Lessmann/Voss - Rock is our Religion


Claus Lessmann e Michael Voss são duas figuras conhecidas no cenário Hard rock alemão, o primeiro por ter sido membro das bandas Cacumen e Bonfire, além de ter participado em outras bandas, inclusive no projeto Wolfpakk de Michael Voss, e o segundo por ter sido membro das bandas Casanova, Mad Max, e mais recentemente do Michael Schenker e a banda Phantom 5, que conta com Mr. Lessmann também.

"Rock is our Religion" é o álbum de estreia da dupla, o qual não traz tantas similariedades com as bandas citadas acima, um bom exemplo é a primeira faixa "Medicine Man", que mostra que a dupla escolheu uma aproximação mais comercial em sua sonoridade, mais focada em um Hard rock com uma vibe mais a la AOR radiofônico, mas ao mesmo tempo apresentando melodias que grudam na mente, especialmente nos refrãos.

Falando em música que gruda na mente, a "Smoke Without A Fire" é um bom exemplo disso, uma faixa que te faz cantar junto e lembra algo entre o Bon Jovi e o Def Leppard. Outra que segue essa linha é a "Runaway Days", mais uma que a banda te faz sair cantando.

Não poderia faltar algumas baladas, como as "Fight For Our Love" e "Take My Heart And Run" que foram bem feitas, enquanto que a faixa-título "Rock Is Our Religion" é a que mais lembra os trabalhos da dupla com o Bonfire e Casanova.

São exemplos de faixas com certa dose de energia, as "Something Is Better Than Nothing" e "Look Around", sendo que que a segunda possui algumas partes acústicas, e conta com um solo legal de guitarra perto do final.

A versão cover de "Sister Golden Hair" da banda America ficou bem legal, tem uma vibe mais country, mas que funcionou muito bem e respeitou a versão original.

Encerrando o álbum temos a "What Feels Right", uma das melhores do álbum e que poderia estar entre as primeiras faixas do álbum.

Lessmann/Voss produziram um álbum focado nos anos 80, indo para o lado mais comercial e acessível do Hard rock, mas que conseguiram compor algo agradável de ser ouvido, especialmente para quem curte o estilo.

Rating: 8/10

Banda:

Claus Lessmann - Lead Vocals, Backing Vocals, Acoustic Guitars
Michael Voss - Lead Vocals, Backing Vocals, Electric Guitars, Bass Guitar, Keyboards

Convidados:

Vincent Golly - Drums
Kenny Lessmann  - Drums
Martin Huch -  Pedal steel guitar

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Katapult - Play Stupid Games, Win Stupid Prizes

Katapult é uma banda formada por músicos suecos e suícos, tocam um Thrash metal moderno, ou seja, eles não possuem muitos elementos old school do estilo. Eles lançaram alguns singles e dois EPs e agora acabam de lançar o álbum de estreia.

O álbum consiste em 13 faixas, as quais contêm alguns refrãos que marcam, mas ao mesmo tempo o peso se faz presente, incluindo vocais rasgados, raivosos e andamentos agressivos de bateria.

Depois de uma estranha introdução, temos a primeira faixa "Comfortably Dumb", que mistura Thrash metal, punk e elementos modernos, enquando que a segunda faixa "The Hands Of The Devil" tem alguma coisa de Gojira, especialmente nas guitarras.

"Sweetheart Come" tem um tom mais sombrio e combina essas partes com riffs pesados de guitarra. A curta "Nihilism For The Gods" é uma das melhores do álbum, pesada, com partes de bateria martelando e um bom refrão mais melódico.

A "Litany Of Spirals" abre com um baixo pesado que acompanha a melodia das guitarras, as quais demonstram uma certa dose de variedade em seus riffs.

A faixa mais lenta do álbum é a "Invite The Sin", mas que fica muito longe de ser considerada uma balada melódica, apesar da parte principal ser a mais próxima disso.

A própria banda produziu o álbum e posso dizer que a produção realmente está excelente, mas na questão sobre composições e sonoridade, o "Play Stupid Games, Win Stupid Prizes" é um bom álbum, mas apenas isso, se você gosta do tipo de proposta, banda tem a suas qualidades.

Rating: 7/10

Banda:

Johan Norström -Vocals
Florian Moritz - Guitars
Joel Purificacion -Guitars
Felix Bacher - Bass
David Stutzer - Drums

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Skull Fist - Paid in Full


O Canada sempre nos trouxe nomes importantes em diversos gêneros dentro do Heavy metal e Hard rock, nomes como Anvil e Exciter no lado mais speed metal, o Kataklysm no lado mais extremo ou mesmo no lado mais melodic rock/AOR de bandas como Triumph e Coney Hatch, ainda sendo casa dos mestres do rock progressivo Rush.

A banda Skull Fist formada em 2006 e "Paid in Full" é o 4º álbum dos canadenses. A banda é uma das novas promessas do Heavy metal, inclusive chegaram a tocar no Brasil e outros países da America do Sul.

O álbum anterior "Way of the Road" não foi tão bem recebido quanto os dois primeiros, pois a banda tirou o pé do acelerador naquele álbum, gerando até uma certa dúvida quanto ao futuro da banda, mas após a saída do guitarrista Johnny Nesta, a banda continuou como um trio e toda a parte das guitarras ficaram a cargo do vocalista/guitarrista Zach Slaughter, sendo a primeira vez que o mesmo assumiria todo o trabalho de guitarra na banda, e qual o resultado depois dessas mudanças? Veremos nas linhas a seguir.

Os dois primeiros singles do álbum "Long Live The Fist" e "For The Last Time" já nos deram um gostinho do que estava prestes a vir, e para alívio dos fãs a banda lançou mais um álbum do mais puro Heavy metal, com riffs de guitarra, linhas de baixo, produção excelente e muitas melodias bem feitas.

A faixa-título "Paid in Full" é mais cadenciada, possuindo momentos mais Hard rock, essa provavelmente a menos Heavy metal, apesar de possuir riffs pesados, e não me entendam errado, a música é bem legal. O já menciondo single "Long Live The Fist" é excelente nos seus poucos mais de três minutos, provavelmente a melhor música do álbum.

O ritmo dos bumbos de bateria, somado as guitarras alucinantes e baixo trabalhando em conjunto, fazem da faixa "Crush Kill Destroy" um destaque, que conta com um refrão que vai funcionar muito bem ao vivo.

"Blackout" é mais um exemplo de como se faz Heavy metal, riffs poderosos e solos bem executados. Lembrando que essa faixa é uma regravação do EP "Heavier than Metal" de 2010.

Os riffs e atmosfera da faixa cadenciada "Madman" mostra o lado Black Sabbath dos tempos do Dio, enquanto que a "Warrior Of The North" é rápida, aliás a mais rápida do álbum, fechando com classe o álbum.

No geral, a banda permaneceu fiel as suas raízes do Heavy metal e sem dúvida agradará os fãs do estilo, fazendo dessa banda uma das grandes esperanças no cenário do Heavy metal mundial.

Rating: 8/10

Banda:

Zach Slaughter - vocals, guitars
Casey Guest - bass
JJ Tartaglia - drums

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Royal Hunt - Dystopia Part II


Royal Hunt sempre foi uma das minhas bandas favoritas, pois é uma banda muito facilmente reconhecida sonoramente com o seu metal progressivo, mas não se resume apenas nisso, você consegue identificá-los com facilidade, possuindo um estilo próprio e marcante, e mesmo com diversas mudanças na formação, a banda sempre deixou a sua marca registrada em mais de 30 anos de sua formação e 16 álbuns de estúdio, sempre tendo em sua frente o tecladista e compositor André Andersen.

O consenso é que eles atingiram seu pico artístico em meados dos anos 90 com álbuns "Moving Target" e "Paradox", os quais foram aclamados pela crítica e fãs, ambos contando com o vocalista DC Cooper que fazia a sua estreia no "Moving Target". Falando nisso, o DC Cooper nesse novo álbum ainda continua com seus excelentes vocais, mesmo que não consiga mais atingir aquelas notas mais altas de outrora.

