Katapult - Play Stupid Games, Win Stupid Prizes
Skull Fist - Paid in Full
Royal Hunt - Dystopia Part II
The Guitar & Whiskey Club - EP
Foreigner - An Acoustic Evening With Foreigner
Pétalas Insanas - S/T
Pétalas Insanas é uma banda gaúcha de Hard rock/Rock n' Roll com algumas passagens de metal, foi formada na cidade de Porto Alegre em 2005.
A banda já tem 17 anos desde a sua formação, apesar de todo esse tempo, apenas agora foi lançado o seu primeiro álbum após inúmeras mudanças na formação, entre outras barreiras, como Mateus (vocalista e baxista) conta: “Foram dez anos desde o início do processo de gravação até o lançamento. Foi realmente uma luta e muitas vezes tive dúvidas se iríamos conseguir lançar esse disco. Tivemos mudanças de formação, problemas financeiros, além de fatos da vida pessoal que exigiram mais atenção. Mas agora o álbum está na praça e eu estou muito orgulhoso! Muita gente nos ajudou nesse caminho e ficamos eternamente agradecidos. Espero que gostem do nosso trabalho, foi feito com amor, suor, sangue, lágrimas e na raça. Como tem que ser em um disco de Rock/Metal” – destaca Mateus.
O álbum tem início com a faixa "Velha Estrada", a qual foi o primeiro lyric video da banda, disponível no Youtube desde 2020. Essa música é puro Hard rock/Rock 'n Roll, tanto musicalmente quanto as letras, com aquele típico refrão feito para a galera cantar junto nos shows.
O baixo pulsante e pesado marca presença na faixa "Garotas da Noite", novamente com um som energético, combinando com o tema da letra, um som direto e sem frescuras.
Temos um pouco de Heavy metal na "Instinto Animal", contando com linhas mais pesadas de bateria, a cargo de Jailson "Véio" Dias, e riffs de guitarra pesados executados pelo ex-membro Paulo Pereira, que cuidou de todas as guitarras do disco.
O Hard rock volta com a música "Rodar a Cidade", enquanto que a "Hey Menina", que foi o primeiro single do álbum lançado em 2015, conta com uma letra bem típica de muitas bandas de Hard rock "farofa", mas que funcionou e soa muita divertida.
Em "Por Todos Nós" tem a participação de ex-integrantes nos backing vocals, essa conta com um refrão bem legal que pode funcionar muito bem ao vivo.
"A Besta" e a "A Noite" são faixas mais pesada, um Hard n' Heavy de primeira, mostrando que a banda tem diversas influências, inclusive a próxima "Por Prazer" é mais Rock 'n Roll, contando com passagens de piano.
O álbum encerra com a pesada "Vai Garoto", nela os riffs são totalmente Heavy metal, encerrando o álbum com uma música que merece ser destacada.
Você vai encontrar nesse álbum Hard rock, Rock 'n Roll e Heavy metal, e apesar de todo processo penoso até ele sair, a banda conseguiu entregar um trabalho que merece ser conferido, especialmente se você curte um Hard rock com letras em português.
Rating: 8/10
Banda:
Michael Schenker - Universal
Burning Dead - Fear & Devastation
Burning Dead é uma banda de Heavy metal da França, que conta com os vocais furiosos da vocalista Drina Hex, estes alternando entre vocais rasgados e mais limpos, eu achei interessante, pois ela não me fez lembrar de outra vocalista que canta no estilo, mostrando um vocal de certo modo pessoal.
Este álbum intitulado "Fear & Devastion" é o primeiro álbum completo da banda, antes deste a banda soltou um EP e um single. O álbum possui 10 faixas, inclusive contando com a música "Eternal War" do primeiro EP regravada, inclusive essa música é um destaque do álbum.
A faixa "The Warrior" varia entre partes rápidas e cadenciadas, mostrando mais uma vez os dotes vocais raivosos da vocalista, além de riffs de guitarra e linhas de baixo muito interessantes.
Nas "See Who I Am" e "She" aquele estilo furioso permanece, a primeira tem aquela variação de vocais limpos e vocais rasgados, enquanto que a segunda começa com dedilhados e deixa o baixo brilhar, para depois entrar com pequenas partes mais pesadas. Outra que segue mais ou menos a mesma linha é a "Silent Scream, mas esta conta com influências de Doom metal.
