sinfônicas de certas bandas, dando prioridade a boas melodias e uma certa dose de velocidade, mas não deixando de apresentar riffs de guitarras interessantes e linhas de baixo destacados. Os vocais têm tons mais melódicos, mas sem exageros típicos do Power metal, enquanto que a seção rítmica dá o suporte ideal para o estilo da banda.

Deixo como destaque as faixas 'Bastard Sons', a 'Tyrant’s Fall', esta mais épica e cadenciada, a metálica 'Steel At My Side' e a faixa-título 'Chaos to the Realm', está soando praticamente como o Iron Maiden, já nos dando uma ideia da sonoridade da banda.

A segunda parte do álbum é até melhor que a primeira na minha opinião, já que a já citada faixa-título, a 'Voyage of the Wraith', está totalmente inspirada no Running Wild dos tempos do "Port Royal" e a 'Fall on Your Blade', esta última sendo a mais rápida, me lembrando um pouco a banda Jag Panzer, a qual encerra o álbum e está entre as melhores.

No geral, 'Chaos to the Realm' é um excelente álbum de Heavy/Power metal que vai agradar fãs de bandas como o Iron Maiden, Running Wild, Hammerfall, Iron Savior, Twisted Tower Dire, Ironflame, entre outras. Sem dúvida vale muito a pena conhecer e ter esse álbum em sua coleção.

Rating: 8/10

Banda:

Katy Scary - vocals
Jeff Taft - guitars
Leona Hayward - bass
Estee Slaughter - drums

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Torn Fabriks - Impera


O power trio de Thrash metal de Portugal está de volta, desta vez com o seu álbum de estreia, lançado após três singles e o EP 'Mind Consuption', este resenhado por este que lhes escreve.

O álbum tem início com uma introdução lenta, mas ela serve apenas para dar um certo clima e te preparar, pois o que vem a seguir é porrada, basta conferir a faixa 'The Outcome', que é pesada, rápida e agressiva, bebendo muito daquela fonte do velho Thrash metal oitentista. A mesma coisa é feita nas próximas 'Hallucinating Levels', 'Here' e a mais rápida de todas 'Red Alert', dando continuação aquele ritmo energético da primeira faixa, inclusive vale destacar o vocalista/baixista Ricardo Santos e seus vocais ferozes, o qual aparentemente é influenciado pelo Kreator e Exodus.

Um pouco mais de melodia pode ser encontrada na faixa 'Against All Odds', que apesar de pesada tem umas passagens mais para o Heavy metal, mas mantendo aquela ferocidade nos vocais. Outro destaque vai os riffs de guitarra da 'Hightest Price' e encerrando o álbum temos outra paulada com a faixa 'Rise and Fall', com sua velocidade e agressão.

Vale mencionar que 'Impera' tem uma boa produção e as faixas em quase sua totalidade não chegam aos 4 minutos de duração, tornando este álbum de uma audição muito fácil e agradável (ou dolorido para o pescoço), valendo a pena ser ouvido na íntegra.

Rating: 8,5/10

Banda:

Ricardo Santos – Vocals, Bass
Jorge Matos – Guitars
Gualter Couto – Drums

PS: Agradecimentos ao Jorge Matos pela ajuda e amizade, valeu brother.

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Enforcer - Nostalgia


Apesar de muitas pessoas colocarem bandas como o Enforcer como sendo da nova onda de Heavy metal tradicional (N.W.O.T.H.M - New Wave Of Traditional Heavy Metal), a banda já está na ativa desde 2004, a qual começou como um projeto do multi-instrumentista Olof Wikstrand, ou seja, já se passaram quase 20 anos. Lembro quando conheci a banda em 2008 e escrevi a resenha do álbum de estreia "Into the Night", após este álbum outros excelentes álbuns foram lançados (sendo o 'Zenith' o mais fraco) e chegando ao 6° álbum de estúdio com o "Nostalgia", lançado no Brasil através da Shinigami Records.

Como o título do álbum sugere, a música encontrada neste álbum é como uma volta às raízes da banda, deixando de lado aquele estilo mais experimental do último álbum 'Zenith'. Pelas músicas singles 'Kiss Of Death', 'At The End Of The Rainbow' e 'Coming Alive' lançadas ainda no ano de 2022, já deu para perceber a intenção em voltar ao Heavy/Speed metal de outrora.