Agora temos a segunda parte do Dystopia, o mais novo álbum do Royal Hunt, a primeira parte desse álbum conceitual inspirado em "Fahreneit 451" de Ray Bradbury foi lançado em 2020. Essa segunda parte novo conta com a participação de Mats Leven (TSO, Skyblood, Vandenberg), Mark Boals (Yngwie Malmsteen, Ring Of Fire, Royal Hunt), Henrik Brockman (Royal Hunt, Evil Masquerade, N´Tribe), Kenny Lubcke (Narita, Zoser Mez) and Alexandra Andersen (Royal Hunt, JSP).

A faixa introdutória orquestral "Midway" serviu para apresentar a poderosa "Thorn in My Heart", possuindo as características clássicas da banda, alternando em partes aceleradas e bem elaboradas, teclados e guitarras guiando os vocais expressivos e os pomposos backing vocals.

A próxima faixa "The Key Of Insanity" começa com uma certa dose de peso nas guitarras, com andamentos progressivos, vocais se alternando em partes mais sombrias, agressivas, e algumas partes mais modernas na parte instrumental, conta com a participação de Mats Leven interagindo com DC Cooper.

Esse lado mais moderno aparece também na faixa "Live Another Day", mas contando com linhas de baixo e bateria no velho estilo da banda, servindo de introdução para os teclados e linhas progressivas que viriam a seguir, além de passagens mais lentas.

A instrumental "The Purge" abre com violino e orquestrações juntamente com riffs de guitarra e um rítmo mais energético. Uma demonstração mais técnica e virtuosa da banda, como uma mistura de Progressivo e Power Metal.

Mark Boals e Henrik Brockmann, ambos ex-vocalistas do Royal Hunt aparecem como convidados e fazendo um dueto com o DC Cooper na faixa "One More Shot". Ficou bem legal esse dueto, interessante ouví-los cantando junto.

A música mais longa do álbum é a "Scream Of Anger", contando com mais de 14 minutos, a primeira parte é instrumental, demonstrando todo o virtuosismo e estilo que fez parte na discografia da banda, a segunda parte começa lenta, mas logo acelera, mostrando toda a capacidade do Royal Hunt com seu ritmo e partes vocais refinados.

A balada "Left In The Wind" demostra toda capacidade vocal do DC Cooper, contendo partes com vocalizações femininas. A curta instrumental "Resurrection F451" encerra o álbum com classe.

O Royal Hunt entregou mais um grande álbum em sua já extensa discografia, para mim a música contida aqui é fantástica, e não tenho dúvida que eles merecem a sua atenção, para os fãs da banda nem preciso dizer que esse álbum é obrigatório.

Rating: 9/10

Banda:

DC Cooper - vocals
Jonas Larsen - guitars
Andreas Passmark - bass
André Andersen - keyboards
Andreas "Habo" Johansson - drums

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The Guitar & Whiskey Club - EP


Essa banda chamada The Guitar & Whiskey Club (GWC) foi formada em 2016 pelo guitarrista e compositor Jeffrey Donovan. Iniciou a sua carreira como uma banda cover, mas sempre incluindo algumas canções de autoria própria no repertório, rendendo para a banda alguns prêmios e abrindo shows de bandas como Jack Russel's Great White, Stephen Pearcy, Accept, entre outras.

Com a chegada da pandemia em 2020, a banda não pode mais tocar ao vivo, resultando na saída de alguns membros, tal fato fez o guitarrista Donovan pensar sobre o futuro da banda, fato esse que foi crucial para ele decidir que a banda se tornaria 100% com músicas próprias, com isso em mente, ele trouxe o novo vocalista Mark Prudeaux, o baterista Adam Ponce e ainda tomando para si as partes de baixo, além das guitarras. O resultado é esse EP com 5 músicas, lançado por eles mesmos e com distribuição via The Orchard/Sony Music.

O som da banda é uma fusão de Hard rock, Blues, Rock n' Roll, como pode ser conferido na faixa "Rebel Soul", que conta com bons riffs e solos de guitarra, o mesmo acontece na faixa "Sleazy", mais uma vez contando com excelentes solos de guitarra, lembrando alguma coisa entre AC/DC, Guns n' Roses, ZZ Top.

A balada "I know" tira um pouco da energia, mas é uma boa balada. A faixa "Does Your Dog Bite" tem um groove diferente, encerrando com a lenta "Lone Cowboy", lembrando de certa forma o "Bon Jovi".

A pandemia foi péssima para todo mundo, mas algumas coisas boas acabaram surgindo, como bandas compondo álbums, e esse EP é um exemplo do lado bom daquele período, 

Rating: 7/10

Banda:

Mark Prudeaux - vocals
Jeffrey Donovan - guitars/bass
Adam Ponce - drums

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Foreigner - An Acoustic Evening With Foreigner


O Foreigner é aquele tipo de banda que até quem não se considera fã de rock conhece pelo menos uma música da banda, como por exemplo a faixa "I Want To Know What Love Is" do álbum Agent Provocateur de 1984. Apenas um exemplo de uma música que se tornou em um sucesso inegável.

Esse álbum acústico foi gravado originalmente em 2013 na Alemanha, lançado em 2014 e recentemente relançado pela Shinigami Records no Brasil. O álbum conta com alguns clássicos tocados de forma acústica mais intimista, como a versão da música "Double Vision" que ficou fantástica.

Temos 12 músicas aqui, incluindo versões muito boas das faixas "Say You Will", "Dirty White Boy", "That’s All Right" (famosa na voz de Elvis Presley) e a já mencionada "Double Vision", e que claramente serviu para demonstrar uma banda entrosada e que conhece o significado de melodias bem feitas.

O álbum foi muito bem produzido pelo baixista Jeff Pilson (ex-Dokken), além de se destacar nos arranjos de baixo, incluindo também os excelentes vocais de Kelly Hansen (Hurricane) e ainda liderada pelo guitarrista Mick Jones.

Se você curte álbuns acústicos e especialmente a banda Foreigner, fica a recomendação para quem gosta de boa música, melodias de uma época que parece que nunca mais vai voltar.

Rating: 8/10

Banda:

Kelly Hansen - vocals, percursion
Mick Jones - acoustic guitars, backing vocals
Jeff Pilson - acoustic guitars, bass, backing vocals
Tom Gimbel - acoustic guitars, saxophone, backing vocals
Michael Bluestein - - keyboards, backing vocals
Bruce Watson - acoustic guitars, mandolin, backing vocals
Chris Frazier - percussion

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Pétalas Insanas - S/T

Pétalas Insanas é uma banda gaúcha de Hard rock/Rock n' Roll com algumas passagens de metal, foi formada na cidade de Porto Alegre em 2005.

A banda já tem 17 anos desde a sua formação, apesar de todo esse tempo, apenas agora foi lançado o seu primeiro álbum após inúmeras mudanças na formação, entre outras barreiras, como Mateus (vocalista e baxista) conta: “Foram dez anos desde o início do processo de gravação até o lançamento. Foi realmente uma luta e muitas vezes tive dúvidas se iríamos conseguir lançar esse disco. Tivemos mudanças de formação, problemas financeiros, além de fatos da vida pessoal que exigiram mais atenção. Mas agora o álbum está na praça  e eu estou muito orgulhoso! Muita gente nos ajudou nesse caminho e ficamos eternamente agradecidos. Espero que gostem do nosso trabalho, foi feito com amor, suor, sangue, lágrimas e na raça. Como tem que ser em um disco de Rock/Metal” – destaca Mateus.

O álbum tem início com a faixa "Velha Estrada", a qual foi o primeiro lyric video da banda, disponível no Youtube desde 2020. Essa música é puro Hard rock/Rock 'n Roll, tanto musicalmente quanto as letras, com aquele típico refrão feito para a galera cantar junto nos shows.

