Macabre - Sinister Slaughter (Relançamento 2023)


O Macabre é uma banda clássica de Thrash/Death Metal/Grindcore e algumas outras peculiaridades nos vocais e ritmos de sua música, os tornando de certa forma diferentes comparando com outras bandas do estilo, além disso as letras falam sobre seriais killers, as atrocidades cometidas por eles, ou seja, as letras podem desagradar alguns, mesmo que contadas de modo meio humorístico pela banda.

Vamos falar sobre o álbum em termos musicais que é a parte mais importante, pois "Sinister Slaughter", que é o segundo álbum lançado em 1993 e está comemorando 30 anos de seu lançamento, sendo considerado um dos grandes clássico do estilo.

Macabre é uma das raras bandas que nunca mudaram a sua formação, inclusive adotando dois tipos de vocais distintos divididos entre Charles, que ficou com as partes guturais, e Lance, que tem um vocal  estranho e mais limpo que fica até difícil de descrever, mas que pode ou não agradar os mais exigentes.

A capa do álbum é uma paródia do álbum "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band" dos Beatles, mostrando os membros da banda com serial killers, mostrando aquele lado mais "comédia" da banda.

Eu particularmente não sou fã de metal extremo, mas não tem como negar que o álbum possui faixas muito boas, no entanto, na minha humilde opinião pecam no quesito variação, algumas músicas se parecem muito entre si, mesmo com uma certa variação em algumas partes, não foram suficientes para mim.

"Sinister Slaughter" é um álbum pesado, rápido e até bizarro, que não é para todo mundo, pois a banda é do tipo "ame ou odeie", eu acredito que não exista um meio-termo com eles, se você é fanático pelo estilo vai amá-los, mas se o som e, principalmente, as letras não são do seu gosto, eu acredito que dificilmente passará a gostar do trabalho dos caras, mas essa é apenas a minha visão, então reserve um tempo para você, escute o álbum e decida se vale a pena, pois este é praticamente o álbum mais conhecido da banda.

Banda:

Charles Lescewicz - bass/vocals
Lance Lencioni - guitars/vocals
Dennis Ritchie - drums

Contato:
https://www.facebook.com/OFFICIALMACABRE/
http://www.murdermetal.com/
http://www.shinigamirecords.com.br/

Blackmore's Night - Shadow of the Moon (25th Anniversary Edition)


Blackmore's Night foi uma tentativa de Ritchie Blackmore após o fim do Rainbow de seguir a sua paixão pela música renascentista e para ele mergulhar completamente na ideia, ele contou com a sua esposa Candice Night para seguir com as suas ambições. Com sua Stratocaster branca em mãos, mas contando com novos instrumentos e uma voz cristalina ao seu lado nasceu o Blackmore's Night.

Depois de algumas resenhas as quais escrevi há um tempo atrás (confiram aqui) sobre o Blackmore's Night, eu volto ao passado com o primeiro álbum "Shadow of the Moon" que está comemorando o 25º aniversário desde o seu lançamento em 1997 e que agora ganha essa nova versão remixada e remasterizada e com duas faixas bônus, sendo elas versões acústicas das músicas "Shadow of the Moon" e uma versão editada da "Spirit of the Sea".

Como qualquer outro álbum da banda é recomendado não pensar no Richie como ex-guitarrista do Deep Purple ou Rainbow, pois pessoas com mentes mais abertas terão muito mais facilidade em curtir as fantásticas melodias, aquela sensação de tranquilidade que te transporta para um tempo remoto com o som do Blackmore's Night. Para isto basta conferir, por exemplo, a música "Play Minstrel Play" que conta com a participação de Ian Anderson (Jethro Tull) como a sua inconfundível flauta.

Não tenho dúvida que este álbum foi/é uns dos melhores trabalhos lançados pela dupla e que te convida ao um mundo musical diferenciado e ao mesmo tempo com uma atmosfera que abre os seus horizontes musicais.

Rating: 8/10

Banda

Richie Blackmore - electric guitars, acoustic guitars, bass, mandolin, drum, tambourine
Candice Night - lead vocals/blacking vocals
Pat Regan - keyboards

The Minstrel Hall Consort:
Gerald Flashman - recorders, trumpet, french horns
Lady Green - viola, violin

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Last in Line - Jericho


"Jericho" é o 3º álbum de estúdio do Last in Line formada por músicos bem conhecidos na cena, como Vivian Campbell (Def Leppard, Riverdogs, ex-Sweet Savage, ex-Dio, etc.), Vinny Appice (ex-Heaven & Hell, ex-Kill Devil Hill, ex-WWIII, ex-Black Sabbath, ex-Dio, etc.), o vocalista Andrew Freeman (ex-Lynch Mob) e o baixista Phil Soussan (ex-Ozzy Osbourne, ex-Beggars & Thieves, etc.).

Se você ainda não ouviu esta banda que começou praticamente como um tributo com ex-membros do Dio, mas curte um Hard rock mais moderno, com alguns elementos noventistas em alguns momentos, talvez este álbum seja para você, mas na minha opinião se você for compará-lo com os trabalhos do Dio, por exemplo, neste caso é capaz de se decepcionar, agora se escutá-lo tentando esquecer esse detalhe é capaz de curtir a música contida aqui.

Eu particularmente achei um bom álbum, faixas como "Not Today Satan", "Ghost Town", "Do the Work" e "Hurricane Orlagh" são muito boas, mas ao mesmo tempo temos a faixa "Bastard Son" que tranquilamente poderia estar em algum álbum do Alice Chains.

Outras faixas que valem a pena ser conferidas são as "Walls of Jericho" e "House Party at the End of the World", esta última com grande riffs de guitarra, uma pena o álbum não ter tantos momentos como esse.

"Jericho" é um bom álbum como mencionei antes, mas apenas isso, especialmente levando em conta a experiência e os grandes álbuns que alguns membros lançaram no passado.

Rating: 7/10

Banda:

Andrew Freeman - vocals
Vivian Campbell - guitars
Phil Soussan - bass
Vinny Appice - drums

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Ossos - Contos de Necrotério


Ossos é uma banda de Thrash metal/Crossover formada em Caxias do Sul/RS em 1998, inicialmente conhecida como Ossos do ofício e mudando para o nome atual depois de um tempo. Apesar de todo esse tempo de formação a banda lançou seu primeiro EP somente em 2016, um álbum completo "O Caos em Mim" em 2018, um ao vivo em 2020 e esse mais recente álbum intitulado "Contos de Necrotério", lançado através do selo True metal Records.

Um dos destaques da banda é o vocal de Marciús Pezzi que possui uma voz agressiva, rasgada, a qual combina muito bem com os riffs no melhor estilo Thrash metal, com as faixas velozes e somada às letras em português.

A primeira faixa "Cadáver" é mais cadenciada, possui riffs legais, mas a segunda faixa "Contos de Necrotério" é mais quebra pescoço, mais rápida e com riffs de guitarras empolgantes. Outras faixas que eu destaco são as "Pátria Armada que Pariu" que conta com excelentes riffs e "Sonhos Reais". Se eu fosse falar algo negativo sobre o álbum seria a pouca variação nas músicas.

Enfim, um álbum que eu recomendo para quem curte o estilo e acredito que a banda possa evoluir ainda mais em um próxima trabalho.

Rating: 7/10

Banda:

Marciús - Vocals 
Gustavo- Guitars 
Claiton - Guitars 
Diego "Caverna" Seidl Bass
John St. Killer - Drums

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Axe Witch - The Last Of A Dying Breed - 40 years In Metal


Os fãs de Heavy metal sueco dos anos 80 devem se lembrar do Axewitch. Eles lançaram uma demo, alguns EPs e três álbuns de estúdio de 1982 a 1985, ficando ativos até 1987. Depois de mais de 30 anos, eles se reuniram em 2007, embora tenham demorado até 2021 para eles lançarem um novo material com o álbum "Out Of The Ashes Into The Fire".