A banda mostrou toda sua paixão, energia, fúria, deixando uma sensação devastadora no seu final, como se um terremoto estivesse ocorrendo no decorrer da audição do álbum, e eu realmente gostei disso. Álbum recomendado para aqueles que curtem um álbum de Heavy metal cru, pesado e feito com paixão.
Rating: 8/10
Banda:
Terrasound - Abstract Portrait
Victory - Gods of Tomorrow
Victory é uma criação de Herman Frank (ex-Accept, ex- Moon'Doc, ex-Sinner, Iron Allies, entre outras). A banda foi criada em 1984 e conseguiram uma certa dose de sucesso já desde o início com o álbum auto-intitulado de 1985, apesar de nunca ter alcançado o status do Accept, Scorpions ou Helloween por exemplo.
Eles lançaram dez álbuns de estúdio completos, alguns ao vivo e coletâneas, inclusive a banda chegou a separar-se em 1996, voltando a ativa em 2003, lançado três álbuns desde aquele ano até o ano de 2011, que marcou o lançamento do último álbum de estúdio, e apenas agora depois de mais de 10 anos, Herman Frank trouxe a banda de volta lançando o 11º álbum da carreira intitulado "Gods of Tomorrow" e lançado no Brasil pela Shinigami Records.
Para aqueles que não conhecem o estilo da banda, o som presente aqui é um Hard rock com alguns elementos de Heavy metal e algumas poucas influências de AC/DC, inclusive o vocalista Gianni Pontillo tem uma voz muito boa, podendo usar sua voz de forma mais melódica e também soar como uma versão light do Brian Johnson ou mesmo do saudoso Steve Lee (Gotthard).
Apesar da formação da banda remeter ao começo dos anos 80, a banda conseguiu compor um álbum que soa fresco, sim, ainda é retrô, mas ao mesmo tempo soando como um álbum lançado em 2022, sendo algo positivo na minha opinião.
As faixas "Love & Hate", a faixa-título "Gods of Tomorrow" e "Cut to the Bone" seguem praticamente a mesma linha, um Hard rock/Bluesy bem fáceis de ouvir, as quais possuem uma energia contagiante. O ritmo diminui com a balada "Dying in Your Arms", mas é uma balada muito boa por sinal.
O Hard rock volta com as músicas "Hold on Me", "My Own Desire" e a mais comercial "Unconditional Love", enquanto que "Into the Light" vai mais para o lado do Heavy metal.
O Victory não trouxe nada de novo, com certeza essa foi a intenção, mas eles trouxeram um álbum aquela energia clássica dos velhos tempos, refrãos e coros excelentes, e ficarei no aguardo de um novo trabalho mais rápido que da última vez.
Rating: 8,5/10
Banda:
Dreamtide - Drama Dust Dream
"Drama Dust Dream" é o 5º álbum de estúdio da banda alemã de Hard rock/melodic rock Dreamtide. Para aqueles que já conhecem a banda, a música do Dreamtide não mudou ao longo dos anos, pois ainda contam com aquele estilo típico estilo desde o primeiro disco, com aquele timbre e solos típicos do guitarrista Helge Engelke, que é nitidamente influenciado pelo Uli Jon Roth. As bandas que Helge Engelke fez/faz parte como o Fair Warning, Zeno, ajudaram a moldar o que se tornou comumente conhecido como rock melódico ao longo dos anos 80 e 90, alcançado sucesso especialmente no Japão.
Dreamtide foi formada em Hannover em 2000 pelo já citado guitarrista do Fair Warning. A formação atual inclui alguns membros originais, como o vocalista Olaf Senkbeil, o tecladista Torsten Luederwaldt, além do compositor Helge Engelke, mas agora contando com os novos membros Lars Lehmann (UFO a Uli Jon Roth) e o baterista Horst Guntram Schlag.
Conferindo a primeira faixa "Stop Being Deep", já podemos perceber que a banda pouco mudou desde o primeiro álbum, começa com um sintetizador servindo de introdução para os riffs de guitarra e solos típicos do Helge, somado aos vocais excelentes de Olaf ajudando a dar um toque especial a sonoridade.