O baixo pulsante e pesado marca presença na faixa "Garotas da Noite", novamente com um som energético, combinando com o tema da letra, um som direto e sem frescuras.

Temos um pouco de Heavy metal na "Instinto Animal", contando com linhas mais pesadas de bateria, a cargo de Jailson "Véio" Dias, e riffs de guitarra pesados executados pelo ex-membro Paulo Pereira, que cuidou de todas as guitarras do disco.

O Hard rock volta com a música "Rodar a Cidade", enquanto que a "Hey Menina", que foi o primeiro single do álbum lançado em 2015, conta com uma letra bem típica de muitas bandas de Hard rock "farofa", mas que funcionou e soa muita divertida.

Em "Por Todos Nós" tem a participação de ex-integrantes nos backing vocals, essa conta com um refrão bem legal que pode funcionar muito bem ao vivo.

"A Besta" e a "A Noite" são faixas mais pesada, um Hard n' Heavy de primeira, mostrando que a banda tem diversas influências, inclusive a próxima "Por Prazer" é mais Rock 'n Roll, contando com passagens de piano.

O álbum encerra com a pesada "Vai Garoto", nela os riffs são totalmente Heavy metal, encerrando o álbum com uma música que merece ser destacada.

Você vai encontrar nesse álbum Hard rock, Rock 'n Roll e Heavy metal, e apesar de todo processo penoso até ele sair, a banda conseguiu entregar um trabalho que merece ser conferido, especialmente se você curte um Hard rock com letras em português.

Rating: 8/10

Banda:

Mateus Insano - vocais/baixo
Jailson "Véio" Dias - bateria/backing vocals

Luciano Lee Wills (piano e backing vocal em “Por Prazer”), Sebb CC Carsin (guitarra adicional em “Garota da Noite”, “Por Todos Nós” e “Vai Garoto”), Mariane Prestes (backing vocal em “Hey Menina”), Paulo Pereira (guitarra em todas as faixas e backing vocal em “Hey Menina” e “Por Todos Nós”),  Guida Cardoso, Israel Boca, Gabriel Wanner e Leandro Pereira no coro de “Por Todos Nós”.

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Michael Schenker - Universal


Michael Schenker é um guitarrista que dispensa apresentações, ele influenciou muita gente no universo da música, mas é sempre válido mencionar que ele foi um dos fundadores do Scorpions, e desde então possui uma longíqua carreira de 50 anos, mantendo uma regularidade de bons álbuns, sempre acompanhado por músicos de primeira e nesse novo álbum não é diferente.

Contando com o vocalista Ronnie Romero (Rainbow, Lords of Black, Vandenberg), mas também conta com as participações dos vocalistas Michael Kiske (Helloween, Unisonic), Gary Barden e Ralf Scheepers (Primal Fear). No baixo temos Bob Daisley (Rainbow, Ozzy Osbourne, Uriah Heep), Barry Sparks (Dokken, Yngwie Malmsteen) e Barend Courbois (Blind Guardian). Na bateria temos Simon Phillips (Toto, The Who, Judas Priest), Brian Tichy (Whitesnake, Foreigner), Bobby Rondinelli (Rainbow, Black Sabbath) e Bodo Schopf (Eloy) e no teclado Steve Mann (Lionheart), e a participação especial de Tony Carey (Rainbow).

"Universal" é um bom álbum de Hard rock, não chega a ser perfeito ou um clássico, pois com uma carreira com vários álbum lançados, fica difícil comparar, mas mesmo assim no geral o álbum é agradável, pois ainda possui as características que fizeram parte do estilo do guitarrista desde os tempos após o UFO, além de varias passagens lembrar o Rainbow, aparentemente isso foi proposital.

Um dos destaques do álbum fica por conta da homenagem feita ao Ronnie James Dio com a faixa "A King Has Gone", que conta com Michael Kiske, Bobby Rondinelli, Bob Daisley e Tony Carey, e segundo o próprio Michael Schenker, foi sua intenção de trazer de volta aquele estilo do Rainbow do álbum "Rising".

Outro destaque vai para a "The Universe", que conta com o dueto dos vocalistas Gary Barden e Ronnie Romero. Infelizmente a participação do vocalista Ralf Scheepers na faixa "Wrecking Ball" não chega a empolgar, não devido a sua voz, mas a música não é das melhores, infelizmente.

O vocalista Michael Voss (Mad Max, Casanova, Demon Drive, Wolfpakk) participa na boa música "Long Long Road". Enquanto que Ronnie Romero mostra seu talento nos vocais na "London Calling".

Apesar de "Universal" não ter condições de ser comparado com alguns álbuns clássicos do guitarrista ou de suas ex-bandas, é um trabalho que merece ser conferido, especialmente para aqueles que curtem o seu trabalho e querem ter tudo relacionado ao Michael Schenker.

Rating: 7,5/10

Banda:

Michael Schenker - guitars

Ronnie Romero – vocals (1, 2, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13)
Barry Sparks – bass (1, 5, 8, 10, 11, 13)
Simon Phillips – drums (1, 10, 11)
Tony Carey – keyboards (3, 5)
Michael Kiske – lead vocals (4)
Bobby Rondinelli – drums (5)
Bob Daisley – bass (5)
Gary Barden – lead vocals (6)
Ralf Scheepers – lead vocals (7)
Brian Tichy – drums (8, 12, 13)

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Burning Dead - Fear & Devastation

Burning Dead é uma banda de Heavy metal da França, que conta com os vocais furiosos da vocalista Drina Hex, estes alternando entre vocais rasgados e mais limpos, eu achei interessante, pois ela não me fez lembrar de outra vocalista que canta no estilo, mostrando um vocal de certo modo pessoal.

Este álbum intitulado "Fear & Devastion" é o primeiro álbum completo da banda, antes deste a banda soltou um EP e um single. O álbum possui 10 faixas, inclusive contando com a música "Eternal War" do primeiro EP regravada, inclusive essa música é um destaque do álbum.

A faixa "The Warrior" varia entre partes rápidas e cadenciadas, mostrando mais uma vez os dotes vocais raivosos da vocalista, além de riffs de guitarra e linhas de baixo muito interessantes.

Nas "See Who I Am" e "She" aquele estilo furioso permanece, a primeira tem aquela variação de vocais limpos e vocais rasgados, enquanto que a segunda começa com dedilhados e deixa o baixo brilhar, para depois entrar com pequenas partes mais pesadas. Outra que segue mais ou menos a mesma linha é a "Silent Scream, mas esta conta com influências de Doom metal.

A banda mostrou toda sua paixão, energia, fúria, deixando uma sensação devastadora no seu final, como se um terremoto estivesse ocorrendo no decorrer da audição do álbum, e eu realmente gostei disso. Álbum recomendado para aqueles que curtem um álbum de Heavy metal cru, pesado e feito com paixão.

Rating: 8/10

Banda:

Terrasound - Abstract Portrait


Terrasound é uma banda grega criada recentemente, mas precisamente no ano de 2020. Antes do lançamento desse album debut, a banda havia lançado um EP intitulado "Tidal Nights", cujas músicas  foram incluídas no “Abstract Portrait” que foi recentemente lançado através do selo Alone Records da Grécia.

Ao conferir o com da banda eu pude perceber que “Abstract Portrait” tem uma sonoridade interessante, pois é um Heavy metal progressivo com toques épicos, agradável de se ouvir, soando com certa personalidade. Não espere música rápidas, pois as faixas tem um andamento mais lento, mais atmosférico e épico. 

Outro aspecto interessante da música são os vocais, pois não soam como aqueles típicos do heavy metal tradicional, lembrando algumas bandas de Doom metal. A produção do álbum é crua, longe de ser perfeita, mas que até chegou a contribuir para o tipo de sonoridade da banda, combinando com o toque épico contido no álbum. 