Agora em 2023 a banda soltou o "The Last of a Dying Breed: 40 Years in Metal", o mais novo lançamento da banda, lançado agora em março através do selo Hooked on Metal Records. Este álbum consiste principalmente de algumas músicas regravadas dos 3 álbuns antigos para celebrar os 40 anos da banda.

Algumas pessoas não gostam quando algumas bandas regravam músicas dos seus álbuns antigos, eu sinceramente acho que essas pessoas deveriam rever os seus conceitos, pois até concordo que em alguns casos seja desnecessário ou as versões regravadas não ficaram tão legais quanto as antigas, mas no caso do Axe Witch, eu achei que a produção mais moderna deu uma nova vida às músicas e fazendo com que elas soem mais frescas para novos e mesmo para os velhos fãs.

O álbum conta com a cadenciada "Heavy Revolution" do primeiro EP "Pray for Metal" e a mais rápida e uma das minhas favoritas "Death Angel", enquanto que do álbum "The Lord of Flies" temos 5 faixas: "The Lord of Flies", a clássica "Axe Victim", "Seven Angels" e a "High Power" que soa muito boa e a "Sinner". Do terceiro álbum "Vision of the Past" tem apenas duas faixas, no caso a "Stand Up" e a faixa-título "Vision of the Past". Como deu para perceber o álbum conta com mais regravações do segundo álbum e não tem nenhuma música do disco "Hooked on High Heels" de 1985.

Enfim, eu achei este álbum de regravações interessante e que vale a pena conferir, pois a nova produção mencionada antes ajudou dar um "punch" a mais nas músicas.

Rating: 8/10

Line up:

Anders Wallentoft - Vocals
Magnus Jarl - Guitars
Mikael Johansson - Guitars
Björn Hernborg - Bass
Mats Johansson - Drums

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Triumpher - Storming the Walls


Triumpher é banda de Heavy metal épico de Atenas, Grécia. Este país que sempre nos surpreende com bandas de variados estilos, mas no campo do Heavy metal tradicional ou Power metal não é segredo que eles se destacam na cena com velhas e novas bandas demonstrando que apesar do tamanho do país e da população, muita banda boa tem surgido.

Uma das bandas que pode te surpreender é a Triumpher. Atualmente a sua formação consiste em um power trio (na verdade o álbum teve quatro músicos), eles acabaram de lançar seu álbum de estreia "Storming the Walls".

Após uma introdução acústica e alguns vocais sussurrados que servem para criar o clima, temos a faixa "The Thunderer", uma faixa rápida e um vocalista (Mars Triumph) soando bem parecido com o Eric Adams (Manowar), não tem como negar que essa música se parece com a banda americana, especialmente os vocais, mas esse é apenas um detalhe do álbum até agora, pois a próxima faixa "Storming the Wall" já podemos notar certa diferença, mais cadenciada, mas com um tom épico mais acentuado ainda.

O que eu achei interessante no som da banda é uma certa mistura de Power metal americano com o europeu, criando uma fórmula equilibrada de riffs épicos galopantes, melodias e alguma coisa de progressivo. A faixa "I Wake the Dragon (Promachos)" é um bom exemplo daquelas influência citadas anteriormente.

Uma das minhas faixas favoritas é a "Esoteric Church of Dagon", mais uma demonstração épica que conta andamentos progressivos, riffs e solos de guitarra que merecem destaque.

"Storming the Walls" é um álbum que não consegui encontrar pontos fracos, ou seja, ele é um álbum que recomendo ouvir do início até o fim sem pular uma música, pois uma completa a outra para cria todo o clima épico e que deve ser ouvido por qualquer fã do bom e velho Heavy metal.

Rating: 9/10

Banda:

Formação no álbum

Antonis "Mars Triumph" Vailas - Vocals/Bass
Christopher Tsakiropoulos - Guitars
Apostolos Papadimitriou - Guitars
John "Maelstrom" Votsis - Drums

Formação atual

Antonis "Mars Triumph" Vailas - Vocals/Bass
Christopher Tsakiropoulos - Guitars
Agis Tzoukopoulos - Drums

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Lordi - Screem Writers Guild


Os monstros finlandeses estão de volta com seu 12º álbum de estúdio com referências a vampiros, Drácula, Lobisomens, entre outras figuras dos clássicos filmes B de terror, disponível no Brasil através da Shinigami Records.

O Lordi apesar de ter um som pesado, nunca deixou o lado mais comercial de lado, e neste novo álbum não é diferente, haja vista por exemplo a faixa que dá inicio ao álbum "Dead Again Jayne", a qual é pesada e sem dúvida um destaque do álbum, no entanto, temos as mais comercial na linha AOR "Unliving Picture Show" ou "Vampyro Fang Club", apenas para citar algumas. Não tem como negar que a banda está menos pesada que alguns trabalho anteriores, mas não significa que o álbum não tem seus momentos, como na "Inhumanoid" que não chega ser pesada, mas tem seu lado mais energético.

Outras faixas que posso destacar são as "Thing In The Cage", esta uma das minhas favoritas com seu excelente refrão e backing vocals e a faixa "Heavengeance", novamente uma música que gruda na mente. Infelizmente tem algumas músicas as quais não gostei, como a faixa "End Credits" que encerra o álbum, eu acho que baladas nunca são adequadas para fechar um álbum, e como essa balada não é das melhores, fica difícil defender.

No geral é um bom álbum, não tão bom quanto alguns da discografia da banda, mas vale conferir pelas faixas mencionadas, e se você já é fã da banda, não vejo motivo para não fazê-lo.

Rating: 7,5/10

Banda:

Mr. Lordi - Vocals
Kone - Guitars
Hiisi - Bass
Mana - Drums
Hella - Keyboards

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Snatch-Back - Ride Hard Run Free


Snatch-Back é uma banda que surgiu da onda do famoso NWOBHM a qual foi formada em 1974 e ficou ativa até 1983, lançando apenas um single em 1979 chamado "Eastern Lady / Cryin' to the Night". A banda está de volta à ativa desde 2016 com a formação original e desde então lançaram um EP naquele mesmo ano, uma demo em 2018 e este novo álbum intitulado "Ride Hard Run Free".

O som da banda é enraizada com um som mais focado no Hard rock/Classic rock/metal com riffs pesados e sujos típicos da época, ou seja, energia é o que não falta no som da banda. Esta energia já pode ser conferida na faixa-título que dá nome ao álbum "Ride Hard Run Free", mesmo que ela soe mais rock n' roll.

A próxima faixa "Killer" é sensacional, pesada e traz aquela energia mencionada, mas ampliada à voltagem máxima. Seguindo esta tendência temos a "Hard Times", provavelmente a minha favorita do álbum, pesada, riffs bem legais, uma faixa mais veloz e que realmente empolga.

Ouvindo a faixa "Boogie Shoes" (regravação de uma demo de 1982) pude perceber que a banda é influenciada por bandas como o Cream ou Vanilla Fudge, por exemplo, ou seja, a banda tem algo dos anos 60, 70, afinal eles foram formados no começo dos anos 70.

O álbum traz como bônus duas músicas gravadas ao vivo em 1978, são elas: "Star" e "First Refusal". A qualidade não é das melhores, mas que serviram para capturar o passado da banda e o clima da época.

Eu acho bem legal quando bandas das antigas voltam à atividade e lançam material novo para velhos e novos fãs conhecerem suas músicas, melhor ainda quando o álbum é bom, como o caso deste novo do Snatch-Back.