"Spin" mantém o melodic rock em destaque, enquanto que a "Around" é uma boa balada, assim como a lenta "Dawn", e a faixa instrumental "Ni Dos Ni Agua" com sua guitarra acústica clássica espanhola. O Hard rock está de volta com a "All Of Us", contando novamente com riffs legais e um solo inspirado no final.
Apesar da música "One Rule" não ser um destaque, os vocais de Olaf ajudaram muito, e podemos dizer que ele é um vocalista com um voz muito boa. Os seus vocais também são destaque na balada "For the Fairies", essa com uma certa dose de blues, mas contando no final com o típico solo de Helge, muito bom por sinal.
"Leisure Saints" encerra o álbum com uma boa dose de energia, não chega a ser tão convincente, mas contém seus momentos.
"Drama Dust Dream" certamente não é tão bom quanto os dois primeiros álbuns, mas ainda é um álbum divertido e que melhora a cada nova audição.
Rating: 7,5/10
Banda:
HellHaim - Let the Dead not Lose Hope
O primeiro álbum dessa banda de Heavy metal da Polônia lançado em 2017 foi resenhado aqui na On the Road Webzine alguns anos atrás, você pode conferi-lo ao clicar aqui. Naquele álbum a banda já tinha chamado a minha atenção, pois o álbum era pesado e tinha certa dose de personalidade, apesar de soar como algumas bandas européias ou mesmo americanas do estilo.
Nesse novo álbum intitulado "Let the Dead not Lose Hope" lançado através do selo Ossuary Records, mostra a banda melhor do que nunca, pois a sonoridade desse novo álbum está fantástica, contando com doses de Speed metal, somado a vocalizações lembrando o Rob Halford com alguma coisa de King Diamond e riffs old school dominando praticamente todo o álbum.
O holocasto começa com a faixa "Axe to Grind", uma excelente faixa para começar um álbum e deixar uma excelente impressão, pois os riffs são matadores, assim como um ritmo alucinante.
Na faixa "Virus", a banda trouxe influências do Black Sabbath, contando com linhas de baixo funcionando como pulsares, acompanhando riffs pesados inspirados na velha banda inglesa.
A capacidade da banda em criar riffs matadores não parou ali, pois os riffs e refrão matadores na faixa "Zodiac", lembrando o Judas Priest em vários momentos.
Se você curte Merciful Fate não deixe de conferir a música "Hell is Coming", mais um destaque que faz qualquer fã de Heavy metal sentir-se orgulhoso do estilo que tanto ama.
Uma aproximação diferente está na "La Santa Muerte / The Triumph of Life", trazendo uma direção mais diferenciada ao álbum, mas não deixando de possuir riffs e duetos de guitarras excelentes.
"Livet är Stunden" e "Metro" fecham o álbum com maestria, a primeira super rápida como uma voadora na sua cara, enquanto a segunda conta com riffs a la Judas Priest e Accept e novamente com grandes riffs e solos de guitarra.
Um álbum que mostrou que a banda cresceu musicalmente, e lançou um excelente álbum de Heavy metal, mais um dos destaques do estilo de 2022, sem dúvida alguma, pois esse vale a pena ouvi-lo da primeira faixa até a última sem pular nenhuma.
Rating: 9/10
Banda:
Lixx - Steal the Deal
A história dessa banda de Hard rock/Sleaze rock da cidade de Dundee na Escócia chamada Lixx começou em meados dos anos 80, época da formação da banda, que teve o seu primeiro mini-álbum lançado em 1988, mas a banda ficaria de molho nas próximas duas décadas seguintes, até que no ano de 2018 o selo Demon Dolls Records relançou o primeiro mini-álbum com alguns bônus e a banda voltou a ativa lançando o álbum "Diamond Star Halo" em 2020, seguido de "V8" em 2021 e agora este novo álbum intitulado "Steal the Deal" lançado em 2022.
O som da banda é um simples Hard rock/Sleaze, mais voltado para um rock n' roll simples, direto, lembrando bandas como o The Dogs D'Amour, T-Rex, Hanoi Rocks, The Quireboys.