Há uma certa dose de variedade no som do Terrasound, o som da guitarra possui passagens melódicas, mas também passagens lembrando um Doom metal clássico, isso acaba ajudando o álbum em torna-lo agradável de ser ouvido, soando menos enjoativo. 

Eu acho justo destacar as faixas: "Tidal Nights", a instrumental "Word of the Sword", a atmosfera épica da "Harsh Purple". Também acho muito legal quando uma banda sabe usar suas influências, mas ao mesmo tempo consegue entregar algo fresco ou pelo menos tentam demonstrar a sua personalidade. 

Recomendo que confiram o som dessa banda para entender melhor o significado das minhas palavras e da música contida nesse álbum, garanto que vale a pena.

Rating: 8/10

Banda:

Vasilis Kakafikas - Vocals, Bass, Keyboards, Drum programming
Thanasis Kakafikas - guitars
Antonis Kapsalis - guitars

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Victory - Gods of Tomorrow

Victory é uma criação de Herman Frank (ex-Accept, ex- Moon'Doc, ex-Sinner, Iron Allies, entre outras). A banda foi criada em 1984 e conseguiram uma certa dose de sucesso já desde o início com o álbum auto-intitulado de 1985, apesar de nunca ter alcançado o status do Accept, Scorpions ou Helloween por exemplo.

Eles lançaram dez álbuns de estúdio completos, alguns ao vivo e coletâneas, inclusive a banda chegou a separar-se em 1996, voltando a ativa em 2003, lançado três álbuns desde aquele ano até o ano de 2011, que marcou o lançamento do último álbum de estúdio, e apenas agora depois de mais de 10 anos, Herman Frank trouxe a banda de volta lançando o 11º álbum da carreira intitulado "Gods of Tomorrow" e lançado no Brasil pela Shinigami Records.

Para aqueles que não conhecem o estilo da banda, o som presente aqui é um Hard rock com alguns elementos de Heavy metal e algumas poucas influências de AC/DC, inclusive o vocalista Gianni Pontillo tem uma voz muito boa, podendo usar sua voz de forma mais melódica e também soar como uma versão light do Brian Johnson ou mesmo do saudoso Steve Lee (Gotthard).

Apesar da formação da banda remeter ao começo dos anos 80, a banda conseguiu compor um álbum que soa fresco, sim, ainda é retrô, mas ao mesmo tempo soando como um álbum lançado em 2022, sendo algo positivo na minha opinião.

As faixas "Love & Hate", a faixa-título "Gods of Tomorrow" e "Cut to the Bone" seguem praticamente a mesma linha, um Hard rock/Bluesy bem fáceis de ouvir, as quais possuem uma energia contagiante. O ritmo diminui com a balada "Dying in Your Arms", mas é uma balada muito boa por sinal.

O Hard rock volta com as músicas "Hold on Me", "My Own Desire" e a mais comercial "Unconditional Love", enquanto que "Into the Light" vai mais para o lado do Heavy metal.

O Victory não trouxe nada de novo, com certeza essa foi a intenção, mas eles trouxeram um álbum aquela energia clássica dos velhos tempos, refrãos e coros excelentes, e ficarei no aguardo de um novo trabalho mais rápido que da última vez.

Rating: 8,5/10

Banda:

Gianni Pontillo - vocals
Herman Frank - guitars
Mike Pesin - guitars
Malte Frederik Burkert - bass
Michael Stein - drums

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Dreamtide - Drama Dust Dream

"Drama Dust Dream" é o 5º álbum de estúdio da banda alemã de Hard rock/melodic rock Dreamtide. Para aqueles que já conhecem a banda, a música do Dreamtide não mudou ao longo dos anos, pois ainda contam com aquele estilo típico estilo desde o primeiro disco, com aquele timbre e solos típicos do guitarrista Helge Engelke, que é nitidamente influenciado pelo Uli Jon Roth. As bandas que Helge Engelke fez/faz parte como o Fair Warning, Zeno, ajudaram a moldar o que se tornou comumente conhecido como rock melódico ao longo dos anos 80 e 90, alcançado sucesso especialmente no Japão.

Dreamtide foi formada em Hannover em 2000 pelo já citado guitarrista do Fair Warning. A formação atual inclui alguns membros originais, como o vocalista Olaf Senkbeil, o tecladista Torsten Luederwaldt, além do compositor Helge Engelke, mas agora contando com os novos membros Lars Lehmann (UFO a Uli Jon Roth) e o baterista Horst Guntram Schlag. 

Conferindo a primeira faixa "Stop Being Deep", já podemos perceber que a banda pouco mudou desde o primeiro álbum, começa com um sintetizador servindo de introdução para os riffs de guitarra e solos típicos do Helge, somado aos vocais excelentes de Olaf ajudando a dar um toque especial a sonoridade.

"Spin" mantém o melodic rock em destaque, enquanto que a "Around" é uma boa balada, assim como a lenta "Dawn", e a faixa instrumental "Ni Dos Ni Agua" com sua guitarra acústica clássica espanhola. O Hard rock está de volta com a "All Of Us", contando novamente com riffs legais e um solo inspirado no final.

Apesar da música "One Rule" não ser um destaque, os vocais de Olaf ajudaram muito, e podemos dizer que ele é um vocalista com um voz muito boa. Os seus vocais também são destaque na balada "For the Fairies", essa com uma certa dose de blues, mas contando no final com o típico solo de Helge, muito bom por sinal.

"Leisure Saints" encerra o álbum com uma boa dose de energia, não chega a ser tão convincente, mas contém seus momentos.

"Drama Dust Dream" certamente não é tão bom quanto os dois primeiros álbuns, mas ainda é um álbum divertido e que melhora a cada nova audição.

Rating: 7,5/10

Banda:

Olaf Senkbeil - vocals
Helge Engelke -guitars
Lars Lehmann - bass
Host Guntram - drums
Thorsten Lüderwaldt - keyboards

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HellHaim - Let the Dead not Lose Hope

O primeiro álbum dessa banda de Heavy metal da Polônia lançado em 2017 foi resenhado aqui na On the Road Webzine alguns anos atrás, você pode conferi-lo ao clicar aqui. Naquele álbum a banda já tinha chamado a minha atenção, pois o álbum era pesado e tinha certa dose de personalidade, apesar de soar como algumas bandas européias ou mesmo americanas do estilo.

Nesse novo álbum intitulado "Let the Dead not Lose Hope" lançado através do selo Ossuary Records, mostra a banda melhor do que nunca, pois a sonoridade desse novo álbum está fantástica, contando com doses de Speed metal, somado a vocalizações lembrando o Rob Halford com alguma coisa de King Diamond e riffs old school dominando praticamente todo o álbum.

O holocasto começa com a faixa "Axe to Grind", uma excelente faixa para começar um álbum e deixar uma excelente impressão, pois os riffs são matadores, assim como um ritmo alucinante.

Na faixa "Virus", a banda trouxe influências do Black Sabbath, contando com linhas de baixo funcionando como pulsares, acompanhando riffs pesados inspirados na velha banda inglesa.

A capacidade da banda em criar riffs matadores não parou ali, pois os riffs e refrão matadores na faixa "Zodiac", lembrando o Judas Priest em vários momentos.

Se você curte Merciful Fate não deixe de conferir a música "Hell is Coming", mais um destaque que faz qualquer fã de Heavy metal sentir-se orgulhoso do estilo que tanto ama.

Uma aproximação diferente está na "La Santa Muerte / The Triumph of Life", trazendo uma direção mais diferenciada ao álbum, mas não deixando de possuir riffs e duetos de guitarras excelentes.

"Livet är Stunden" e "Metro" fecham o álbum com maestria, a primeira super rápida como uma voadora na sua cara, enquanto a segunda conta com riffs a la Judas Priest e Accept e novamente com grandes riffs e solos de guitarra.

