A banda Threshold foi formada no final dos anos 80, lançando em 1993 o seu álbum de estreia "Wounded Land". Daqueles tempos até os dias atuais a banda passou por diversas mudanças na formação e inclusive em sua sonoridade, mas quase sempre mantendo a qualidade acima da média nos seus trabalhos.
"Dividing Lines" é o 12º álbum da banda, sucessor do álbum conceitual "Legends of the Shires" de 2017, ou seja, houve um intervalo de cinco anos entre os álbuns, e lançado pela Nuclear Blast e contando com a versão nacional através da Shinigami Records. Eu nunca entendi o fato dessa banda nunca ter tido o reconhecimento merecido, pois o metal progressivo executado por eles é excelente, não é enjoativo, sem exageros comuns do estilo, sem dúvida uma das melhores do ramo, e muito melhores que os insuportáveis do Dream Theater, na minha opinião.
O som básico da banda não mudou tanto desde o álbum "March of Progress" de 2012, ainda conta com riffs, refrãos e uma boa dose de melodia que seguem intactos, e neste novo album não é diferente. O vocalista Glynn Morgan que fez parte da banda na época do "Psychedelicatessen" está de volta desde o álbum anterior, mas parece mais a vontade nesse novo trabalho e o timbre de seus vocais combinam muito com o som da banda.
As quatro primeiras faixas "Haunted", "Hall Of Echoes", "Let It Burn" e "Silenced" foram boas escolhas para iniciar o álbum, pois nelas é possível encontrar ótimas linhas de guitarra, refrãos, melodias pomposas e teclados dando um certo clima mais sério, enquanto que na faixa "Complex" possui uma certa dose de peso e ao mesmo tempo soando melódica.
A longa "The Domino Effect" é uma música que mostra o dinamismo da banda, só acho que poderia ser mais curta, pois dá impressão que a faixa poderia ter terminado antes e acabou por pecar pelo excesso. Outra faixa longa é a "Defence Condition" que encerra o álbum, mas é bem mais agradável que a citada antes, mais acessível e que serve para demonstrar uma característica da banda: eles conseguiram criar um som que consegue destacar cada membro, sem criar algo desconexo e preenchendo lacunas com cada instrumentista.
Threshold continua como uma das melhores bandas do gênero metal progressivo e ainda conseguiram manter o nível alto no seu trabalho neste novo álbum. Se você gosta da banda, nem preciso dizer que adquirir esse álbum é obrigatório.
Rating: 8/10
Banda:
Glynn Morgan - vocals
Karl Groom - guitars
Steve Anderson - bass
Richard West - keyboards
Johanne James - drums
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