Depois de uma pequena introdução, a faixa 'Unshackle Me" tem aquela pegada do Def Leppard dos tempos do High 'n' Dry, neste já pude notar que o álbum foi muito bem produzido, com uma sonoridade bem natural, dando destaque a todos os instrumentos.

A 'Coming Alive' vem com mais velocidade e riffs idem, aqui percebemos que o álbum tem músicas curtas, mas sendo encaixados riffs, melodias, refrãos, etc, que te marcam em tão pouco tempo. Na mesma pegada temos a 'Kiss Of Death', uma das minhas favoritas. A faixa mais longa é a balada 'Heartbeats' que lembra várias bandas de Hard rock dos anos 80.

Outros destaques ficam para as faixas 'At The End Of The Rainbow', esta com um grande refrão e provavelmente minha favorita, o hino em homenagem ao Heavy metal com a 'Metal Supremacia' com letras em espanhol e o destaque final do álbum 'Keep The Flame Alive', mantendo a chama do Heavy metal acessa.

Com certeza 'Nostalgia' deixará você nostálgico e lhe proporcionará grandes momentos com riffs e melodias que grudam, sendo bem superior ao último álbum e uma volta às raízes muito bem vinda. Aguardo ansioso por um novo álbum e o que a banda ainda poderá mostrar ao mundo.

Rating: 9/10

Banda:

Olof Wikstrand – lead vocals, guitars
Jonathan Nordwall – guitars, backing vocals
Garth Condit – bass
Jonas Wikstrand – drums

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Elegant Weapons - Horns for a Halo


Elegant Weapons é um super grupo criado pelo guitarrista Richie Faulkner do Judas Priest, que conta com alguns nomes bem conhecidos na cena, como o baixista Dave Rimmer do Uriah Heep, o baterista Christopher Willians do Accept (estes dois que tocarão nas futuras turnês), contando também com o vocalista Ronnie Romero (Rainbow, Michael Schenker Group), além das participações especiais de Rex Brown (Pantera) e Scott Travis (Judas Priest). Também a produção foi capitaneada pelo outro companheiro de Faulkner no Judas Priest, o Andy Sneap.

O álbum tem um excelente início com as faixas 'Dead Man Walking', "Do Or Die' e 'Blind Leading the Blind', as quais deixariam o Dio com orgulho com as vocalizações do Romero, que com certeza é muito influenciado pelo Dio, aliás, qual vocalista de metal que não é?, mas a instrumentação dessas faixas é mais na linha do Judas Priest.

Lembrando que apesar de vários nomes da cena metal, o álbum não se limita apenas ao Heavy metal, pois algumas faixas são mais Hard rock e até mais modernas, como a balada blusey 'Ghost of You'. Enquanto que a 'Bitter Pill" tem um groove diferente e a faixa-título é mais moderna e influenciada pelos anos 90, deixando a qualidade cair um pouco.

O peso da 'Dirty Pig' é outro destaque, contando com riffs mais sujos meio na linha do Black Sabbath. Temos uma faixa mais progressiva com a 'White Horse' com seus 7 minutos de duração e nessa faixa temos de tudo, riffs pesados, ritmos variados, vocalizações excelentes e até algumas partes com um órgão no estilo Hammond.

Sem dúvida o guitarrista Richie Faulkner soube escolher os músicos para o seu projeto e conseguiu entregar um álbum com momentos muitos bons, outros um pouco mais fracos, mas ainda sim não prejudicaram o resultado final.

Rating: 8/10

Banda:

Ronnie Romero - vocals
Richie Faulkner - guitars
Rex Brown - bass
Dave Rimmer - bass (Live)
Scott Travis - drums
Christopher Williams - drums (Live)

Contato:

Burning Witches - The Dark Tower


O Heavy metal tradicional é uma área do metal meio difícil de se destacar, ainda mais nos dias atuais, mesmo surgindo bandas novas o tempo todo, inclusive algumas muito boas, no entanto muitos fãs teimosos do estilo acabam ouvindo sempre as mesmas bandas, meio que ignorando bandas mais novas que se inspiram nos grandes nomes de outrora, que aliás é um erro grosseiro e até ignorante de se cometer. O Burning Witches pode ser um exemplo disso, vamos dizer que muita gente ouve, por exemplo, o Warlock, mas por que não dar uma chance ao Burning Witches? Felizmente esse tipo de preconceito tem diminuído e esta banda tem evoluído no seu Heavy/Power metal, pois nos últimos álbuns a banda foi gradualmente indo mais para a linha do Heavy metal tradicional com músicas mais cadenciadas e não deixando o peso de lado, inclusive desde a entrada da vocalista Laura Guldemond que esse peso começou a ser destaque.