Um álbum que mostrou que a banda cresceu musicalmente, e lançou um excelente álbum de Heavy metal, mais um dos destaques do estilo de 2022, sem dúvida alguma, pois esse vale a pena ouvi-lo da primeira faixa até a última sem pular nenhuma.

Rating: 9/10

Banda:

Mateusz Drzewicz - vocals
Albert Żółtowski - guitars
Piotr Konicki - guitars
Piotr Omelańczuk - bass
Jaro Kaczmarczyk - drums

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Lixx - Steal the Deal

A história dessa banda de Hard rock/Sleaze rock da cidade de Dundee na Escócia chamada Lixx começou em meados dos anos 80, época da formação da banda, que teve o seu primeiro mini-álbum lançado em 1988, mas a banda ficaria de molho nas próximas duas décadas seguintes, até que no ano de 2018 o selo Demon Dolls Records relançou o primeiro mini-álbum com alguns bônus e a banda voltou a ativa lançando o álbum "Diamond Star Halo" em 2020, seguido de "V8" em 2021 e agora este novo álbum intitulado "Steal the Deal" lançado em 2022.

O som da banda é um simples Hard rock/Sleaze, mais voltado para um rock n' roll simples, direto, lembrando bandas como o The Dogs D'Amour, T-Rex, Hanoi Rocks, The Quireboys.

Há no total 11 faixas de puro rock n' roll lembrando as bandas citadas acima, a primeira faixa "Once (is Enough)" lembra Michael Monroe, inclusive com algumas partes com gaita harmônica, o mesmo acontece na faixa "Tomorrow is Today".

Uma das minhas favoritas é a "Mockingbird Rain", não fugindo muito do estilo das faixas anteriores, e a "Take a Step Back" lembrando o inesquecível e saudoso Marc Bolan.

"Steal the Deal" é um álbum simples, direto, rock n' roll na veia, sendo recomendado para aqueles que querem ouvir uma banda que toca o que gosta, sem frescura.

Rating: 7/10

Banda:

Joe - Vocals
Nazz - Guitar
Robin - Bass
Steevo - Drums

Contato:

H.E.A.T - Force Majeure

 

Apesar do pouco tempo entre o último álbum "H.E.A.T II" e este novo álbum intitulado "Force Majeure", a banda teve mudanças importantes, pois o anterior foi o último com o vocalista Erik Grönwall, e esse novo álbum marca a volta do vocalista original da banda, Kenny Leckremo, o qual gravou os dois primeiros álbums com o H.E.A.T e estava fora da banda desde de 2010.

"Force Majeure" é o sétimo ábum de estúdio da banda e novamente traz aquele típico AOR/Hard rock que já se tornou marca registrada, além da banda continuar a impressionar com a capacidade de criar músicas que grudam na mente, além de uma produção grandiosa.

Não há como negar que o vocalista Kenny Leckremo tem uma voz muito agradável, mesmo Erik Grönwall deixando saudade, a verdade é que esse novo álbum soaria fantástico com qualquer um dos dois, mas vamos deixar o Erik detonando no Skid Row, ele merece, e deixando Kenny detonar no H.E.A.T também.

A escolha para a primeira faixa e primeiro single foi perfeita, pois "Back To The Rhythm" é um excelente exemplo como se faz Hard rock, e conta com todos os elementos, melodia, refrão para sair cantando, que fazem do H.E.A.T uma das melhores bandas do estilo da atualidade.

Outro single do álbum é a faixa "Nationwide", essa um pouco mais pesada, mas ainda contando com um refrão melódico e um excelente solo do guitarrista Dave Dalone. O terceiro single ficou por conta da "Hollywood", uma faixa que poderia estar presente em qualquer dos dois primeiros álbuns.

"Harder To Breathe" tem um ritmo um pouco mais lento, mas soa fantástica, enquanto que a "Demon Eyes" é a mais pesada e acelerada do ábum, se aproximando de um Hard 'n Heavy, na verdade lembra um pouco o Rainbow.

Encerrando o ábum temos a "Wings Of An Aeroplane", um bom exemplo de como finalizar um álbum com um melodic rock de primeira e mostrando grandes vocalizações.

Um álbum que nasceu clássico e com certeza figura entre os melhores lançamentos deste ano, mas não apenas isso, mas também como o melhor disco da banda até o momento, sem dúvida alguma.

Rating: 10/10

Banda:

Kenny Leckremo - Vocals
Dave Dalone - Guitars, backing vocals
Jimmy Jay - Bass, backing vocals
Jona Tee - Keyboards, Organ, backing vocals
Don Crash - Drums, backing vocals

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Tempest - Point of no Return

Essa banda alemã de Thrash metal chamada Tempest acaba de lançar o seu segundo álbum completo de estúdio intitulado "Point of no Return", o qual foi antecedido pelo debut "When Hate Has Dominion" de 2018.

Depois de uma introdução, a banda nos presenteia com toda a agressividade na faixa "Fire Will Judge", nesta soando mais como uma banda americana do estilo, inclusive com vocais que lembra um pouco o Sacred Reich e nas partes mais rasgadas com o Matt Barlow (ex-Iced Earth).

Aquela agressividade continua na próxima música "Unbroken", desta vez variando em partes rápidas com as famosas paradinhas, eu diria que essa se aproxima do Sepultura da fase clássica do "Arise".

"Through The Pain" me lembrou bandas clássicas como o Testament, Exodus ou Anthrax, seus riffs certeiros e robustos, energéticos, tudo isso somado com uma produção de primeira, a qual ajudou muito no resultado final do álbum.

O vocalista e guitarrista Philipe Piris destaca-se e muito nas suas partes vocais, a faixa "The Divide" é um exemplo do seu talento como vocalista, fazendo desta faixa uma bom exemplo de como se faz um Power/Thrash metal matador.

Algo de Slayer pode ser conferido na "The Backwater Gospel" que conta mais uma vez com riffs matadores, somados com um clima mais sombrio. Enquanto que na próxima "UltraNation", que começa lenta, para depois destilar toda a fúria nos nossos ouvidos.

Destaque vai para o trabalho do baterista Gabor Franyo na faixa "Protector, Pretender", aqui mais uma vez o Thrash metal te dá um tapa na cara, com riffs e linhas de bateria criativas.

Encerrando temos a faixa-título "Point of no Return", mais um exemplo de como se faz um Thrash metal de qualidade, sem dúvida um álbum que figura entre os destaques no ano de 2022, não deixe de conferir o trabalho dessa fantástica banda.

Rating: 9/10

Banda:

Philipe Piris - vocals/guitars
Simon Humpohl - guitars
Daniel Gerth - bass
Gabor Franyo - drums

Rose'n - Changes


A banda alemã de Hard rock/Heavy metal ROSE'N foi formada em 1987, lançando um cd demo intitulado "Glam" no mesmo ano, seguido dos álbuns "Once Upon a Time" de 1989 e o álbum "Nintys" de 1991. Após alguns infortúnios ocorridos com alguns membros da banda, os membros remanescentes decidiram encerrar as atividade e apenas 22 anos depois, em 2014, a banda resolveu se reunir novamente, dessa vez assinando contrato com a gravadora Pure Steel Records e lançando o álbum "Wake Up" naquele ano.

Nesse ano de 2022 a banda soltou o seu mais novo álbum intitulado "Changes" lançado de forma independente, o qual conta com novos membros, inclusive com a vocalista Lydia Sprengard estreando no microfone. O baixista Steve Nicks e o guitarrista Mike Vynnez são os únicos membros remanescentes da velha formação.

O álbum tem início com uma boa faixa "Flying", essa bem na linha Hard rock, mostrando que a vocalista Lydia tem uma boa voz, além de uma bom nível de instrumentação. Já na segunda faixa "Tables Turned" vai mais para o lado Heavy metal, contando um riffs e solos bem estruturados. Quase na mesma linha, mas mais lenta, temos a "Take Me To The Top" que também é um bom destaque.