Há no total 11 faixas de puro rock n' roll lembrando as bandas citadas acima, a primeira faixa "Once (is Enough)" lembra Michael Monroe, inclusive com algumas partes com gaita harmônica, o mesmo acontece na faixa "Tomorrow is Today".
Uma das minhas favoritas é a "Mockingbird Rain", não fugindo muito do estilo das faixas anteriores, e a "Take a Step Back" lembrando o inesquecível e saudoso Marc Bolan.
"Steal the Deal" é um álbum simples, direto, rock n' roll na veia, sendo recomendado para aqueles que querem ouvir uma banda que toca o que gosta, sem frescura.
Rating: 7/10
Banda:
H.E.A.T - Force Majeure
Apesar do pouco tempo entre o último álbum "H.E.A.T II" e este novo álbum intitulado "Force Majeure", a banda teve mudanças importantes, pois o anterior foi o último com o vocalista Erik Grönwall, e esse novo álbum marca a volta do vocalista original da banda, Kenny Leckremo, o qual gravou os dois primeiros álbums com o H.E.A.T e estava fora da banda desde de 2010.
"Force Majeure" é o sétimo ábum de estúdio da banda e novamente traz aquele típico AOR/Hard rock que já se tornou marca registrada, além da banda continuar a impressionar com a capacidade de criar músicas que grudam na mente, além de uma produção grandiosa.
Não há como negar que o vocalista Kenny Leckremo tem uma voz muito agradável, mesmo Erik Grönwall deixando saudade, a verdade é que esse novo álbum soaria fantástico com qualquer um dos dois, mas vamos deixar o Erik detonando no Skid Row, ele merece, e deixando Kenny detonar no H.E.A.T também.
A escolha para a primeira faixa e primeiro single foi perfeita, pois "Back To The Rhythm" é um excelente exemplo como se faz Hard rock, e conta com todos os elementos, melodia, refrão para sair cantando, que fazem do H.E.A.T uma das melhores bandas do estilo da atualidade.
Outro single do álbum é a faixa "Nationwide", essa um pouco mais pesada, mas ainda contando com um refrão melódico e um excelente solo do guitarrista Dave Dalone. O terceiro single ficou por conta da "Hollywood", uma faixa que poderia estar presente em qualquer dos dois primeiros álbuns.
"Harder To Breathe" tem um ritmo um pouco mais lento, mas soa fantástica, enquanto que a "Demon Eyes" é a mais pesada e acelerada do ábum, se aproximando de um Hard 'n Heavy, na verdade lembra um pouco o Rainbow.
Encerrando o ábum temos a "Wings Of An Aeroplane", um bom exemplo de como finalizar um álbum com um melodic rock de primeira e mostrando grandes vocalizações.
Um álbum que nasceu clássico e com certeza figura entre os melhores lançamentos deste ano, mas não apenas isso, mas também como o melhor disco da banda até o momento, sem dúvida alguma.
Rating: 10/10
Banda:
Tempest - Point of no Return
Essa banda alemã de Thrash metal chamada Tempest acaba de lançar o seu segundo álbum completo de estúdio intitulado "Point of no Return", o qual foi antecedido pelo debut "When Hate Has Dominion" de 2018.
Depois de uma introdução, a banda nos presenteia com toda a agressividade na faixa "Fire Will Judge", nesta soando mais como uma banda americana do estilo, inclusive com vocais que lembra um pouco o Sacred Reich e nas partes mais rasgadas com o Matt Barlow (ex-Iced Earth).
Aquela agressividade continua na próxima música "Unbroken", desta vez variando em partes rápidas com as famosas paradinhas, eu diria que essa se aproxima do Sepultura da fase clássica do "Arise".
"Through The Pain" me lembrou bandas clássicas como o Testament, Exodus ou Anthrax, seus riffs certeiros e robustos, energéticos, tudo isso somado com uma produção de primeira, a qual ajudou muito no resultado final do álbum.
O vocalista e guitarrista Philipe Piris destaca-se e muito nas suas partes vocais, a faixa "The Divide" é um exemplo do seu talento como vocalista, fazendo desta faixa uma bom exemplo de como se faz um Power/Thrash metal matador.
