Hammerfall - Infected (relançamento)


Quando "Infected" saiu em 2011 muitos dos fãs mais fervorosos da banda torceram o nariz para algumas mudanças, como o logotipo, o vestuário dos integrantes, a capa que não trazia o mascote "Hector", além da temática ser totalmente diferente, no caso: zumbis, vírus mortais, possessões demoníacas, entre outros temas variados. Foi estranho na época e ainda é, pois se a banda estava tentando inovar, esses temas não foram as melhores escolhas, até o Grave Digger tentou um pouco disso sem sucesso, afinal é um tema super batido, mesmo para o ano que esse álbum foi lançado. No entanto vamos analisar a música e ver se a banda inovou mesmo no som ou continou com o seu estilo de outrora.

"Infected" foi relançado no Brasil através da Shinigami Records/Nuclear Blast e esse é um bom motivo para escutá-lo novamente e analisar se realmente ele mereceu as críticas que recebeu na época. Bom, na verdade essa inovação foi muito mais estética e na parte da temática, pois o som da banda continua intacto, assim como em qualquer álbum lançado pela banda, ou seja, temos o mesmo estilo e mesclado com faixas muitos boas, outras medianas, mas na minha opinião nenhuma que eu chamaria de ruins.

Lendo o que acabei de escrever acima, já podemos destacar as melhores faixas do álbum, como a dominantemente cadenciada e poderosa "Patient Zero", a qual é seguida da "B.Y.H. (Bang Your Head)", esta é um verdadeiro espetáculo do Power metal, trazendo todas as características dos primeiros álbuns da banda, sem dúvida um grande destaque.

A balada "Send Me A Sign" é um cover da banda húngara Pokolgép, mas com letras modificadas em inglês, e neste quesito de covers, o Hammerfall sempre fez ótimas escolhas, além de colocar o estilo deles nessas músicas e aqui não é diferente.

Outros destaques vão para as faixas "The Outlaw", a única composta pelo guitarrista Pontus Norgren e para a "Dia De Los Muertos", que apesar do título em espanhol, ela não é cantada naquele idioma, sendo mais uma ótima faixa de Power metal. As outras faixas são medianas, mas longe de serem ruins.

Enfim, esse álbum está longe de ter merecido todas as críticas que recebeu quando saiu em 2011, pois fãs chatos existem em todos os cantos, no entanto eu recomendo esse álbum em sua coleção, seja um fã chato ou não.

Rating: 8/10

Banda:

Joacim Cans - Vocals
Oscar Dronjak - Guitars, Vocals (backing), Keyboards
Pontus Norgren - Guitars, Vocals (backing)
Fredrik Larsson - Bass, Vocals (backing)
Anders Johansson - Drums

Contato:

Hammerfall - Chapter V: Unbent, Unbowed, Unbroken (relançamento)


"Chapter V" acaba de ser relançado no Brasil atráves da parceria Shinigami Records/Nuclear Blast. O álbum foi lançado originalmente em 2005 e naquele ano foi marcado com a comparação inevitável que os fãs fariam com os quatros primeiros álbuns anteriores. Isso acabou gerando um certo descontentamento de alguns fãs na época, mesmo que a banda nunca tenha mudado radicalmente o seu estilo, no entanto no álbum "Crimson Thunder" mesmo sendo um bom álbum, as composições não são tão fortes na minha opinião e não soam tão boas como nos anteriores, especialmente se for comparar com os dois primeiros álbuns. Sendo assim, com o "Chapter V" e apesar das reclamações da época é o álbum que conseguiu resgatar um pouco do estilo dos três primeiros álbuns no quesito composições, pois como mencionei o estilo da banda nunca mudou.

Uma das melhores faixas do álbum é a "Blood Bound", a qual faz parte da setlist da banda até hoje, sem dúvida um clássico do Heavy/Power metal, mas não esquecendo da anterior "Secrets" com seus toques épicos. Os riffs de guitarra da "Fury of the Wild" são um destaque, nada que não ouvimos antes, mas essa música me lembra muito dos dois primeiros álbuns, algo que fica entre o "Glory of the Brave" e o "Legacy of the Kings". 

A "Hammer of Justice" faz parte das músicas mais cadenciadas da banda e podendo ser comparada tranquilamente com a faixa "Let the Hammer Fall" do "Legacy of Kings", enquanto que a "Never, Ever" é primeira balada do disco e desta vez não se trata de uma faixa acústica como outras que a banda já gravou, sendo mais na linha balada pesada.

Temos a participação especial do Cronos (Venom) na longa faixa "Knights of the 21st Century" com seus mais de quatorze minutos. Eu acho legal esse contraste de estilos nas vozes e a participação do Cronos começa em uma narração feita por ele, mas essa faixa começa de verdade depois dos dois minutos mostrando o seu lado épico e infelizmente a participação do Cronos foi bem tímida, pois Cans canta praticamente sozinho em uma faixa longa como essa.

Enfim, este é um álbum muito bom e na minha opinião até meio injustiçado entre os fãs, então eu sugiro aproveitar essa relançamento e fazer nova audição, pois eu garanto que você não irá se arrepender.

Rating: 8/10

Banda:

Joacim Cans - Vocals 
Oscar Dronjak - Guitars
Stefan Elmgren - Guitars
Magnus Rosén - Bass
Anders Johansson - Drums

Contato: