Vantage Point - Alternative View


"Alternative view" é o sétimo álbum dos escoceses do Vantagem Point. Neste novo álbum têm a participação de nada menos que sete vocalistas, incluindo até o Blaze Bayley (ex-Iron Maiden, Wolfsbane, Blaze) e do vocalista Martin Jakubski, este vocalista faz parte de uma banda tributo do Marillion e inclusive chegou a cantar com o próprio Steve Rothery, guitarrista do Marillion, em seu projeto solo.

A primeira faixa "24 Hours of Freedom" conta com o já citado Blaze Bayley nos vocais, uma faixa bem divertida de Hard rock/Rock n' roll e que também conta com solo de Hammond do Derek Sherinian. O outro citado Martin Jakubski tem uma participação bem legal na faixa "Just When I Wasn't Lookin'", que conta com uma melodia interessante e linhas de baixo bem destacadas, além de um refrão marcante. Outro destaque fica por conta da "The Prize", a qual segue a linha da mencionada anteriormente.

Esse álbum é divertido e agradável e que merece ser conferido por aqueles que ainda não tiveram contato com a banda e que procuram por novidades.

Rating: 7/10

Band:

Bass - Murray Graham (vocals - tracks: 5)
Lead Guitar – Liam Kane
Keyboards – Matthew Bartlett (tracks: 1, 6)
Drums - David Cumming (3) (tracks: 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9), Hannah McKay (tracks: 5, 7)

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Lutharo - Chasing Euphoria


Lutharo é um quarteto canadense de Death metal melódico, liderado pela cantora Krista Shipperbottom e que agora lança o seu segundo álbum intitulado "Chasing Euphoria", lançado no Brasil através da Shinigami Records.

As composições neste álbum combinam partes mais agressivas e rápidas com partes melodiosas e atmosféricas. Os vocais variam de limpos ao gutural sem exageros, enquanto que a produção é muito boa e segue o padrão do estilo.

Aqui temos onze músicas que seguem o padrão mencionado acima, mas claro, o álbum conta com alguns destaques, como as faixas ''Reaper's Call'' que dá inicio ao álbum e já nos apresenta os vocais mais agressivos e limpos. A próxima "Ruthless Bloodline" começa pesada e com uma bateria rápida, mas praticamente segue a mesma linha da primeira, talvez um pouco mais agressiva.

A minha favorita do álbum é a ''Born to Ride'' que conta com grande riffs e partes melódicas de guitarras muitol interessantes, além do solo de guitarra que também é bem legal e empolgante.

A ''Paradise or Parasite'' combina novamente a agressidade com melodia e ao mesmo tempo apresenta elementos orquestrais e encerrando o álbum, temos a ''Freedom of the Night'' que começa com uma parte lenta, lembrando um pouco o Iron Maiden, para depois voltar ao Death metal melódico e momentos mais épicos.

"Chasing Euphoria" do Lutharo é um álbum preciso do estilo, a banda apresentou uns momentos realmente bons, mesmo para um estilo que não tem muito coisa nova para mostrar. Recomendo esse disco para fãs de Children of Bodom, Arch Enemy, entre outras.

8/10


Band:

Krista Shipperbottom - Vocals
Victor Bucur - Guitars/backing vocals
Chris Pacey - Bass
Cory Hofing - Drums

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Topór - Wieczna kaźń


Há pouco tempo atrás eu escrevi uma resenha das bandas Distrüster e Extinkt, eis que Uappa Terror, membro daquelas bandas faz parte do Topór também e dessa vez assumindo os vocais apenas. Assim como o Distrüster e Extinkt, temos aqui mais uma banda de Thrash metal/Speed metal, desta vez guiado por riffs bem pesados e ritmos velozes, além das vocalizações furiosas do Uappa.

Desde a primeira faixa "At the Gates of Valhalla", você poderá notar os ritmos aluciantes e rápidos, riffs pesados familiares do estilo e uma energia tremenda logo de cara, somados a um refrão de fácil assimilação. A segunda faixa "Zimna jak Stal" tem o ritmo diferente e as letras estão em polonês, no entanto não entenda o ritmo diferente com menos peso ou atitude, pois é uma faixa muito boa e pesada, com riffs mais baseados em um Heavy metal anos 80, especialmente do NWOBHM.

Outro destaque imediato é a faixa "Sail for Revenge", outra pedrada que conta com riffs bem pesados e ritmos bem rápidos. Consegui ouvir em algumas partes de guitarra, as quais me lembraram o Running Wild dos dois primeiros álbuns, na excelente "Topór (Iskry i krew)", mas no geral ela é similar as demais no quesito velocidade.