Algo de Slayer pode ser conferido na "The Backwater Gospel" que conta mais uma vez com riffs matadores, somados com um clima mais sombrio. Enquanto que na próxima "UltraNation", que começa lenta, para depois destilar toda a fúria nos nossos ouvidos.
Destaque vai para o trabalho do baterista Gabor Franyo na faixa "Protector, Pretender", aqui mais uma vez o Thrash metal te dá um tapa na cara, com riffs e linhas de bateria criativas.
Encerrando temos a faixa-título "Point of no Return", mais um exemplo de como se faz um Thrash metal de qualidade, sem dúvida um álbum que figura entre os destaques no ano de 2022, não deixe de conferir o trabalho dessa fantástica banda.
Rating: 9/10
Banda:
Rose'n - Changes
Paxtilence - Wildfire
Paxtilence é uma banda formada em 2011, em Nuremberg, Alemanha. O som da banda é um Old School Thrash metal que, segundo eles próprios, são influenciados por bandas como Kreator, Megadeth, e bandas mais novas como Warbringer, Pripjat (o álbum foi produzido por um membro desta banda) e Space Chaser.
A primeira demo da banda foi lançada em 2014, seguida do EP "Cyclotomic Warfare" lançado em 2017 e agora o álbum completo "Wildfire" através do selo Headbangerz records.
Nesse álbum completo temos todos aquelas influências misturadas em um liquidificador, gerando uma sonoridade convincente, basta ouvir a primeira faixa que dá título ao álbum "Wilfire", curta, direta, rápida, com vocais totalmente inspirados em bandas da Bay Area.
A segunda faixa "Enstrangement" é ainda melhor que a primeira, apesar de ter a mesma pegada, me lembrou em alguns momentos o Exodus com algo da banda alemã S.D.I. Algo similar acontece na próxima "Last Words", mas que conta com riffs e linhas de baixos cavalgantes.
Na verdade o álbum segue essa linha old school do começo ao fim, sempre mantendo um ritmo acelerado, bons riffs e vocalizações idem.
É o tipo de álbum que fica melhor a cada audição, então eu tenho a obrigação de recomendar para aqueles que curte um Old School Thrash metal, especialmente se procura bandas novas com influências dos tempos dourados do estilo.
Rating: 8/10
Banda:
Splintered Throne - The Greater Good of Man
Vindos de Portland, Oregon, nos Estados Unidos, Splintered Throne nos oferece um Heavy metal/Power metal/Hard rock com guitarras vibrantes, solos e vocais femininos a cargo da excelente vocalista Lisa Mann. Trata-se do terceiro álbum de estúdio da banda e o primeiro com a vocalista Lisa Mann após a saída do vocalista Brian Garrison e esta mudança foi muito positiva, pois Lisa possui uma voz caiu como uma luva para o estilo da banda.
Após conferir o som de "The Greater Good of Man", eu pude ter a certeza que ele figura entre os melhores álbum que escutei em 2022, pois o estilo da banda me lembrou algo de Dio, Iron Maiden, Saraya, entre outras.
A banda já chega detonando com a faixa "The Reaper Is Calling", uma faixa mais puxada para o Power metal americano e serve não apenas para demonstrar a grande capacidade da banda em criar músicas energéticas e solos de guitarra excelentes, mas também conduzir sua música de forma veloz em alguns momentos, somado a riffs e solos excelentes, e deixando a vocalista Lisa brilhar com suas linhas vocais.
A faixa mais longa do álbum "The Crossing" começa com riffs matadores e a sincronia certeira dos guitarristas Matt Dorado e Jason Moser, para em seguida ganhar uma certa dose de velocidade.
Um pouco de blues aparece na "Morning Star Rising", acredito devido ao fato da vocalista Lisa ser originalmente uma vocalista do estilo, mas que depois dá espaço para partes mais pesadas, mostrando toda a versatilidade da vocalista, lembrando o estilo do Dio no Black Sabbath.
Na faixa título "The Greater Good of Man" a banda mostra sua influência de Iron Maiden, enquanto que na "Let It Rain" a banda vai mais para o lado do Hard rock, mas que ainda conta com grandes riffs, duetos e solos de primeira, além de uma linha de baixo pulsante e bateria bem encaixada.