O último álbum de estúdio 'The Witch of the North' é muito bom, mas este novo álbum é mais direto e traz uma variação maior, especialmente nos riffs e melodias, fazendo este álbum ser muito agradável de ser ouvido, mostrando que a banda começou a ter uma clara identidade própria em comparação com os seus primeiros álbuns.

Depois de uma introdução, o álbum começa forte com rápida 'Unleash The Beast' com seus ótimos riffs e melodias, além dos vocais de Guldemond detonando nela, assim como a faixa single 'World on Fire' com seu memorável refrão. Ao contrário de muitos álbuns que as melhores músicas estão no começo, os melhores momentos de 'The Dark Tower' estão na segunda metade, basta conferir a faixa-título 'The Dark Tower', 'Heart of Ice' e 'Arrow of Time' que se destacam de imediato, a primeira destaca-se pelas harmonias e riffs de guitarra muito bem executadas. Uma certa dose de agressividade pode ser encontrada na 'Doomed to Die' e os vocais mais agressivos de Guldemond na 'The Lost Souls'.

A balada 'Tomorrow' é quase um Hard rock, algo diferente de outras baladas que a banda gravou no passado, aliás ele é bem agradável e foge dos clichês.

Muito bom ver que com o passar do tempo o Burning Witches encontrou o seu caminho dentro do Heavy metal, conseguindo um destaque especial nos vocais e guitarras e até uma certa identidade muito bem vinda. Espero que a banda continue neste caminho e que venha mais álbuns como este.

Rating: 8,5/10

Banda:

Laura Guldemond - vocals
Romana Kalkuhl - guitars
Larissa Ernst - guitars
Jeanine Grob - bass
Lala Frischknecht - drums

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Scrollkeeper - Auto da Fe


Scrollkeeper é uma banda de Heavy metal formada em Houston, Texas, no ano de 2016 e teve o seu primeiro registro musical com o EP 'Path To Glory' de 2018. O quarteto lançou este álbum 'Auto da Fe' inicialmente em 2020, sendo relançado em 2021 apenas no formato digital e a versão física foi lançada no Brasil no mesmo ano através do selo True Metal Records.

O álbum inicia-se com a introdução acústica 'Event 201', servindo de introdução para a 'Lady Death', contando a história da atiradora soviética Lyudmila Pavlichenko, figura que ficou conhecida durante a Segunda Guerra Mundial. Nesta faixa o guitarrista Alexander Kamburov demonstra a sua criatividade e habilidade na guitarra, além do vocalista Justin McKittrick que possui um vocal eficiente para o estilo.

Em 'Valhalla's Gates' o ritmo fica mais veloz, uma boa faixa apenas, mas a próxima 'Scrollkeeper" é melhor, mostrando certa velocidade, mas com uma variedade maior e que conta com um solo de guitarra bem legal, um destaque do álbum. Logo após vem a faixa-título 'Auto Da Fe', que conta com um refrão interessante, além de riffs e solos de guitarras para serem destacadas.

'Gilles De Rais' com seus mais de seis minutos é mais cadenciada, lembrando um pouco o Black Sabbath, enquanto que a 'Surrender' é uma balada pesada, mais sombria.

Na 'Fortune Favors The Bold' a banda aposta em um refrão mais grudento e algumas inclusões de Thrash metal. O faixa bônus 'Hellion' é um cover do W.A.S.P., uma versão apenas boa do clássico da banda americana.

'Auto Da Fe' é um bom álbum de Heavy metal, apesar que a produção poderia ser melhor, mas que pode ser conferido para aqueles que procuram por novas bandas do estilo.

Rating: 7/10

Banda:

Justin McKittrick - vocals
Alexander Kamburov - guitars
Andrew Sutton - bass
Krystal Salinas - drums

Contato:

Black Hawk - Soulkeeper


Black Hawk é uma banda de heavy metal da Alemanha que conta com 40 anos de formação, o primeiro EP 'First Attack' foi lançado em 1989, mas a banda esteve mais ativa nos últimos 20 anos, pois neste tempo chegaram a lançar seis álbuns de estúdio, sendo este 'Soulkeeper', o 8º álbum da banda lançado em 2023.

