Forkill - Sick Society


A política imunda praticada em muitos países serviram de inspiração para muitos músicos de bandas que tocam Thrash metal ao redor do globo, esse assunto sempre foi importante nas letras e com o atual cenário político do Brasil, não seria diferente que muitas bandas do estilo protestassem contra a censura, a tirania, o fanatismo religioso infiltrado na política, a corrupção, ou seja, o título do álbum "Sick Society" caiu como uma luva para o atual momento em que vivemos, mas vamos a música que é a parte mais importante de todo conceito.

Forkill é uma banda carioca formada em 2010, mostrando que o Rio de Janeiro tem uma cena underground, mesmo o Estado sendo dominado por certos estilos depreciáveis, mas a cena do Heavy metal parece estar crescendo por lá e o Forkill é um ótimo exemplo de uma banda a se conferir, pois se você curte aquele velho Thrash metal americano oitentista de bandas como Exodus, Testament, Forbidden, Heathen, Vio-lence, Metallica, entre outras, tem a obrigação de conferir o som dos caras, especialmente se apoia a cena local.

"Sick Society" é o terceiro álbum da banda e que marca a estreia nos vocais e guitarra de Igor Rodrigues (ex-No Remorse), na verdade membro desde 2019, mas apesar da mudança a sonoridade da banda continua intacta.

Depois de uma introdução lenta e melódica a la Metallica em "Open Wound", temos a faixa "The Seed", uma música que varia passagens mais rápidas com momentos recheados de riffs matadores, além de um refrão, backing vocals e solos de guitarra bem executados.

A seguinte faixa "“Brain Shaped Youth” começa com acordes lentos para depois destilar o seu peso, enquanto a bateria e o baixo fazem o seu trabalho de casa, deixando a música mais encorpada.

O velho Thrash metal volta na "Merchants of Faith", mas com certa dose de Heavy metal tradicional em seus riffs. Seguindo quase a mesma lógica, mas mostrando até um peso maior, a faixa "Every Corner" é mais uma música a se destacar.

"The Joker" começa com o baixo destacado, servindo de introdução para a pandaria que viria a seguir, uma música que te convida ao headbanging. Seguindo o mesmo caminho temos a "Behind the Mask", recheada de bons riffs e linhas de baixo.

A brutal "No Land Beyond the Volga" se aproxima de um Death metal com seus blastbeats e parece uma candidata a servir como convite ao moshpit em shows ao vivo.

A realidade brasileira é refletida na longa e agressiva faixa-título "Sick Society", a qual demonstra uma variedade em suas passagens rítmicas, nas guitarras, mostrando uma dose de variação diferente das outras faixas.

Depois de uma faixa instrumental "Scars" que demonstra o talento da banda em seus instrumentos, o álbum finaliza com "Killed at Last" como bônus track, mas que fecha o álbum com maestria e a usual violência musical.

Forkill provou nesse terceiro álbum uma evolução impressionante e que vive um momento excelente e eles têm tudo para crescer mais ainda se continuarem assim, um dos melhores álbum que ouvi neste ano até o momento.

Rating: 9/10

Banda:

Igor Rodrigues - Vocals, Guitars
Ronnie Giehl - Guitars
Gus Nascimento - Bass
Rodrigo Tartaro- Drums

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