Rating: 8/10

Banda:

John Cowley - Vocals 
Ste Byatt - Guitars 
Ian Wood - Bass 
Ste Platt - Drums 

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Holy Moses - Invisible Queen


O Thrash metal vive um bom momento, pois temos álbuns novos do Metallica (mesmo não sendo necessariamente Thrash, mas estão em boa forma), do Overkill e agora chegou a hora dos pioneiros do Thrash metal alemão que estão de volta com este novo álbum.

O Holy Moses nunca chegou ao nível de reconhecimento da "Big 4" da Alemanha com Kreator, Destruction, Tankard e Sodom, mas foram pioneiros em ter uma mulher como vocalista em uma época muito mais complicada para mulheres em bandas e não era algo tão comum como hoje em dia.

"Invisible Queen" é o décimo segundo álbum da banda e talvez seja o último trabalho, como foi anunciado recentemente por eles, marcando os 40 anos de existência da banda e pelo jeito a banda quis encerrar a carreira com um álbum forte que conta com riffs pesados e vocais brutais. Isto já pode ser notado na faixa "Downfall Of Mankind", mostrando uma crueza e agressividade dignos de elogio. Estas características são até mais marcantes na curta Cult Of The Machine" e na "Order Out Of Chaos".

A faixa-título "Invisible Queen" tem uma pegada que se aproxima do Death metal, enquanto que a "Alternative Reality" é outro destaque com excelentes riffs que te convidam ao headbanging.

A banda lançou uma versão especial limitada deste novo álbum chamada "Invisible Friends", que conta com vários convidados cantando as mesmas faixas deste disco, como Bobby "Blitz" Ellsworth (Overkill), a Diva Satanica (ex-Nervosa, Bloddhunter), Tom Angelripper (Sodom), entre outros.

Os fãs que curtem Thrash metal devem muito ao Holy Moses pela contribuição ao estilo, mas mesmo assim a banda pagou um tributo aos fãs lançando um álbum muito bom, o qual pode marcar o encerramento das atividades da banda após a turnê do disco, caso isso aconteça foi uma despedida digna e que merece ser adquirido pelos fãs do gênero.

Rating: 8/10

Banda:

Sabina Classen - Vocals
Peter Geltat - Guitars
Thomas Neitsch - Bass
Gerd Lücking - Drums

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Steel Rhino - S/T


Essa banda/projeto chamada Steel Rhino é a idealização do baterista sueco Mikael Rosengren (Bai Bang, Dirty Passion, etc), que recrutou o vocalista Herbie Langhans (Avantasia, Firewind, ex-Seventh Avenue) e para a guitarra chamou Filip Vilhelmsson que demonstrou que domina o seu instrumento.

A primeira faixa "Rhino Attack" já serve para demonstrar o estilo do álbum, como mencionado antes, é um Hard rock com Heavy metal focado nos anos 80, algo como o Fifth Angel por exemplo, essa faixa é uma boa apresentação à voz de Herbie Langhans, para quem conhece o seu alcance vocal, sabe do que estou falando.

A faixa "Lovin Easy" é totalmente anos 80, esta mais focada em um Hard rock, mas ainda contando com riffs mais metálicos. Os vocais de Herbie são destaque novamente na próxima faixa e que dá nome a banda "Steel Rhino", esta totalmente metal com um refrão bem legal e backing vocals fazendo o seu trabalho para dar aqueles gritos clássicos do metal.

"Ghost From The Past" com certeza seria uma faixa ideal para ser tocada ao vivo, contando com um refrão para cantar junto e novamente com vocais matadores. Não digo que tem a mesma pegada, mas que tem o mesmo estilo energético é a "Sands of Time", que também é um destaque.

O single "Boom Boom" faz referência a violência e armas de fogo em sua letra, mas acima de tudo tem uma grande ritmo e refrão interessante.

Encerrando o álbum temos a "New Tomorrow", uma música positiva e com riffs que dão uma boa dose de energia, uma faixa mais na linha do metal melódico.

Vale destacar a produção, que apesar de cristalina, não deixou o peso das guitarras baixo na mixagem, sem duvida um grande álbum para ser apreciado por aqueles com bom gosto musical.

Rating: 9/10

Banda:

Herbie Langhans - vocals
Filip Vilhelmsson - guitars
Mikael Rosengren - drums

Contato:

Lip Service - S/T

Há 14 anos atrás eu escrevi a resenha do álbum "Come An' Get It", o qual eu gosto até hoje, mas o tempo passou e eu até tinha me esquecido de verificar mais lançamentos da banda. Nesse ano acabei descobrindo este, abre aspas "novo EP", pois ele foi lançado em 2017, mas apenas agora tive a oportunidade de conferi-lo, como dizem: antes tarde do que nunca.

Aproveitando que a banda grava no momento um novo álbum, vamos analisar este EP autointitulado com 6 músicas, faixas como "Pretty Pretty" ou "Bustin' My Balls", e já consigo perceber que a banda não mudou o seu estilo, ainda executando aquele Hard rock/Sleaze, com vocais no estilo Cinderella e Britny Fox e Airbourne, mas com um som simples, mais focado no rock n' roll mais básico.

Um bom EP que peca um pouco na variação, pois as músicas soam parecidas e na minha opinião o álbum "Come An' Get It" é ainda o melhor, mas vou aguardar o novo álbum para conferir onde a banda vai chegar.

Rating: 7/10

Banda:

Neil - vocals/guitars
Graham - guitars
Luke - bass/backing vocals
Miko - drums/backing vocals


Uriah Heep - Official Bootleg Volume II - Live in Budapest Hungary 2010


"Uriah Heep - Official Bootleg Volume II - Live in Budapest Hungary 2010" é o segundo bootleg oficial da banda de uma série ao vivo, como a própria banda relata: "Este é um bootleg oficial do nosso show do dia 4 de maio de 2010 no Petofi Hall em Budapeste, Hungria. [...] Estas gravações são verdadeiros bootlegs oficiais em todos os sentidos e refletem a performance daquela noite tal como aconteceu, totalmente intocada. Você quase pode sentir que está no show. Então coloque o CD, aumente o volume, feche os olhos e aproveite uma noite em Budapeste com o Uriah Heep".

Essa lenda britânica do Hard rock/Classic rock, capitaneada por Mick Box, único sobrevivente da formação clássica, é uma banda que dispensa maiores apresentações, pois são simplesmente uma das melhores bandas de todos os tempos, uma banda histórica que já contou com diversos excelentes músicos, já lançou 22 álbuns de estúdios, diversos álbuns ao vivo, coletênas e singles.

O álbum é um álbum duplo que conta com diversos clássicos do Uriah Heep, mas que conta com as faixas "Only Human" e "Corridors of Madness" que nunca tinham sido tocadas ao vivo até então e que foram lançadas na coletânea "Celebration - Forty Years Of Rock" de 2009.

Por se tratar de um bootleg não espere uma qualidade muito boa no som, devido a este fato o álbum acaba sendo mais recomendável para aqueles fãs fieis, que colecionam tudo da banda, mesmo que a seleção das faixas seja boa, com diversas músicas clássicas e mais atuais, mas claro, isto não quer dizer que o álbum não possa ser adquirido por qualquer fã, mas fica o aviso.

O Uriah Heep continua firme com os seus mais de 40 anos de carreira e que ainda continuam fortes em suas apresentações e lançando ábuns de estúdio regularmente, isso que importa e isso que a velha e nova geração precisa.

Rating: 7/10

Banda:

Bernie Shaw - vocals
Mick Box - guitars/vocals
Trevor Bolder - bass/vocals
Phil Lanzon - keyboards/vocals
Russell Gilbbrook - drums

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Threshold - Dividing Lines


A banda Threshold foi formada no final dos anos 80, lançando em 1993 o seu álbum de estreia "Wounded Land". Daqueles tempos até os dias atuais a banda passou por diversas mudanças na formação e inclusive em sua sonoridade, mas quase sempre mantendo a qualidade acima da média nos seus trabalhos.