O rítmo acelerado volta com a "Night Of The Heathens", lembrando bandas dos tempos do NWOBHM, uma das melhores músicas do álbum. O mais puro Heavy metal também aparece na "Time Stands Still", e mesmo na faixa-bônus "Immortal", uma power ballad regravada do álbum "Redline" de 2017, detona.
Um álbum obrigatório para qualquer fã de Heavy metal e de boa música, espero poder ouvir um novo trabalho com Lisa nos vocais assim que possível, pois a química funcionou e esse álbum provou isto.
Rating: 9/10
Banda:
Esperfall - Act I. - Origins in Darkness
Esperfall é uma banda vinda de Budapeste, Hungria, foi formada em 2016 e é uma banda que executa um Power metal/Metal sinfônico e até algumas inclusões de Death metal melódico. "Act I - Origins In Darkness" trata-se do primeiro álbum da banda, antes deste a banda lançou dois EPs.
O álbum começa com uma introdução, assim fazendo uma transição para “Tempest In Paradise (The First Advent)", uma faixa começa com guitarras melódicas, para depois entrar a bateria em um ritmo mais acelerado bem no estilo Power metal, mas alterna em partes mais cadenciadas também e um refrão melódico, aqui já podemos apreciar os vocais da vocalista Nora Sima, não soando enjoativa como muitas vocalistas de metal sinfônico, além de ter apoio de vocais guturais masculinos. Vale destacar as partes de guitarra, especialmente os solos.
Em "Retreat Into Dreamland" aquele estilo Power Metal aparece novamente, mas desta vez vocais guturais são adicionados. Uma mistura de Power metal com o Death metal melódico aparece na "Plato's Cave", inclusive com adição de teclados, mas essa influência de Death metal melódico é muito mais evidente na "Nature of the Disease (The Second Advent)", essa com um ritmo acelerado, cantada praticamente com vocais rasgados.
A "Don't Leave Me Behind" vai mais na linha metal sinfônico, enquanto que a "No Tomorrow (The Third Advent)" faz uma mistura de tudo que ouvimos nas faixas anteriores.
O lado mais épico aparece na faixa "Black Flag", com destaque para os teclados e partes de bateria. Finalizando o álbum temos a "Cortex Breakdown", a qual também faz algumas transições de estilos.
A banda não tentou cruzar nenhuma fronteira neste álbum, mas a banda mostrou-se promissora para aqueles que curtem o estilo.
Rating: 8/10
Banda:
Forkill - Sick Society
Forkill é uma banda carioca formada em 2010, mostrando que o Rio de Janeiro tem uma cena underground, mesmo o Estado sendo dominado por certos estilos depreciáveis, mas a cena do Heavy metal parece estar crescendo por lá e o Forkill é um ótimo exemplo de uma banda a se conferir, pois se você curte aquele velho Thrash metal americano oitentista de bandas como Exodus, Testament, Forbidden, Heathen, Vio-lence, Metallica, entre outras, tem a obrigação de conferir o som dos caras, especialmente se apoia a cena local.
"Sick Society" é o terceiro álbum da banda e que marca a estreia nos vocais e guitarra de Igor Rodrigues (ex-No Remorse), na verdade membro desde 2019, mas apesar da mudança a sonoridade da banda continua intacta.
Depois de uma introdução lenta e melódica a la Metallica em "Open Wound", temos a faixa "The Seed", uma música que varia passagens mais rápidas com momentos recheados de riffs matadores, além de um refrão, backing vocals e solos de guitarra bem executados.
A seguinte faixa "“Brain Shaped Youth” começa com acordes lentos para depois destilar o seu peso, enquanto a bateria e o baixo fazem o seu trabalho de casa, deixando a música mais encorpada.
O velho Thrash metal volta na "Merchants of Faith", mas com certa dose de Heavy metal tradicional em seus riffs. Seguindo quase a mesma lógica, mas mostrando até um peso maior, a faixa "Every Corner" é mais uma música a se destacar.
"The Joker" começa com o baixo destacado, servindo de introdução para a pandaria que viria a seguir, uma música que te convida ao headbanging. Seguindo o mesmo caminho temos a "Behind the Mask", recheada de bons riffs e linhas de baixo.