Como a banda foi formada nos anos 80, temos um Heavy metal que lembra bandas clássicas como Accept, Iron Maiden, Judas Priest e Saxon - ou seja, aquele Heavy metal energético, contagiante e capaz de fazer feliz quem curte um som mais tradicional do estilo. 

O álbum conta com dez músicas de Heavy metal tradicional e inicia-se com a faixa de abertura que dá título ao álbum 'Soulkeeper', contando com riffs de qualidade e com certa dose de peso na medida certa, já servindo para nos mostrar o ritmo do álbum.

Em 'Angry Machines' chega a lembrar os britânicos do Saxon, trazendo aqueles riffs do famoso NWOBHM. Voltando a falar de peso, a faixa 'War Zone' é uma das mais pesadas e que conta com um refrão que deve funcionar muito bem ao vivo, pois realmente soa como um grito de guerra.

A pandemia mundial de COVID19 é o tema da 'Survivor', contando que somos sobreviventes daquela péssima fase da humanidade. 'Bells Of Death' é uma faixa pesada, mais cadenciada, no entanto a velocidade volta com a faixa 'Bullet', que é a mais rápida do álbum, outro grande momento.

Depois da balada 'Mystic', temos uma música muito boa e com riffs excelentes na 'We Stay Strong', os riffs me lembraram o Running Wild. Fechando o álbum temos a ‘Rock ‘N’ Roll In My Head', dedicada aos apaixonados por Rock 'n Roll.

No geral, este álbum é muito bom para quem curte um Heavy metal tradicional, especialmente bandas do NWOBHM e bandas clássicas alemãs, eu recomendo.

Rating: 8/10

Banda:

Udo Bethke - Vocals
Wolfgang Tewes - Guitars
Michael "Zottel" Wiekenberg - Bass
Ovidiu Zeres - Drums

Contato:

Naitaka - Emergence


Naitaka é uma banda de Death/Thrash metal melódico formada em 2019 no Canadá e que acabou de lançar o seu primeiro álbum completo, antes deste a banda chegou a um EP em 2021.

A banda faz um ótimo trabalho ao reunir uma combinação de andamentos cadenciados e partes velozes, algo até comum no estilo que tocam. enquanto que a performance da vocalista Cara McCutchen (Mortillery, ex-Minax) é sensacional, variando com seus vocais, usando sua agressividade e também vocais limpos, funcionando muito bem para o estilo adotado pela banda.

Os riffs poderosos deste álbum são focados no Thrash metal e no Heavy metal mais tradicional, mas não deixando alguns elementos do Death metal melódico de lado, sendo este último o que menos aparece na música deles.

A primeira música 'Limestome Burial' inicia o álbum com riffs pesados, ritmos acelerados, vocais "cavernosos" de Cara, sem dúvida um dos destaques do álbum. Seguindo com a segunda música, temos a 'The Missing', esta mesmo com seu ritmo rápido, ela é mais melódica, aqui os vocais limpos da vocalista aparece pela primeira vez.

A faixa 'Vacant Cache' lembra a banda Mortillery, com riffs no estilo Thrash metal, mas incluindo também algumas passagens de Power metal, e novamente com algumas partes com vocais limpos.

'Malevolent Storm' traz ainda aquela melodia citada, mas no geral ainda conta com riffs inspirados do Thrash metal e uma pequena parte de "blast beat" no final. Outra destaque vai para a 'Hatchet Through Heartwood", esta soando mais Power metal.

A música do Naitaka não é inovadora ou diferente de outras bandas que podemos encontrar por aí, temos elementos clássicos do Thrash metal, do Heavy metal, algumas coisas do Death metal melódico, mas o álbum é agradável e isso que importa.

Rating: 8/10

Banda:

Cara McCutchen - Vocals
Troy Melnyk - Guitars
John Shippit - Bass 
Tyler Dake - Drums 

Contato:
https://naitaka.bandcamp.com/
https://www.facebook.com/NaitakaBC

Marauder - Metal Constructions VII


Marauder é uma banda de Heavy metal da Grécia que foi formada em 1990, possuindo 7 álbuns em seus 30 anos de formação. A banda foi fundada pelos guitarristas Andreas Tsaousis e George Sofronas, e contando com novo vocalista, desde 2021, Tassos Krokodilos (Spitfire, Blind Justice, etc). Para aqueles que curtem Heavy metal há um tempo talvez possam se lembrar que o segundo álbum da banda "1821" chegou a sair em versão nacional no ano de 2000.