"Dividing Lines" é o 12º álbum da banda, sucessor do álbum conceitual "Legends of the Shires" de 2017, ou seja, houve um intervalo de cinco anos entre os álbuns, e lançado pela Nuclear Blast e contando com a versão nacional através da Shinigami Records. Eu nunca entendi o fato dessa banda nunca ter tido o reconhecimento merecido, pois o metal progressivo executado por eles é excelente, não é enjoativo, sem exageros comuns do estilo, sem dúvida uma das melhores do ramo, e muito melhores que os insuportáveis do Dream Theater, na minha opinião.

O som básico da banda não mudou tanto desde o álbum "March of Progress" de 2012, ainda conta com riffs, refrãos e uma boa dose de melodia que seguem intactos, e neste novo album não é diferente. O vocalista Glynn Morgan que fez parte da banda na época do "Psychedelicatessen" está de volta desde o álbum anterior, mas parece mais a vontade nesse novo trabalho e o timbre de seus vocais combinam muito com o som da banda.

As quatro primeiras faixas "Haunted", "Hall Of Echoes", "Let It Burn" e "Silenced" foram boas escolhas para iniciar o álbum, pois nelas é possível encontrar ótimas linhas de guitarra, refrãos, melodias pomposas e teclados dando um certo clima mais sério, enquanto que na faixa "Complex" possui uma certa dose de peso e ao mesmo tempo soando melódica.

A longa "The Domino Effect" é uma música que mostra o dinamismo da banda, só acho que poderia ser mais curta, pois dá impressão que a faixa poderia ter terminado antes e acabou por pecar pelo excesso. Outra faixa longa é a "Defence Condition" que encerra o álbum, mas é bem mais agradável que a citada antes, mais acessível e que serve para demonstrar uma característica da banda: eles conseguiram criar um som que consegue destacar cada membro, sem criar algo desconexo e preenchendo lacunas com cada instrumentista.

Threshold continua como uma das melhores bandas do gênero metal progressivo e ainda conseguiram manter o nível alto no seu trabalho neste novo álbum. Se você gosta da banda, nem preciso dizer que adquirir esse álbum é obrigatório.

Rating: 8/10

Banda:

Glynn Morgan - vocals
Karl Groom - guitars
Steve Anderson - bass
Richard West - keyboards
Johanne James - drums

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Taskforce Toxicator - Skull Splitting Force


Taskforce Toxicator é uma banda de Thrash metal da Alemanha formada em 2017 e que lançou dois EPs, o primeiro chamado "Taskforce Toxicator" em 2018 e o segundo chamado "Reborn in Thrash" em 2021, além de alguns singles e um álbum ao vivo entre estes lançamentos. Agora temos essa nova coletânea intitulada "Skull Splitting Force", a qual contém os dois primeiros EPs mencionados e mais duas músicas novas.

A banda inspirou-se nas clássicas bandas da Bay Area e alguns elementos de crossover, bandas como o Testament, Exodus, Metallica, Death Angel, e algumas pitadas dos compatriotas do Tankard, entre outras, podem ser encontradas no som da banda. Essas características são facilmente percebidas ao ouvir o primeiro EP autointitulado, mostrando uma banda jovem, mas faminta na sua proposta, trazendo uma mistura interessante de riffs e uma explosão de energia. Exemplos desta interessante mistura são as faixas "Toxicator", "Breaking The Walls" e a "You Shall Hang".

A velocidade, os grandes riffs e a intensidade são mantidas no segundo EP "Reborn in Thrash", são cinco faixas no total, que não te dá tempo de respirar, no entanto, as harmonias melódicas e os refrãos fazem destas músicas algo fácil e agradável de se ouvir. Faixas como "Alien Facemelter", esta é uma das minhas favoritas, grandes riffs e refrão para sair cantando junto, e a faixa rápida "Reborn in Thrash" que te convida ao headbanging.

Falando das faixas novas, a primeira é a "Mindbreaker", a qual na verdade já era tocada pela banda ao vivo, mas nunca tinha sido gravada em estúdio, essa música segue o estilo dos EPs, e conta com grandes riffs, andamento acelerado em algumas partes e bons solos de guitarra. A segunda faixa "Two Stroke Killing Machine" é o mais puro Thrash metal, a minha segunda favorita nesta coletênea.

Sem dúvida essa banda merece ser ouvida por aqueles que curtem um bom e velho Thrash metal clássico, ou seja, a banda Taskforce Toxicator é uma banda a se conhecer, caso ainda não a conheça, eu garanto que vale a pena conferir o som dos caras.

Rating: 8/10

Banda:

Fabian Koch - vocals
Dominik Rothe - guitars
Lars Wenning - guitars
Oli Frank - bass
Lars Gerding - drums

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Loudness - Sunburst - 我武者羅


"Sunburst" é o 29º álbum do Loudness, a banda formada pelo guitarrista Akira Takasaki e o falecido baterista Munetaka Higuchi no começo dos anos 80. Atualmente além do Akira, os membros originais Minoru Niihara (vocalista) e Masayoshi Yamashita (baixista) fazem parte da formação atual, além do baterista Masayuki Suzuki.

Loudness foi a primeira banda japonesa a ter um reconhecimento internacional fora do Japão, inclusive assinando com a Atlantic Records na metade dos anos 80. Este álbum o primeiro a ser lançado em cd duplo em mais de 41 anos da formação, reune músicas cantadas em inglês e japonês, e lançado no Brasil através da Shinigami Records. Existe uma versão limitada incluindo um DVD filmado no Ex Theater Roppongi, esta versão infelizmente não saiu por aqui.

O álbum tem 16 músicas, divididas igualmente entre os discos, e dando inicio ao primeiro disco após uma introdução, temos a "OEOEO", que é uma faixa mais cadenciada, trazendo alguns elementos clássicos da banda, especialmente o estilo do guitarrista Akira Takasaki. Mas o velho estilo é mais evidente na faixa "大和魂" (Yamato Damashii), que não chega a soar como uma "Crazy Nights", mas tem uma pegada similar, especialmente nos seus riffs, não chega a ser tão memorável como esta, mas não deixa de ser uma faixa a se destacar, assim como a faixa "Crazy World" com seus pesados riffs de guitarra, quase beirando o Thrash metal.

O segundo disco inicia com faixas mais na linha do Hard rock, como as "輝ける80's" (Kagayakeru 80's - Shining 80's), a "エメラルドの海" (Emerald no Umi - Emerald Ocean) e a balada "All will be Fine with You".

Em "The Nakigara" a banda soa mais sombria, com uma linha de baixo destacado, guitarras distorcidas e uns backing vocals dramáticos. Outra com uma atmosfera sombria e praticamente um rock progressivo psicodélico é a faixa "Wonderland" que encerra o álbum.

Os veteranos do Loudness não precisam provar mais nada a ninguém, e este álbum prova isso, eles ainda mantêm algumas características dos velhos tempos, mas ainda tentando soar fresco. Apesar do álbum não ser perfeito, pois o primeiro disco realmente é muito bom, o segundo já nem tanto, não sei se foi intencional dividir o álbum em dois discos e também dividi-lo em estilos diferentes, mas isto resume bem o que você encontrará em termos de sonoridade no "Sunburst".