O Hard rock volta com as faixas "Dreamer" e "Tell Me No Tales", boa faixas, mas não chegam no nível das primeiras mencionadas. Encerrando o álbum a versão em alemão "Ich Fliege" da faixa "Flying".

"Changes" é um bom álbum de Hard rock, não chega a ser um destaque entre muitos lançamentos do estilo desse ano, mas vale para quem curte o estilo e procura por novidades.

Rating: 7/10

Banda:

Lydia Sprengard - vocals
Mike Vynnez - guitars
Niko Aspostolopoulos - guitars
Steven Nickes - bass
Jochen Busch - drums
Mea - vocals

Contato:

Paxtilence - Wildfire

 

Paxtilence é uma banda formada em 2011, em Nuremberg, Alemanha. O som da banda é um Old School Thrash metal que, segundo eles próprios, são influenciados por bandas como Kreator, Megadeth, e bandas mais novas como Warbringer, Pripjat (o álbum foi produzido por um membro desta banda) e Space Chaser.

A primeira demo da banda foi lançada em 2014, seguida do EP "Cyclotomic Warfare" lançado em 2017 e agora o álbum completo "Wildfire" através do selo Headbangerz records.

Nesse álbum completo temos todos aquelas influências misturadas em um liquidificador, gerando uma sonoridade convincente, basta ouvir a primeira faixa que dá título ao álbum "Wilfire", curta, direta, rápida, com vocais totalmente inspirados em bandas da Bay Area.

A segunda faixa "Enstrangement" é ainda melhor que a primeira, apesar de ter a mesma pegada, me lembrou em alguns momentos o Exodus com algo da banda alemã S.D.I. Algo similar acontece na próxima "Last Words", mas que conta com riffs e linhas de baixos cavalgantes.

Na verdade o álbum segue essa linha old school do começo ao fim, sempre mantendo um ritmo acelerado, bons riffs e vocalizações idem.

É o tipo de álbum que fica melhor a cada audição, então eu tenho a obrigação de recomendar para aqueles que curte um Old School Thrash metal, especialmente se procura bandas novas com influências dos tempos dourados do estilo.

Rating: 8/10

Banda:

Tobi - guitars, Vocals
Alex - guitars
Benni - bass
Mende - drums

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Splintered Throne - The Greater Good of Man

 

Vindos de Portland, Oregon, nos Estados Unidos, Splintered Throne nos oferece um Heavy metal/Power metal/Hard rock com guitarras vibrantes, solos e vocais femininos a cargo da excelente vocalista Lisa Mann. Trata-se do terceiro álbum de estúdio da banda e o primeiro com a vocalista Lisa Mann após a saída do vocalista Brian Garrison e esta mudança foi muito positiva, pois Lisa possui uma voz caiu como uma luva para o estilo da banda.

Após conferir o som de "The Greater Good of Man", eu pude ter a certeza que ele figura entre os melhores álbum que escutei em 2022, pois o estilo da banda me lembrou algo de Dio, Iron Maiden, Saraya, entre outras.

A banda já chega detonando com a faixa "The Reaper Is Calling", uma faixa mais puxada para o Power metal americano e serve não apenas para demonstrar a grande capacidade da banda em criar músicas energéticas e solos de guitarra excelentes, mas também conduzir sua música de forma veloz em alguns momentos, somado a riffs e solos excelentes, e deixando a vocalista Lisa brilhar com suas linhas vocais.

A faixa mais longa do álbum "The Crossing" começa com riffs matadores e a sincronia certeira dos guitarristas Matt Dorado e Jason Moser, para em seguida ganhar uma certa dose de velocidade.

Um pouco de blues aparece na "Morning Star Rising", acredito devido ao fato da vocalista Lisa ser originalmente uma vocalista do estilo, mas que depois dá espaço para partes mais pesadas, mostrando toda a versatilidade da vocalista, lembrando o estilo do Dio no Black Sabbath.

Na faixa título "The Greater Good of Man" a banda mostra sua influência de Iron Maiden, enquanto que na "Let It Rain" a banda vai mais para o lado do Hard rock, mas que ainda conta com grandes riffs, duetos e solos de primeira, além de uma linha de baixo pulsante e bateria bem encaixada.

O rítmo acelerado volta com a "Night Of The Heathens", lembrando bandas dos tempos do NWOBHM, uma das melhores músicas do álbum. O mais puro Heavy metal também aparece na "Time Stands Still", e mesmo na faixa-bônus "Immortal", uma power ballad regravada do álbum "Redline" de 2017, detona.

Um álbum obrigatório para qualquer fã de Heavy metal e de boa música, espero poder ouvir um novo trabalho com Lisa nos vocais assim que possível, pois a química funcionou e esse álbum provou isto.

Rating: 9/10

Banda:

Lisa Mann - vocals
Matt Dorado - guitars
Jason Moser - guitars
Brian Bailey - bass
Kris Holboke - drums

Contato:
https://splinteredthrone.com/
https://www.facebook.com/splintered.throne

Esperfall - Act I. - Origins in Darkness

Esperfall é uma banda vinda de Budapeste, Hungria, foi formada em 2016 e é uma banda que executa um Power metal/Metal sinfônico e até algumas inclusões de Death metal melódico. "Act I - Origins In Darkness" trata-se do primeiro álbum da banda, antes deste a banda lançou dois EPs.

O álbum começa com uma introdução, assim fazendo uma transição para “Tempest In Paradise (The First Advent)", uma faixa começa com guitarras melódicas, para depois entrar a bateria em um ritmo mais acelerado bem no estilo Power metal, mas alterna em partes mais cadenciadas também e um refrão melódico, aqui já podemos apreciar os vocais da vocalista Nora Sima, não soando enjoativa como muitas vocalistas de metal sinfônico, além de ter apoio de vocais guturais masculinos. Vale destacar as partes de guitarra, especialmente os solos.

Em "Retreat Into Dreamland" aquele estilo Power Metal aparece novamente, mas desta vez vocais guturais são adicionados. Uma mistura de Power metal com o Death metal melódico aparece na "Plato's Cave", inclusive com adição de teclados, mas essa influência de Death metal melódico é muito mais evidente na "Nature of the Disease (The Second Advent)", essa com um ritmo acelerado, cantada praticamente com vocais rasgados.

A "Don't Leave Me Behind" vai mais na linha metal sinfônico, enquanto que a "No Tomorrow (The Third Advent)" faz uma mistura de tudo que ouvimos nas faixas anteriores.

O lado mais épico aparece na faixa "Black Flag", com destaque para os teclados e partes de bateria. Finalizando o álbum temos a "Cortex Breakdown", a qual também faz algumas transições de estilos.

A banda não tentou cruzar nenhuma fronteira neste álbum, mas a banda mostrou-se promissora para aqueles que curtem o estilo.

Rating: 8/10

Banda:

Nora Sima – Vocals
Laszlo Gabeli – Guitars
Szabolcs Kerek ­ Guitars
Peter Wachal – Bass, Vocals
ZsomborZathureczky - Keyboards
Attila Pecz – Drums

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Forkill - Sick Society


A política imunda praticada em muitos países serviram de inspiração para muitos músicos de bandas que tocam Thrash metal ao redor do globo, esse assunto sempre foi importante nas letras e com o atual cenário político do Brasil, não seria diferente que muitas bandas do estilo protestassem contra a censura, a tirania, o fanatismo religioso infiltrado na política, a corrupção, ou seja, o título do álbum "Sick Society" caiu como uma luva para o atual momento em que vivemos, mas vamos a música que é a parte mais importante de todo conceito.