Este novo álbum do Marauder intitulado "Metal Constructions VII" contém 12 faixas do mais puro Heavy/Power metal em seus poucos mais de 60 minutos, provando que a Grécia é uma das melhores fontes do Heavy metal atualmente.

Esqueça aquele Power metal europeu super melódico, pois o Marauder tende mais para o lado do Heavy metal tradicional com melodia, mas nunca deixando o peso de lado, e neste novo álbum não é diferente, basta conferir a faixa "Strike Back Again" que se mostra um excelente música para iniciar um álbum, pois conta com riffs e velocidade que te convidam ao headbanging.

Aquele velho estilo do NWOBHM mostra-se presente na "Shout It Out", mostrando que a banda bebe da fonte das origens do metal britânico, enquanto que a próxima "Under Her Spell" é mais um Heavy metal tradicional bate cabeça. Em "Nightfall" os riffs lembram algumas bandas americanas dos anos 80, com um ritmo mais cadenciado.

Temos a mais lenta e melódica "Rock Fighters", mas que conta com um refrão que pode funcionar muito bem ao vivo para os fãs cantarem juntos e celebrar o Heavy metal. Na "The Iron Mask" a banda volta para a linha do Heavy metal tradicional, novamente com grande riffs. Seguindo essas tendências temos a "Holy Bible", mais uma música que nos transporta de volta aos anos 80.

Sem dúvida a banda soube usar a sua experiência no Heavy metal e nos proporcionou um excelente álbum de Heavy metal que vale a pena ser ouvido por todos os fãs de Heavy metal dos anos 80.

Rating: 9/10

Banda:

Tassos Krokodilos - vocals
Andreas Tsaousis - guitars
George Sofronas - guitars
Thodoris Paralis - bass
Mick Samios - drums

Contato:

Macabre - Sinister Slaughter (Relançamento 2023)


O Macabre é uma banda clássica de Thrash/Death Metal/Grindcore e algumas outras peculiaridades nos vocais e ritmos de sua música, os tornando de certa forma diferentes comparando com outras bandas do estilo, além disso as letras falam sobre seriais killers, as atrocidades cometidas por eles, ou seja, as letras podem desagradar alguns, mesmo que contadas de modo meio humorístico pela banda.

Vamos falar sobre o álbum em termos musicais que é a parte mais importante, pois "Sinister Slaughter", que é o segundo álbum lançado em 1993 e está comemorando 30 anos de seu lançamento, sendo considerado um dos grandes clássico do estilo.

Macabre é uma das raras bandas que nunca mudaram a sua formação, inclusive adotando dois tipos de vocais distintos divididos entre Charles, que ficou com as partes guturais, e Lance, que tem um vocal  estranho e mais limpo que fica até difícil de descrever, mas que pode ou não agradar os mais exigentes.

A capa do álbum é uma paródia do álbum "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band" dos Beatles, mostrando os membros da banda com serial killers, mostrando aquele lado mais "comédia" da banda.

Eu particularmente não sou fã de metal extremo, mas não tem como negar que o álbum possui faixas muito boas, no entanto, na minha humilde opinião pecam no quesito variação, algumas músicas se parecem muito entre si, mesmo com uma certa variação em algumas partes, não foram suficientes para mim.

"Sinister Slaughter" é um álbum pesado, rápido e até bizarro, que não é para todo mundo, pois a banda é do tipo "ame ou odeie", eu acredito que não exista um meio-termo com eles, se você é fanático pelo estilo vai amá-los, mas se o som e, principalmente, as letras não são do seu gosto, eu acredito que dificilmente passará a gostar do trabalho dos caras, mas essa é apenas a minha visão, então reserve um tempo para você, escute o álbum e decida se vale a pena, pois este é praticamente o álbum mais conhecido da banda.

Banda:

Charles Lescewicz - bass/vocals
Lance Lencioni - guitars/vocals
Dennis Ritchie - drums

Contato:
https://www.facebook.com/OFFICIALMACABRE/
http://www.murdermetal.com/
http://www.shinigamirecords.com.br/