Rating: 7/10

Banda:

Minoru Niihara - vocals
Akira Takasaki - guitars
Masayoshi Yamashita - bass
Masayuki Suzuki - drums

Contato:

Sublind - The Cenosillicaphobic Sessions


Vamos começar com um curioso questionamento: Quantas bandas de Luxemburgo, pequeno país europeu, que é próximo da Bélgica, França e Alemanha você já ouviu falar? Eu particulamente só consegui lembrar de uma banda a qual foi formada há alguns anos atrás, no caso a banda Fusion Bomb, mas mesmo assim é uma banda mais recente, bom, talvez seja pelo fato do tamanho do país e sua população bem pequena, mas é fato que boa música pode ser encontrada em todo o planeta e essa banda Sublind é mais uma representante da cena Thrash metal mundial.

Sublind foi formada em 2005 e depois de algumas mudanças na formação, combinaram o Thrash metal com a velocidade do Speed metal, sendo influenciados por diversos nomes da cena Thrash metal dos anos 80 e 90, inclusive a agressividade e velocidade das músicas neste álbum intitulado "The Cenosillicaphobic Sessions" me lembraram a banda canadense Razor, mas com o humor da banda Tankard. Trata-se do segundo álbum completo, sucessor do "Thrashing Delirium" de 2014, antes deste a banda soltou um EP e uma demo.

O álbum tem início com uma pequena faixa chamada "F.U.A.D.", que serve para apresentar a faixa "Highspeed Hangover", uma verdadeira porrada na cara no melhor estilo Tankard, assim como a "Comfortably Drunk" e a divertida "For Those About To Riot", a qual possui um videoclipe que você pode conferir no final da resenha.

Os riffs matadores da "Boiling In Blood", e novamente o ritmo rápido me pegaram. Encerrando o álbum temos curiosa faixa em luxemburguês "Haaptsaach Kiffen". Sem dúvida esse é o tipo de álbum que se deve ouvir do começo ao fim sem pular faixas.

Definitivamente essa banda de Thrash metal é divertida de se ouvir e acredito que ao vivo deva ser ainda mais divertida, pois esse lado rápido, pesado e de bom humor nos transmite isso. O futuro pode ser interessante para o Sublind como uma das novas promessas do Thrash metal.

Rating: 8/10

Banda:

Luca Tommasi - vocals
Ken Poiré - guitars
Marc Geiben - guitars
Roland Flies - bass
Kevin Gricius - drums

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Snake Eyes - No One Left to Die


Snake Eyes é uma banda polonesa de toca um Thrash metal mais olschool e foi formada em 2002. Esse novo álbum com o título de "No One Left to Die" é o segundo trabalho da banda. O primeiro álbum "Beware of the Snake" foi lançado em 2010, seguido de um EP em 2012 e após algumas mudanças na formação e com a entrada da vocalista Marth Buczkowska, a banda lançou um single em 2021 e agora este novo álbum.

Falando sobre os vocais, o vocal da vocalista Marth vai mais para o lado mais gutural, se aproximando da Nervosa com a Diva Satanica, apenas para usar como referência, claro que possui algumas diferenças, mas o tipo de vocal é mais agressivo.

Sobre a sonoridade, a banda não tentou reinventar o Thrash metal nesse álbum, longe disso, o som é focado no velho Thrash metal oitentista, no entanto, temos uma banda que mostra técnica e uma certa variedade, especialmente na parte das guitarras com uma certa dose de melodia e riffs pesados, além de bateria e ritmos clássicos do estilo.

A primeira faixa "The Masque of the Red Death" é um bom exemplo do que foi citado no parágrafo acima, mostrando um Thrash metal dinâmico, agressiva e com bons solos de guitarra. A faixa-título "No One Left to Die" é um pouco mais melódica, mostrando a diversidade citada antes.

A banda vai um pouco para o lado do Death metal/Thrash metal na "Roi de Rats", muito legal por sinal, enquanto que o Thrash metal mais tradicional volta na "Underdog", que conta com ótimos riffs de guitarra, e até um pouco de Heavy metal clássico pode ser ouvido na faixa "Talamasca".

O Thrash metal volta na faixa "All We Need is Love and Blood" e na pesada "Fear of Gehenna", esta uma das melhores do álbum. Gostei muito das guitarras mais melódicas da música "Plague I", além do baixo destacado e mostrando que a banda pode soar mais técnica.

"Stabbed in the Back" é a música mais rápida do álbum, mais uma vez com riffs e solos de guitarra dignos de elogio. Estranhamente o álbum encerra com uma faixa instrumental de mais de 11 minutos de duração, não sei se foi uma boa ideia terminar assim, mas a instrumentação é boa.

Eu recomendo esse álbum para quem curte um bom e velho Thrash metal e espero que a banda continue evoluindo para melhor a cada álbum, capacidade para isso eles têm.

Rating: 8/10

Banda:

Marth - vocals
Sewko - guitars
Art - guitars
Hipis - bass
Oskar - drums

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The Lightbringer of Sweden - The New World Order


The Lightbringer of Sweden começou como um projeto do guitarrista sueco Lars Eng criado em 2017 e que agora acabou de lançar este novo álbum "The New Order", sucessor do "Rise of the Beast" de 2020. Aparentemente a banda deixou de ser apenas um projeto e virou uma banda de verdade.

Estilisticamente a banda executa um Power metal europeu, e neste novo álbum eles seguem praticamente o mesmo estilo do primeiro álbum, trazendo novamente o vocalista Herbie Langhans (Firewind, Avantasia, Radiant, Steel Rhino, ex-Seventh Avenue, entre outras), o qual sempre possuiu um boa voz para o estilo, possuindo uma voz melódica, mas ao mesmo tempo mais rasgada, mostrando uma boa dose de poder em sua voz.

As faixas "The Beast is Rising", "Heroes of the Past", "Lucifer" são destaques imediatos, a primeira conta com um bom riffs e um refrão cativante, enquanto que a segunda tem uma boa harmonia das guitarras e novamente com um bom refrão e a terceira segue o mesmo caminho.

A faixa "Strike Back" me lembrou um pouco Primal Fear, os riffs e o refrão me fizeram lembrar da banda alemã. O álbum também apresenta as baladas "Where the Eagles Fly" e a "The Caveman", boas músicas, embora eu tenha preferência para faixas mais energéticas.

"The New Word Order" é um bom álbum de Power metal, mesmo que não traga nada de novo, possui bons momentos para os fãs do estilo e que ainda conta com excelentes músicos suecos e alemães. Agora com dois álbuns lançados, vamos ver ser se será possível futuras apresentações ao vivo.

Rating: 7,5/10

Banda:

Herbie Langhans - vocals
Lars Eng - guitars
Carsten Stepanowicz - guitars (lead)
Johan Bergqvist - bass
Tobbe Jonsson - drums

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Whisper Killers - Hard as Rock


A banda Whisper Killers foi formada em Atenas na Grécia em 2020, mas composta por músicos experientes na cena, como o vocalista Chris Pappas (Achelous, ex-Reflection) e George Kasapidis (ex-Lost Fate).

Whisper Killers oferece uma mistura de Heavy metal e Hard rock com uma boa dose de energia. Esta energia pode ser conferida na primeira faixa "Hard as Rock", uma faixa com um equilíbrio brilhante entre riffs marcantes, solos melódicos e um refrão marcante.

A próxima faixa "Adrenalize" tem uma certa semelhaça com a primeira, mas com uma aproximação mais moderna, mas novamente com uma linha de guitarras energética e melódica. Enquanto que a "Shadow Killer" lembra a banda Achelous do vocalista.

Uma faixa mais voltada para o epic metal é a "The Ghost Of Sparta", me lembrou outra banda grega, o Marauder, sem dúvida um destaque do álbum, sendo a minha favorita, e voltando para o lado mais clássico do metal temos a "MotorDeath".

Um álbum forte, de uma banda forte e um trabalho bem feito de mais uma banda vinda da Grécia. Curiosidade: A arte da capa é muito parecida com o álbum "Legacy" da banda Girlschool.

