Ricochet - Kazakhstan


Ainda me lembro quando ouvi essa banda de Metal progressivo melódico da Alemanha pela primeira vez, na verdade eu comprei o primeiro álbum 'Among the Elements' em 1996, mesmo ano que ele foi lançado. Apesar de parecer que isso foi há muito tempo, pelo menos para os leitores mais novos, para mim foi como ontem, pois ainda me lembro da primeira impressão que tive ao escutá-lo e posso dizer que aquele álbum é uma joia obscura do metal progressivo com suas caraterísticas que me trouxeram a mente bandas como Queensrÿche e Fates Warning (segunda metade do álbum) e Dream Theater, inclusive o vocalista lembrava muito a segunda banda.

Passado vários anos eu simplesmente esqueci de conferir se a banda tinha lançado mais álbuns, mas talvez a explicação seja o fato que o segundo álbum 'A Teartown Story' ter sido lançado apenas em 2005, passando totalmente desapercebido por este que vos escreve, até que finalmente fiquei sabendo deste novo álbum intitulado 'Kazakhstan', lançado agora em 2023.

Uma grande diferença e que deu um impacto no som da banda, foi a entrada do vocalista Michael Keuter, que tem uma voz bem mais legal, mais poderosa, ele cantou em banda cover do Uriah Heep, a Easy Livin' por alguns anos e realmente possui um voz bem mais interessante.

O álbum tem início com a faixa 'The Custodians' é como uma versão mais pesada do Uriah Heep e que conta com um som oriental muito interessante após o solo de guitarra, dando um toque especial a ela, além das partes de guitarra de Heiko Holler serem muito bem executadas.

Falando em guitarras, a faixa 'King Of Tales' possui riffs muito legais e melodias grudentas, no entanto essa música é puramente de Metal progressivo. A longa e interessante 'Farewell' possui um clima com andamentos diferentes, várias passagens de teclado, para depois virar uma balada mais melancólica, uma faixa que faz jus ao estilo que eles tocam, talvez ela pode ser chamada de Rock progressivo sinfônico.

'Interception' é uma música lenta que nos remete aos anos 70, muito boa por sinal. Enquanto que a 'Waiting For The Storm' é uma das que eu mais gostei, com um refrão e teclados mais no estilo AOR.

O riff de guitarra no início da 'Beyond The Line' me lembrou o Conception, e a faixa-título 'Kazakhstan' com uma introdução com som do Oriente Médio, com seus riffs pesados e solo de teclado é outro destaque.

Sem dúvida 'Kazakhstan' é muito melhor que o álbum de estreia, pois musicalmente e vocalmente está bem superior, trazendo pesadas influências dos anos 70 e bandas clássicas do Rock/Metal progressivo. Confira o Ricochet, pois vale a pena.

Rating: 8/10

Banda:

Christian Heise - Vocals
Heiko Holler - Guitars
Hans Strenge - Bass
Jan Keimer - Drums
Björn Tiemann - Keyboards

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