Forkill é uma banda carioca formada em 2010, mostrando que o Rio de Janeiro tem uma cena underground, mesmo o Estado sendo dominado por certos estilos depreciáveis, mas a cena do Heavy metal parece estar crescendo por lá e o Forkill é um ótimo exemplo de uma banda a se conferir, pois se você curte aquele velho Thrash metal americano oitentista de bandas como Exodus, Testament, Forbidden, Heathen, Vio-lence, Metallica, entre outras, tem a obrigação de conferir o som dos caras, especialmente se apoia a cena local.

"Sick Society" é o terceiro álbum da banda e que marca a estreia nos vocais e guitarra de Igor Rodrigues (ex-No Remorse), na verdade membro desde 2019, mas apesar da mudança a sonoridade da banda continua intacta.

Depois de uma introdução lenta e melódica a la Metallica em "Open Wound", temos a faixa "The Seed", uma música que varia passagens mais rápidas com momentos recheados de riffs matadores, além de um refrão, backing vocals e solos de guitarra bem executados.

A seguinte faixa "“Brain Shaped Youth” começa com acordes lentos para depois destilar o seu peso, enquanto a bateria e o baixo fazem o seu trabalho de casa, deixando a música mais encorpada.

O velho Thrash metal volta na "Merchants of Faith", mas com certa dose de Heavy metal tradicional em seus riffs. Seguindo quase a mesma lógica, mas mostrando até um peso maior, a faixa "Every Corner" é mais uma música a se destacar.

"The Joker" começa com o baixo destacado, servindo de introdução para a pandaria que viria a seguir, uma música que te convida ao headbanging. Seguindo o mesmo caminho temos a "Behind the Mask", recheada de bons riffs e linhas de baixo.

A brutal "No Land Beyond the Volga" se aproxima de um Death metal com seus blastbeats e parece uma candidata a servir como convite ao moshpit em shows ao vivo.

A realidade brasileira é refletida na longa e agressiva faixa-título "Sick Society", a qual demonstra uma variedade em suas passagens rítmicas, nas guitarras, mostrando uma dose de variação diferente das outras faixas.

Depois de uma faixa instrumental "Scars" que demonstra o talento da banda em seus instrumentos, o álbum finaliza com "Killed at Last" como bônus track, mas que fecha o álbum com maestria e a usual violência musical.

Forkill provou nesse terceiro álbum uma evolução impressionante e que vive um momento excelente e eles têm tudo para crescer mais ainda se continuarem assim, um dos melhores álbum que ouvi neste ano até o momento.

Rating: 9/10

Banda:

Igor Rodrigues - Vocals, Guitars
Ronnie Giehl - Guitars
Gus Nascimento - Bass
Rodrigo Tartaro- Drums

Contato:

Virthual - La Imagen Del Silencio

Essa banda chamada Virthual vinda de Buenos Aires - Argentina, foi formada em 2021 e que a pouco tempo lançou esse álbum de estreia intitulado “La Imagen Del Silencio”, inicialmente apenas disponível em versão digital e agora disponível em edição fisica através do selo grego Alone Records. Esse álbum tem uma sonoridade que nos remete ao heavy metal direto, clássico, com influências de Judas Priest, Accept, Iron Maiden, especialmente este último devido ao vocalista soar como o Bruce Dickinson cantando em espanhol, mas também demonstrando uma nítida influência de Rob Halford, especialmente nos vocais mais altos e agudos.

Após uma pequena introdução, a faixa "Justos Por Pecadores" já consegue demonstrar a proposta da banda, pois temos exatamente as influências mencionadas acima, a banda mostra certa dose de peso e rispidez, mas ao mesmo tempo soar melódica. Essa faceta mais agressiva chega com mais força na próxima faixa "Esperar".

A velocidade é reduzida na "Soy Lo Que Ves", mas conta com bons riffs de guitarra e partes com melodias interessantes, além de um baixo mais destacado.

A banda utilizou alguns teclados na "En Tu Mente Estaré", essa faixa me lembrou o Iron Maiden dos anos 2000. Depois de uma balada temos as faixas "Algo Cambia" e a "La Imagen Del Silencio" que trazem o peso de volta, gostei especialmente desta última e para encerrar o álbum temos a rápida e melódica "Aprender A Vivir Sin Ti" que fecha com chave de ouro.

Virthual é uma boa banda de Heavy metal argentino que já demonstrou talento e qualidade em suas composições em seu álbum de estreia, recomendado.

Rating: 8/10

Banda:

Pablo Ruiz Diaz - vocals
Christian Knapp - guitars
Luiz Cardozo - bass
Christian Montes - drums

Contato:
https://www.facebook.com/virthualmetalband/
http://www.alone.gr/

Traitor - Last Hope for the Wretched

A banda Traitor foi formada em 2012 na Pensilvânia, Estados Unidos, apesar disso, apenas agora a banda soltou o seu álbum de estreia, mas antes a banda tinha lançado uma demo em 2014, um EP e um split com a banda Sacrificial Blood em 2018.

Falando sobre o estilo da banda, temos um Thrash metal/Speed metal inspirado pela época clássica do estilo, ou seja, bandas oitentistas como o Exciter, Overkill, Anvil, Whiplash, entre outras bandas. Na verdade o som não chega a ser tão rápido, claro, ainda temos partes rápidas como na primeira faixa "Sintroducer/Take Over que chega a lembra o Overkill, mas a banda não esqueceu de escrever boas composições baseadas em riffs energéticos e solos e melodias muito bem executados, lembrando também algumas bandas mais tradicionais de Heavy metal.

Eu gostei muito do vocalista, a voz dele é compreensível e de certa forma até diferente do usual, talvez também pelo fato da produção soar com algo produzido nos anos 80.

Na faixa "Zed" temos um equilíbrio entre o Thrash metal e o Heavy metal tradicional, enquanto que na cadenciada "Baptized in Fire" o destaque vai para o riffs convidativos ao headbanging a la Judas Priest e Accept.

"Why They Fear the Night" poderia facilmente estar presente em álbum clássico de Heavy metal dos anos 80, uma música que varia entre partes mais cadenciadas e outras mais Speed metal somadas a riffs marcantes e solos melódicos.

Em "Under Attack" a banda chega com tudo com riffs e velocidade marcantes, uma das minhas favoritas do álbum. Em seguida temos uma faixa longa ""Raise the Black" com seus quase 7 minutos que praticamente te obriga a cantar o refrão junto. O álbum encerra com a faixa "Luxury" que mostra as características mencionadas anteriormente.

“Last Hope For The Wretched” nos oferece uma boa dose daquele saudoso Thrash metal/Heavy metal dos anos 80 e nos proporcionou um álbum de estreia muito bom e que merece ser conferido.

Rating: 8/10

Banda:

Greg Lundmark - vocals/guitars
Brian Mikus - guitars/backing vocals
Tony DiDonato - bass
Joe Rado - drums

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H.E.A.T - Tearing Down the Walls

 

Dentre as "novas" bandas escandinavas de Hard rock/Melodic rock, o H.E.A.T está entre as melhores do gênero, senão a melhor nos dias atuais, não há dúvida a respeito.

Esse é o quarto álbum da banda originalmente lançado em 2014 e recetemente ficou disponível no Brasil através da Shinigami Records, esse álbum foi o segundo álbum com o vocalista Erik Grönwall, atualmente vocalista do Skid Row e não é à toa a escolha da banda americana em relação ao Erik como novo vocalista, pois aqui mais uma vez prova o porque de ele ser atualmente um dos melhores no estilo, não apenas isso, pois a banda ainda está soando excelente neste álbum.

Apesar de eu achar que o ápice da banda com o Erik nos vocais foi com o álbum "Address the Nation", não tem como negar que a banda lançou mais um álbum que ajudou-lhes a subir mais um degrau na carreira e um futuro brilhante a frente.

Como característica sempre marcante dessa banda, temos os refrãos grudentos e as melodias viciantes, basta ouvir a música "A Shot At Redemption", a qual soa como uma bomba do Hard rock, tente a missão impossível de não sair cantando o seu refrão.