Rating: 8/10

Banda:

Chris Kappas - vocals
Apostolis Manaos - guitars
George Kasapidis - guitars, vocals, bass

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Exul - Path to the Unknown


Com muitas novas bandas de Thrash metal surgindo nesses últimos tempos, eu acho que é seguro dizer que o estilo vive um bom momento e o Exul, banda vinda da Polônia é um destaque, este país vem nos oferecendo boas bandas de Heavy metal em geral.

Com uma arte de capa no estilo do castelo de Greyskull do He-Man, a qual já me chamou a atenção, fui conferir o trabalho do Exul pude perceber que a banda soa mais Thrash metal old school, lembrando bandas como o velho Testament, Exodus, Anthrax, Artillery, mas também lembrando um pouco nomes mais atuais, como o Power Trip, por exemplo.

Esse álbum de estreia intitulado "Path to the Unknown" poderia se chamar "Path to the Success" tranquilamente, pois é um dos melhores álbuns de Thrash metal que ouvi nos últimos anos. Esta afirmação já pode ser confirmada na excelente faixa "Stupidity Regime", que traz uma combinação de agressividade e solos de guitarras matadora, possuindo uma pegada meio Anthrax, mas com vocais mais agressivos. Aliás, os solos de guitarras em todas as faixas são dignos de elogio, além de uma boa produção.

A próxima música "Rise Again" é mais genérica do estilo, mas mantém a agressividade e ritmo veloz, assim como a "Lose All Control" que vem na sequência, mas soando mais legal com o seu peso "quebra pescoço".

A faixa "Hunt" é mais cadenciada e possui bons riffs, diferente da próxima "Fight For Liberty", que é mais rápida e soa mais no estilo tradicional do Thrash metal. A faixa-título "Path To The Unknown" tem uma introdução acústica bem no estilo do Metallica dos tempos do "Ride the Lighting", servindo para introduzir os riffs pesados que viriam a seguir. A excelente "Weaker Ones" encerra o álbum com classe, velocidade e peso, um ótimo exemplo de como finalizar um álbum de metal.

Com esse negócio de álbuns completos no Youtube e algumas bandas boas e outras nem tanto sendo postadas quase que diariamente na plataforma, fica difícil encontrar uma banda que realmente se destaque no meio de tantas postagens, mas a qualidade do trabalho do Exul salta aos ouvidos logo de cara e consegue se destacar entre tudo isso. Portanto, eu recomendo a aquisição do material físico para apoiar a banda, acredite, vale muito a pena.

Rating: 9/10

Formação neste álbum:

Bogdan Sroka - guitars/vocals/bass
Jakub Wróbel - guitars
Mateusz Grela - drums

Formação atual:

Bogdan Sroka - guitars/vocals/bass
Jakub Wróbel - guitars
Maciej Sachajko - bass
Patryk Grabowski - drums

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Vision of Choice - Second Sight


Quando lembramos da Alemanha em termos de Heavy metal, muitos pensam em bandas como o Accept, Helloween, Kreator, Running Wild, entre outras. Há muita variedade e estilos de bandas daquele país, mas talvez o Heavy metal/Power metal e o Thrash metal sejam os estilos que trouxeram mais nomes para a cena mundial do Heavy metal, inclusive alguns alcançando voos mais altos em suas carreiras, como o caso das bandas citadas. O Vision of Choice é uma nova promessa do Heavy metal vindo daquele país, na verdade é um projeto do multiinstrumentista Steve Brockmann (Krilloan, AIRS - a Rock Opera), que uniu forças com o vocalista Lukas Remus (Epilirium, Rigorious) e com o guitarrista Ponch Satrio da Indonésia, resultando nesse novo álbum intitulado "Second Sight", segundo álbum do power trio.

Há um variedade dentro da música do Vision of Choice, que vai desde um Heavy metal oitentista, Power metal, Hard rock e até um toque progressivo. A banda bebeu muito da fonte de bandas como Judas Priest, Iron Maiden, Pretty Maids, Omen, Malice, Iron Savior, entre outras, inclusive os vocais lembram um mistura de Omen com Pretty Maids.

A primeira faixa "She is Danger" me lembrou o velho Pretty Maids dos tempos do "Future World" e "Red Hot and Heavy", inclusive os vocais e riffs, e algo do primeiro álbum do King Kobra. A seguinte "Eyes of Freedom" é mais melódica, inclusive contando com um refrão que gruda na mente e te obriga a cantar junto.

A "Demonize" possui um riff a la Running Wild, mas que também poderia ser comparada com o Iron Savior, enquanto que a faixa "Ghost Chance" vai para o lado do metal melódico, novamente com um refrão marcante.

O Heavy metal mais tradicional está de volta com a "Fatal Delusion", quanto que a balada épica "Forever the Heroes" encerra o álbum com clima de despedida.

Enfim um álbum que eu recomendo, o qual não traz nada de novo (eu até agradeço por isso), mas que consegue trazer momentos agradáveis e divertidos par quem curte um Heavy metal.

Rating: 8/10

Banda:

Lukas Remus - vocals
Steve Brockmann - guitars, bass, keyboards, vocals (10)
Ponch Satrio - guitars

Outros músicos:

Fabio Alessandrini, Ivica "Prognini" Strognostović, Glenn Welman - drums
Patrick von Globle - guitar solo (5)

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Gus G. - Quantum Leap


O guitarrista grego Gus G., nome real Konstantinos Karamitroudis, é um exímio guitarrista, ele faz parte da banda Firewind há quase 20 anos, inclusive passou pela banda do Ozzy Osbourne, entre outras bandas como o Dream Evil, Nighrage, etc.

Ao contrário dos outros álbuns solo do guitarrista, dessa vez este álbum "Quantum Leap" é totalmente instrumental, com produção de Dennis Ward (ex-Pink Cream 69, Magnum) e conta com a participação do guitarrista Vinnie Moore (ex-UFO, ex-Alice Cooper) na última faixa "Force Majeure". O álbum é duplo, sendo que o segundo disco é ao vivo em Budapest em 2018, e foi lançado no Brasil através da Shinigami Records.

Eu particularmente nunca fui fã de álbuns instrumentais, com exceção de música clássica, pois eu acredito que álbuns como este é feito para guitarristas e algumas faixas ficariam bem legais com vocais, como a excelente "Fierce" com seus riffs matadores e andamentos totamente Heavy metal, assim como na faixa "Demon Stomp", mas não tem como negar que a música contida neste álbum mostra toda a criatividade do guitarrista, mostrando uma dose de variedade, não soando repetitivo ou mostrando velocidade o tempo todo, focando mais em linhas melódicas, variando de faixas mais rock e metal.

O segundo disco ao vivo traz algumas músicas legais, com os vocais a cargo de Dennis Ward, como a "Mr. Manson", a qual poderia estar em algum álbum do Ozzy ou o cover do Thin Lizzy "Cold Sweat", que ficou legal.

Gus G. oferece de tudo nesse ábum, claro, o que mais se destaca aqui obviamente são as guitarras, mas pelo menos em vez de focar apenas em velocidade, fritadeiras, o músico mostrou que técnica e boas composições podem andar juntas.

Rating: 8/10

Banda:

Gus G. - all guitars, keyboards, bass
Dennis Ward - bass
Vicent Velazzo - drums

Live in Budapest band:
Gus G. - guitars backing vocals
Dennis Ward - bass. vocals
Johan Nunez - drums

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Vittra - Blasphemy Blues


Vittra é uma banda de Melodic Death metal/Thrash metal sueca, influenciada por bandas como At the Gates, Carcass, o velho In Flames (ouça a faixa "Satmara" com suas partes acústicas), The Haunted (o cover de "Undead" é a faixa bônus do álbum), Megadeth, apenas para citar algumas referências e influências na sonoridade que você ouvirá nesse primeiro álbum completo "Blaphemy Blues", antes deste a banda chegou a lançar um EP e alguns singles.