A brutal "No Land Beyond the Volga" se aproxima de um Death metal com seus blastbeats e parece uma candidata a servir como convite ao moshpit em shows ao vivo.
A realidade brasileira é refletida na longa e agressiva faixa-título "Sick Society", a qual demonstra uma variedade em suas passagens rítmicas, nas guitarras, mostrando uma dose de variação diferente das outras faixas.
Depois de uma faixa instrumental "Scars" que demonstra o talento da banda em seus instrumentos, o álbum finaliza com "Killed at Last" como bônus track, mas que fecha o álbum com maestria e a usual violência musical.
Forkill provou nesse terceiro álbum uma evolução impressionante e que vive um momento excelente e eles têm tudo para crescer mais ainda se continuarem assim, um dos melhores álbum que ouvi neste ano até o momento.
Rating: 9/10
Banda:
Virthual - La Imagen Del Silencio
Essa banda chamada Virthual vinda de Buenos Aires - Argentina, foi formada em 2021 e que a pouco tempo lançou esse álbum de estreia intitulado “La Imagen Del Silencio”, inicialmente apenas disponível em versão digital e agora disponível em edição fisica através do selo grego Alone Records. Esse álbum tem uma sonoridade que nos remete ao heavy metal direto, clássico, com influências de Judas Priest, Accept, Iron Maiden, especialmente este último devido ao vocalista soar como o Bruce Dickinson cantando em espanhol, mas também demonstrando uma nítida influência de Rob Halford, especialmente nos vocais mais altos e agudos.
Após uma pequena introdução, a faixa "Justos Por Pecadores" já consegue demonstrar a proposta da banda, pois temos exatamente as influências mencionadas acima, a banda mostra certa dose de peso e rispidez, mas ao mesmo tempo soar melódica. Essa faceta mais agressiva chega com mais força na próxima faixa "Esperar".
A velocidade é reduzida na "Soy Lo Que Ves", mas conta com bons riffs de guitarra e partes com melodias interessantes, além de um baixo mais destacado.
A banda utilizou alguns teclados na "En Tu Mente Estaré", essa faixa me lembrou o Iron Maiden dos anos 2000. Depois de uma balada temos as faixas "Algo Cambia" e a "La Imagen Del Silencio" que trazem o peso de volta, gostei especialmente desta última e para encerrar o álbum temos a rápida e melódica "Aprender A Vivir Sin Ti" que fecha com chave de ouro.
Virthual é uma boa banda de Heavy metal argentino que já demonstrou talento e qualidade em suas composições em seu álbum de estreia, recomendado.
Rating: 8/10
Traitor - Last Hope for the Wretched
A banda Traitor foi formada em 2012 na Pensilvânia, Estados Unidos, apesar disso, apenas agora a banda soltou o seu álbum de estreia, mas antes a banda tinha lançado uma demo em 2014, um EP e um split com a banda Sacrificial Blood em 2018.
Falando sobre o estilo da banda, temos um Thrash metal/Speed metal inspirado pela época clássica do estilo, ou seja, bandas oitentistas como o Exciter, Overkill, Anvil, Whiplash, entre outras bandas. Na verdade o som não chega a ser tão rápido, claro, ainda temos partes rápidas como na primeira faixa "Sintroducer/Take Over que chega a lembra o Overkill, mas a banda não esqueceu de escrever boas composições baseadas em riffs energéticos e solos e melodias muito bem executados, lembrando também algumas bandas mais tradicionais de Heavy metal.
Eu gostei muito do vocalista, a voz dele é compreensível e de certa forma até diferente do usual, talvez também pelo fato da produção soar com algo produzido nos anos 80.
Na faixa "Zed" temos um equilíbrio entre o Thrash metal e o Heavy metal tradicional, enquanto que na cadenciada "Baptized in Fire" o destaque vai para o riffs convidativos ao headbanging a la Judas Priest e Accept.
"Why They Fear the Night" poderia facilmente estar presente em álbum clássico de Heavy metal dos anos 80, uma música que varia entre partes mais cadenciadas e outras mais Speed metal somadas a riffs marcantes e solos melódicos.