Apesar do som da banda ir para o lado mais melodioso da coisa, a faixa "Enemy In Me" soa um pouco Sleazy, enquanto que a "Inferno"  e a "Eye For An Eye" são mais Hard rock, esta última uma das minhas favoritas.

Se você gosta daquelas faixas melódicas pomposas não deixe de conferir as faixas "We Will Never Die" e a balada "All the Nights".

Esse álbum não deixa dúvidas que a banda é uma das melhores do estilo da atualidade e não tem como não ter a discografia da banda em sua coleção.

Rating: 8,5/10

Banda:

Erik Gronwall – Lead Vocals
Eric Rivers – Lead Guitar
Jona Tee - Keyboards
Jimmy Jay – Bass
Crash – Drums

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Vice - For the Fallen

Vice é um power-trio de Heavy metal/Groove vindos de Manchester no Reino Unido, a banda já abriu shows de bandas como do Blaze Bayley (ex-Iron Maiden), além de abrir shows do The 3 Tremors (banda de Tim Owens, ex-Judas Priest). Tendo lançado o álbum debut chamado "The First Chapter" em 2017 e agora acabam de lançar este novo álbum intitulado "For the Fallen" lançado cinco anos após o primeiro álbum.

Vamos conferir o som destes ingleses. Pois bem, basta ouvir a faixa que abre o disco "Strive" e já podemos perceber que temos um som pesado, com vocalizações limpas e agressivas ao mesmo tempo, na verdade lembra a banda Trivium, apesar de eu particularmente não curtir aquela banda, esta faixa é muito boa.

A próxima faixa é bem mais interessante para mim, pois "Rise" já conta com um riff monstro de guitarra logo de início, com um som alto de baixo ajudando no preenchimento do peso e conta com um refrão que deve fazer sucesso ao vivo.

A faixa "Vultures" tem peso, mas conta com um refrão mais melódico, enquanto que a "Break the Cycle" possui bons riffs de guitarra e a "Failure" vai mais na linha do Machine Head. Como deu para perceber a banda não tem uma sonoridade old school, pois possuem mais características modernas, mesmo que ainda influenciados por outras eras.

O álbum finaliza com a "For the Fallen" que é uma boa música de metal moderno, mas aqui já pude perceber que o álbum se tornou algo bem previsível ao decorrer das faixas, apesar de bons momentos, 

Não tem como negar que o trio são bons músicos, mas acredito que eles podem entregar algo melhor em um próximo trabalho, mas por enquanto é isso que temos, um álbum decente apenas, mas talvez com o tempo eles possam crescer mais e sair do decente para algo excelente.

Rating: 6,5/10

Banda:

Tom Atkinson - Vocals, Guitars
Aiden Lord - Bass
Connor Summers - Drums

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Blackmore's Night - Winter Carols


Aproveitando que o Natal está chegando, nada melhor que escrever sobre este álbum da dupla de Folkrock Ritchie Blackmore e a sua esposa Candice Night. Lembro quando este álbum originalmentelançado em 2006 foi relançado em 2017, mas na época não tive a oportunidade de conferir, mas felizmente o álbum foi relançado novamente, desta vez em versão nacional dupla remasterizada em digipack lançada pela Shinigami Records no Brasil.

Eles lançaram esta nova versão com uma nova música adicionada chamada "Coventry Carol". Ela conta com uma flauta na mixagem e o arranjo é preenchido depois com guitarra. Esta é uma música mágica e uma grande adição ao álbum, claro, não é metal como sabemos, mas para quem curte o estilo é um prato cheio.

O álbum também contém uma versão de 2013 da faixa "Christmas Eve" que não ficou tão boa quanto a original na minha opinião, outras quatro faixas que aparecem pela primeira vez em CD, sendo elas: "Here We Come A-Caroling", "It Came Upon A Midnight Clear", "O Little Town Of Bethlehem" e "Silent Night", todas presentes no CD2 do álbum.

O segundo disco também contém algumas faixas ao vivo intitulado "Live from Minstrel Hall", as quais também faziam parte na versão de 2017.

Esse álbum é para quem curte a dupla, eu acho que essa versão é a mais recomendada atualmente e vale para aqueles que curte um Fok rock e versões interessantes de canções natalinas tradicionais.

Rating: 8/10

Créditos:

Backing Vocals [Background Vocals] – Autumn Blackmore (tracks: 2-5), Lady Lynn
Bass, Rhythm Guitar – Earl Gray Of Chimay*
Executive-Producer – Ritchie Blackmore
Guitar, Mandola, Nyckelharpa, Percussion [Various Percussion], Hurdy Gurdy – Ritchie Blackmore
Keyboards – Bard David Of Larchmont
Lead Vocals, Harmony Vocals, Recorder, Shawm, Tambourine, Whistle [Pennywhistle] – Candice Night
Percussion – Troubadour Of Aberdeen
Producer [Assistant Producer], Engineer [Sound Engineer] – Pat Regan
Remastered By – Eike Freese
Score [Orchestra Parts Written By], Arranged By – Pat Regan
Violin – Scarlet Fiddler*

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Overlord SR - Prepare for the King

 


A banda americana de heavy/epic metal Overlord SR originalmente conhecida como Overlorde acaba de lançar o seu novo álbum intitulado "Prepare for the King". Mesmo este sendo apenas o segundo álbum lançado por eles, a história da banda remete ao ano de 1979 com a banda Rheagan, depois Overlorde e então para o nome atual.

A primeira demo "Medieval Metal" foi lançada em 1985 chegando a vender mais de 10 mil cópias, e dois anos mais tarde uma segunda demo foi lançada "Keeper of the Flame" e permitindo a banda fazer turnês com bandas como Savatage, Leatherwolf, Ace Frehley, etc.

Em 1989 a banda deu uma pausa nas atividades, mas logo em seguida o grunge surgiu e a banda desapareceu da cena, até que em 2012 foi lançada uma coletânea contendo músicas das primeiras demos, versões novas e faixas bônus. Uma segunda coletânea foi lançada em 2014.

Em 2015 a banda lançou finalmente o seu álbum debut "Still Standing", seguido de um álbum ao vivo "Still Alive and Standing" em 2016 e finalmente o segundo álbum "Prepare for the King" que acaba de sair neste ano de 2022.

O som da banda lembra de bandas como Omen, Jag Panzer, Saxon, Warlord, Liege Lord, Manilla Road, entre outras. Basta ouvir a faixa "The Power of Metal" que podemos perceber algumas coisas do Saxon e do NWOBHM.

A segunda faixa "Holding The Front Line" lembra um pouco a primeira, mas soando um pouco mais pesada, enquanto que na próxima "In Anciente Times" soa mais melódica, mas com um tom épico e bons riffs e solos de guitarra.

"Revelation" começa lenta, atmosférica, com um certo ar misterioso para depois dar espaço para riffs de guitarra acompanhados de um refrão épico que te faz cantar junto.

A banda parece caminhar para um lado mais Doom com a faixa "Prophet", uma boa faixa, mas que é superada pela "Deceiver" voltando para um estilo mais tradicional do metal "old school" com grandes riffs e melodias.

O álbum encerra com "Beginning of the End" e consegue fechar com chave de ouro este álbum, pois ela contém riffs que realmente empolgam, sim, ainda o típico Heavy metal dos anos 80, nada de novo, mas serviu para provar que a banda quis manter suas raízes intactas.

Um álbum totalmente fácil de se ouvir, especialmente se você curte um Heavy metal oitentista, sem frescura, com uma produção crua, mas que funcionou muito bem com o estilo da banda. Este álbum é totalmente recomendado para fãs daquele som clássico do Heavy metal dos anos 80.

Rating: 8/10

Banda:

Steve Sosa - vocals
George "Wildman" Koerber - guitars/backing vocals
Craig Dunham - guitars/backing vocals
Jason Fisher - bass
David Morris - drums

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