Vittra foi fundada em 2017, cujo nome foi inspirado em histórias mitológicas do folclore sueco, assim como traz o tema para as suas letras e música, refletida também na bela arte da capa do ábum.

As duas primeiras faixas "Colossal" e "Halls Of Ancients" seguem a mesma linha, a primeira com um início com guitarras mais melódicas, para depois entrar riffs que entram no Thrash metal, e ritmos acelerado da beteria. A segunda começa pesada, mas que fica mais melódica perto da sua parte principal.

A citada "Satmara" é uma das que eu mais gostei, a qual contém letra em inglês e em sueco. A parte acústica serve de introdução para os excelente riffs e leads, além de um groove perto do seu refrão. Essa mistura de letras em inglês e sueco aparece novamente na "Lykantropi", que tem uma introdução muito legal, mais lenta, mas muito sólida, mostrando certa variedade no material, e destacando os vocais de David Döragrip.

A banda pisa no acelerador na faixa "Feeding Frenzy", e mais uma vez as guitarras são destaques, além dos vocais, enquando que uma das mais pesadas, senão a mais pesada, fica para a "Self-Loathing", esta com riffs mais Thrash metal.

A banda trouxe vocais femininos e corais diferentes na "Sommarfödd", esta totalmente com letras em sueco, e que conta com excelentes linhas melódicas de guitarra. 

O cover do The Haunted "Undead" encerra o álbum, mantendo a velocidade do álbum em alta, e fazendo jus à versão original.

Conclusão: "Blasphemy Blues" do Vittra é um trabalho de estreia muito bom, sombriamente empolgante e que nos dá esperanças de um grande futuro e retorno da cena do Death metal melódico/Thrash Metal que tínhamos antes.

Rating: 8/10

Banda:

David Döragrip - vocals
Johan Murmester - guitars
Gustav Svensson - bass
Alex Smith - drums

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Carl Sentance - Electric Eye


Esse segundo álbum solo do veterano Carl Sentance pode ter passado desapercebido por algumas pessoas, mesmo sabendo que o vocalista faz parte da banda Nazareth desde 2015, mas a experência de fato do vocalista vem de bandas do famoso movimento conhecido como New Wave of British Heavy metal (NWOBHM) com as bandas Persian Risk e Tredegar, além de ter cantando para o Tokyo Blade ao vivo em algumas ocasiões.

O primeiro álbum solo passou totalmente desapercebido por mim, pois foi lançado de forma independente, mas com este "Electric Eye" lançado inicialmente na europa, agora está disponível no Brasil através da Shinigami records/Valhall Music, tive a oportunidade de conferir o trabalho do vocalista.

Neste novo álbum, Carl está acompanhado pela tecladista Don Airey (Deep Purple), Wayne Banks  (Brazen Abbot, Blaze Bayley, Persian Risk) no baixo e Bob Richards (Asia, Adrian Smith) na bateria, além do próprio Carl tocar as guitarras, aliás ele se mostrou muito bom no instrumento.

Sonoramente o álbum viaja por alguns estilos, na verdade é um álbum bem descontraído e variado, passando por momentos mais Hard rock/Melodic rock, outros mais Heavy metal e ainda, alguns momentos mais comerciais e modernos, basta ouvir a faixa "Nervous Breakdown" e comprovar isso. Em contraste, temos a excelente "Overload" chegando mais próxima do Heavy metal. O baixo destacado da faixa "Battlecry", além de melodias e refrão agradáveis, também é um destaque.

É um álbum que tenta chegar ao Hard rock, mas nunca chega, tenta chegar ao Heavy metal e nunca chega, acredito que essa foi a intenção, talvez não proposital, mas que conseguiu ser de fácil audição e agradável para ouvidos e mentes abertas a variações de estilos e vocalizações inspiradas.

Rating: 8/10

Banda:

Carl Sentence – Vocals/Guitar
Wayne Banks – Bass
Don Airey – Keyboards
Bob Richards - Drums

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Metal Cross - Soul Ripper


Metal Cross é uma banda de heavy metal da Dinamarca, formada em 1983 e que chegou a lançar algumas demos, ainda naquela década, "Crucifying The Virgins" de 1986 e "M.A.D.H.O.U.S.E.'" de 1988, mas em 1989 a banda separou-se infelizmente. A banda voltou a ativa para atender ao festival No Metal Magic Festival VII em 2015 na Dinamarca, chegando a abrir um show dos também dinamarqueses do Artillery.

Apenas em 2022 saiu o primeiro álbum completo da banda com 8 faixas que mesclam Heavy metal com alguns toques de Thrash metal. Essa combinação já pode ser ouvida na primeira faixa "My Time", servindo para demonstrar que a energia não foi perdida após tanto tempo, além de vocais que alcançam níveis mais altos, mas ao mesmo tempo, níveis mais sinistros.

Os riffs de guitarra da empolgante faixa-título "Soul Ripper" é outro destaque, contendo um baixo e bateria ajudando no peso das guitarras, uma faixa muito interessante e de certa forma soa mais moderna, mas nem por isso deixa de ser um soco na cara.

Contando com um som mais old school, temos a "Written in the Sand", com uma excelente linha melódica e riffs/solo de guitarra, lembrando bandas como Attacker ou Helstar. A banda pisa no acelerador na rápida "Fall Of Cimbria", nesta a banda acerta mais uma vez.

Uma das melhores é sem dúvida a fantástica "Memento Mori", mais uma faixa que o baixo e bateria ajudam complementando o peso da guitarra. Enquanto que a escolha para um dos videos clipes do álbum, a "The Drone", é apenas razoável.

O álbum encerra com "Vernal Equinox", mais uma música com riffs de guitarra muitos bons e peso acima da média e uma dose de criatividade e variação nos seus poucos mais de 6 minutos.

Se você está procurando por um bom álbum de Heavy metal, "Soul Ripper" é para você. A banda não tentou soar anos 80 total, a produção é de uma banda de Heavy metal moderna, com toda a tecnologia atual, mas ao mesmo tempo soa claramente Heavy metal, isso que importa.

Rating: 9/10

Banda:

Esben Fosgerau Juhl - vocals
Michael Hartmann - guitars
John Lybæk - guitars
Ole Quist - bass
Peter Mogensen - drums

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Amorphis - Halo


"Halo" é o décimo quarto álbum da banda filandesa com os seus mais de 30 anos de formação. A banda tem uma excelente reputação na sua terra natal, inclusive alguns álbuns emplacaram como número um, portanto deixando uma expectativa grande para este novo álbum intitulado "Halo".

A temática do álbum ainda é baseada em Kalevala, epopeia que conta a história da Finlândia, a qual foi adaptada pelo poeta Pekka Kainulainen que já vinha trabalhando com a banda desde o "Silent Waters" de 2007.

O Amorphis encontrou o seu estilo há vários anos, e nesse álbum não é diferente, pois sonoramente falando, eles ainda mantiveram aquela mistura de Death metal, Prog metal, Folk. O vocalista Tomi Joutsen se destaca com os seus vocais guturais e limpos, enquanto que os membros originais Esa Holopainen e Tomi Koivusaari mostram seus riffs e solos de guitarra, demonstrando todo o talento da dupla.

Eu particularmente achei esse disco um pouco mais pesado, inclusive as guitarras lembrando um pouco o clássico álbum "Tales From a Thousand Lakes" de 1994, e também o achei mais direto que o anterior "Queen of Time" de 2018.