Em "Under Attack" a banda chega com tudo com riffs e velocidade marcantes, uma das minhas favoritas do álbum. Em seguida temos uma faixa longa ""Raise the Black" com seus quase 7 minutos que praticamente te obriga a cantar o refrão junto. O álbum encerra com a faixa "Luxury" que mostra as características mencionadas anteriormente.
“Last Hope For The Wretched” nos oferece uma boa dose daquele saudoso Thrash metal/Heavy metal dos anos 80 e nos proporcionou um álbum de estreia muito bom e que merece ser conferido.
Rating: 8/10
H.E.A.T - Tearing Down the Walls
Dentre as "novas" bandas escandinavas de Hard rock/Melodic rock, o H.E.A.T está entre as melhores do gênero, senão a melhor nos dias atuais, não há dúvida a respeito.
Esse é o quarto álbum da banda originalmente lançado em 2014 e recetemente ficou disponível no Brasil através da Shinigami Records, esse álbum foi o segundo álbum com o vocalista Erik Grönwall, atualmente vocalista do Skid Row e não é à toa a escolha da banda americana em relação ao Erik como novo vocalista, pois aqui mais uma vez prova o porque de ele ser atualmente um dos melhores no estilo, não apenas isso, pois a banda ainda está soando excelente neste álbum.
Apesar de eu achar que o ápice da banda com o Erik nos vocais foi com o álbum "Address the Nation", não tem como negar que a banda lançou mais um álbum que ajudou-lhes a subir mais um degrau na carreira e um futuro brilhante a frente.
Como característica sempre marcante dessa banda, temos os refrãos grudentos e as melodias viciantes, basta ouvir a música "A Shot At Redemption", a qual soa como uma bomba do Hard rock, tente a missão impossível de não sair cantando o seu refrão.
Apesar do som da banda ir para o lado mais melodioso da coisa, a faixa "Enemy In Me" soa um pouco Sleazy, enquanto que a "Inferno" e a "Eye For An Eye" são mais Hard rock, esta última uma das minhas favoritas.
Se você gosta daquelas faixas melódicas pomposas não deixe de conferir as faixas "We Will Never Die" e a balada "All the Nights".
Esse álbum não deixa dúvidas que a banda é uma das melhores do estilo da atualidade e não tem como não ter a discografia da banda em sua coleção.
Rating: 8,5/10
Banda:
Vice - For the Fallen
Vice é um power-trio de Heavy metal/Groove vindos de Manchester no Reino Unido, a banda já abriu shows de bandas como do Blaze Bayley (ex-Iron Maiden), além de abrir shows do The 3 Tremors (banda de Tim Owens, ex-Judas Priest). Tendo lançado o álbum debut chamado "The First Chapter" em 2017 e agora acabam de lançar este novo álbum intitulado "For the Fallen" lançado cinco anos após o primeiro álbum.
Vamos conferir o som destes ingleses. Pois bem, basta ouvir a faixa que abre o disco "Strive" e já podemos perceber que temos um som pesado, com vocalizações limpas e agressivas ao mesmo tempo, na verdade lembra a banda Trivium, apesar de eu particularmente não curtir aquela banda, esta faixa é muito boa.
A próxima faixa é bem mais interessante para mim, pois "Rise" já conta com um riff monstro de guitarra logo de início, com um som alto de baixo ajudando no preenchimento do peso e conta com um refrão que deve fazer sucesso ao vivo.
A faixa "Vultures" tem peso, mas conta com um refrão mais melódico, enquanto que a "Break the Cycle" possui bons riffs de guitarra e a "Failure" vai mais na linha do Machine Head. Como deu para perceber a banda não tem uma sonoridade old school, pois possuem mais características modernas, mesmo que ainda influenciados por outras eras.
O álbum finaliza com a "For the Fallen" que é uma boa música de metal moderno, mas aqui já pude perceber que o álbum se tornou algo bem previsível ao decorrer das faixas, apesar de bons momentos,
Não tem como negar que o trio são bons músicos, mas acredito que eles podem entregar algo melhor em um próximo trabalho, mas por enquanto é isso que temos, um álbum decente apenas, mas talvez com o tempo eles possam crescer mais e sair do decente para algo excelente.
Rating: 6,5/10
Banda:
Blackmore's Night - Winter Carols
Overlord SR - Prepare for the King