Quem conhece o trabalho dos veteranos do Rage, provavelmente já sabem o que esperar de um novo álbum dos germânicos, pois uma das marcas registradas da banda sempre foram as excelentes composições, peso, melodias, e grande letras, em sua maioria compostas por Peter "Peavy" Wagner, único remanescente da formação original. Uma banda que passou por diversas mudanças na formação desde a sua criação quando banda ainda chamava-se Avenger, as fases com um guitarrista ou dois guitarristas, não importa, aquela sonoridade típica e com personalidade sempre estiveram presentes no som da banda, mesmo em trabalhos focados em orquestrações a identidade da banda sempre foi mantida, e isso reflete neste novo trabalho intitulado "Wings of Rage", último álbum completo lançado por eles.
A longa estrada da banda, e a longa discografia (este é exatamente o vigésimo quarto álbum), não deixaram a qualidade cair de jeito nenhum, a formação da banda também não deixou a desejar, o qual é completada pelo guitarrista Marcos Rodriguez, inclusive este foi o último registro com ele na banda, ele deixou a banda, sendo substituído pelos guitarristas Stefan Weber(Scanner, ex-Axxis) e Jean Bormann, além do baterista Vassilios "Lucky" Maniatopoulos.
Este álbum nos remete aos tempos mais pesados da banda, mas também a fase mais melódicas como a do álbum "End of all Days" de 1996, um verdadeiro clássico de sua época, ou seja, você vai ouvir um álbum excelente do começo ao fim bastando ouvir faixas como "True" que dá início ao petardo com um riff bem interessante e refrão marcante, o groove da "Let Them Rest In Peace" além de seu peso.
A “Chasing The Twilight Zone” possui um riff estrondoso e um solo de guitarra soberbo, falando em guitarras, o trabalho de Marcos Rodrigues na faixa "Tomorrow" é digna de elogio.
A faixa título é uma pancada, para após uma pequena música introdutória, temos a primeira mais orquestrada em "A Nameless Grave", servindo para demonstrar que Peavy tem uma excelente voz, além do trabalho do guitarrista e baterista que brilham aqui. Lembrei do Iron Maiden na música "For Those Who Wish To Die", com aquelas guitarras da clássica e épica "Powerslave".
Este álbum é aquele que você tem a obrigação de ouvir do começo ao fim sem skips, inclusive a regravação da clássica "Higher than the Sky" do álbum "End of All Days" ficou fantástica, agora intitulada "HTTS 2.0", e só mostra que talento e maturidade andam juntos.
Enfim, o único ponto negativo é que o álbum acaba, mas podemos ouvi-lo quantas vezes for necessário, e assim que todo fã de metal em geral deveria fazer ao conferir este trabalho. Vale destacar também a arte da capa que ficou sensacional.
Rating: 10/10
Banda:
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