A faixa de abertura "Northwards" já é um destaque logo de cara, mas os destaques não param ali, pois as faixas "On The Dark Waters", "The Moon", A New Land" são exemplos da qualidade das composições contidas nesse trabalho.

"Halo" é um álbum mais direto, digamos, mais simples comparando com outros álbum, mas que não deixou de lado as características clássicas do Amorphis.

Rating: 8,5/10

Banda:

Tomi Joutsen - vocals
Esa Holopainen - guitars
Tomi Koivusaari- guitars
Olli-Pekka Laine - bass
Santeri Kallio - keyboards
Jan Rechberger - drums

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Phrenetix - Exuviae


Essa banda de Thrash metal chamada Phrenetix, vinda da Lituânia, segue os lados mais técnicos do estilo, uma mistura de Thrash metal com partes progressivas, pelo menos neste novo álbum. Essas características são somadas aos vocais furiosos e partes mais suaves a cargo da vocalista e guitarrista Lina Vaštakaitė.

A banda soa diferente do típico Thrash metal nesse novo trabalho e lhes conferiram uma certa dose de originalidade, pois as partes com vocais mais suaves foram bem encaixados, e não soam forçados ou enjoativos.

"Exuviae" é o segundo álbum lançado pela banda, desta vez lançado de forma independente e produzido por eles mesmos, sucessor do excelente "Fear" lançado em 2015, que foi enraizado no velho estilo do Thrash metal, soando no estilo de bandas como Testament, o velho Metallica, Forbidden, etc. Neste novo álbum a sonoridade mudou um pouco, o som ainda é agreessivo, mas a já citada inclusão de vocais mais limpos, algumas partes mais modernas, andamentos e variações do progressivo somados, deu ao álbum uma sonoridade mais fresca e o resultado final foi positivo.

"Defunct" dá início ao álbum, mostrando toda a técnica dos instrumentistas nos arranjos, contando com riffs pesados, vocais rasgados e limpos. A faixa-título é até mais interessante que a primeira, trazendo influências de Megadeth, Kreator, um pouco de Holy Moses, mas contando com um refrão mais limpo.

Para quem curte um Thrash metal técnico, a faixa "Dark Side Of Mine" tem essa pegada, enquanto que a "Yellow Eyes" tem uma introdução dedilhada e melódica bem no estilo Metallica, para depois dar início ao peso e solos muito bem executados.

O dueto de guitarras na faixa "Blaze Of Alienation" é um destaque, soando um pouco mais tradicional, apesar das partes com vocais mais limpos.

A banda se aproxima mais do Speed metal, mas ainda mantendo suas características na faixa "Raw Pain", com grande destaque para as guitarras e as partes de bateria. Essa lando mais rápido é novamente repetido, mas desta vez com maior intensidade na faixa "Kill The Messenger", uma atropelo de riffs e ritmos rápidos, provavelmente a minha música favorita do álbum.

Encerrando o álbum temos a instrumental "Sybil", mostrando novamente toda a técnica e capacidade dos músicos em seus respectivos instrumentos. Esse álbum serviu para demonstrar que essa banda da Lituânia tem tudo para deixar a sua marca no mundo do Heavy metal.

Rating: 8/10

Banda:

Lina Vaštakaitė - guitars, vocals
Paulius Navickas - guitars
Daumantas Vizbaras - bass
Martynas Stoškus - drums

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Charons Claw - Streets Of Calimport


Charon's Claw é uma banda grega de Heavy metal formada em 2015 por Loukas Liato, e pelo guitarrista Apostolos Pappas, além do vocalista Jon Soti da banda Floating Worlds, que assumiu o microfone nesse álbum. Nitidamente a banda é influenciada pelo universo do Dungeons & Dragons em seus temas e arte da capa.

O estilo da banda é um Heavy Metal clássico, mas combinado com algo de Thrash metal e Power metal. Na minha opinião a banda soa um pouco como o velho Iced Earth em alguns momentos, inclusive o vocalista Jon Soti soa como uma mistura de Gene Adam e Matthew Barlow, ambos ex-Iced Earth.

O álbum começa com a faixa-título "Streets Of Calimport", que conta com um início épico, para depois dar entrada aos riffs de guitarra inspirados pela New Wave Of British Heavy Metal, e que eu poderia tranquilamente comparar com o Metal Church também, a bateria tem um ritmo rápido, tudo isso acompanhando os belos vocais de Jon Soti que caíram como uma luva, a mesma coisa acontece com a próxima "Log Out", mostrando a sua variedade nos vocais.

Tenho que deixar um elogio ao guitarrista Apostolos Pappas pelos riffs desse álbum, além de seus solos, pois faixas como "The Jackal" e na épica "Yharaskrik (The Mind Flayer)" possuem excelente riffs e solos, não apenas nestas, mas no geral o álbum possui riffs que realmente se destacam.

Tudo que eu posso dizer para encerrar essa resenha, é que você deve conhecer essa banda agora, os riffs pesados, o som versátil, energético e vocalizações fortes fizeram desse álbum um dos destaques de álbuns de Heavy metal que ouvi nesses últimos tempos.

Rating: 8/10
Ou
Banda:

Jon Soti - vocals
Apostolos Pappas - guitars
Loukas Liato - drums

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Bad Sister - Where Will You Go


A banda Bad Sister foi fundada em 1980 em Hamburgo, Alemanha. Em 1989 a banda lançou seu primeiro álbum "Heartbreaker", o segundo álbum "Out Of The Business" veio em 1992 na Europa, EUA e Japão, ambos contavam com os vocais de Petra Degelow, infelizmente ela faleceu no ano de 2013.

Levou praticamente 20 anos para a banda voltar a lançar um álbum, e em 2009 a banda lançava o álbum "Because Rust Never Sleeps", o qual você pode conferir a resenha aqui. Esse álbum contou com a vocalista Suzie Lohmar.

Musicalmente falando, temos um álbum de Hard rock, mas mais voltado ao Melodic Rock/AOR, pois temos uma boa predominância de teclados, bem no estilo dos anos dourados do estilo nos anos 80.

A nova vocalista Andrea Löhndorf tem uma boa voz para o estilo da banda, e como mencionei na resenha do álbum anterior, se você gosta de bandas como Laos, If Only, Romeo's Daughter, Alyson Avenue, Vixen, Craaft, entre outras, então essa banda pode te agradar, pois além da semelhança com as bandas citadas, esse novo álbum mostra a banda em excelente forma, e sem dúvida é um trabalho digno da história da banda.

O primeiro single e video-clipe "Lose Or Win" traduz bem aquele estilo dos anos 80, enquanto que a faixa "Feels Like Love" possui riffs, grandes solos de guitarra e um refrão marcante.

As faixas "Don't Need Me", "You're Gone" e "Couldn't Do Right" são totalmente alto astral e capazes de curar qualquer depressão com suas melodias.

Depois da balada "Could It Be Love", a banda volta com uma música mais voltada em riffs e solos de guitarra marcantes com a "Fair Enough", e novamente conta com um refrão cativante.

"She Doesn't Love You" tem uma guitarra mais suja no começo, contendo partes de piano, deixando essa faixa mais voltada ao rock 'n roll, para depois entrar com partes mais melódicas.

O álbum encerra com duas excelentes músicas, a "Some Hallelujahs" e a "Got Caught", voltando ao estilo clássico das primeiras músicas.

O equilibrio de melodias, guitarras, teclados, vocalizações, refrãos e arranjos marcantes fizeram desse álbum um ótimo lançamento do estilo nesses últimos tempos. Se você é fã daquele Hard rock/AOR europeu, com vocais femininos, esse álbum é para você.

Rating: 9/10

Banda:

Andrea Löhndorf - vocals
Sven Lange - guitars
Andreas Läu - keyboards
Jörn Saul - bass
Kai-Ove Kessler - drums

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