A qualidade do material aqui é do mais alto nível, pois são 37 minutos que passam voando e te obrigam a repetir inúmeras vezes a audição deste álbum, tornando a aquisição obrigatória para quem curte o bom e velho Thrash metal raiz.

Rating: 9/10

Band:

Uappa Terror - Vocals
Mścisław - Bass, Guitars
Wizun - Drums

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Praying Mantis - Defiance

Para os desavisados, o Praying Mantis foi um dos pionerios do famoso N.W.O.B.H.M., apesar de terem vindo daquele movimento, eles sempre tocaram um Hard rock/Melodic rock, pois nem todas as bandas daquele movimento eram de Heavy metal e agora comemoram o seu 50º aniversário com este novo álbum intitulado "Defiance", lançando no Brasil através da Shinigami Records com parceira com a Frontiers Records.

O álbum anterior "Katharsis", resenhado aqui, é um excelente álbum e com este "Defiance" a banda ainda mantém as suas características clássicas de outrora, somadas a uma formação muito precisa em seus respectivos intrumentos e vocais, ainda liderados pelos irmãos Chris e Tino Troy.

Com uma série de álbuns agradáveis nesta fase mais atual da banda, a qual começou com o "Legacy" de 2015, a música do Praying Mantis está soando fantástica e em "Defiance" os veteranos estão se mostram em grande forma com o seu décimo terceiro álbum de estúdio. 

Um dos grandes destaques na atual formação da banda é o vocalista John Cuijpers que entrou em 2013, ele trouxe uma dose de energia e melodia muito grande com a sua voz, claro, sem tirar o mérito dos outros integrantes Além disso, o Praying Mantis sempre manteu a característica de guitarras duplas, as famosas guitarras gêmas no seu som.

"From the Start" é uma faixa de abertura sólida, energética e até rápida, enquanto que "Defiance" é mais lenta, mas tem uma melodia que a destaca, com uma sensação épica. A música "Forever In My Heart" vai para o lado AOR, uma excelente canção por sinal.

Outra música mais melódica que vai para o lado mais melodic rock é a "Never Can Say Goodbye", mostrando-se acessível e muito agradável para os amantes de uma boa melodia. As coisas aceleram com a faixa "Let's See" que conta com excelentes partes de guitarra, fora os excelentes vocais, sem dúvida um dos destaques e uma das minhas favoritas.

Praying Mantis entregou um outro álbum robusto com o seu clássico melodic hard rock com infusão de AOR e pitadas de metal. Definitivamente recomendado a qualquer um que tenha bom gosto musical.

Rating: 9/10

Banda:

Jaycee Cuijpers - lead vocals
Tino Troy - guitar, vocals
Andy Burgess - guitars, vocals
Chris Troy - bass, vocals
Hans in't Zandt - drums

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Riot V - Mean Streets


"Mean Streets" é o terceiro álbum da velha banda de Heavy metal de Nova York com o nome de Riot V após o falecimento do fundador Mark Reale em 2012. O álbum mantém a mesma formação do álbum "Armor of Light" de 2018 e neste novo álbum o estilo da banda é o mesmo, fica entre um Heavy metal, Hard rock e Power metal, apesar de algumas outras influências.

A faixa de abertura "Hail to the Warriors" nos dá um gostinho da fase clássica dos álbuns "Thundersteel" e "The Privilege of Power", assim nos oferecendo um dose cavalar de energia, velocidade e empolgação, além dos vocais excelentes de Todd Michael Hall e as harmonias e solos dueto de Mike Flyntz e de Nick Lee no melhor estilo Judas Priest.

Em "Love Beyond the Grave" o refrão merece destaque, pois apesar de simples, ele cativa com as vocalizações de Hall. As faixas "Feel the Fire" e "Love Beyond the Grave" também carregam aquele velho estilo de Heavy metal na linha das banda da New Wave of British Heavy Metal.

O álbum também possui umas faixas mais comerciais, como a "Feel the Fire" e "Lean Into It", estas faixas soam mais próximas ao Hard rock, sendo que a primeira faixa foi o primeiro single do álbum. Gostei bastante da faixa "Before this Time" com o seu excelente refrão e melodias.

"Mean Streets" é um álbum muito bom, claro, ele não chega aos pés de alguns clássicos gravados pela banda e chega a falhar em alguns momentos, mas as faixas que se destacam fazem os 51 minutos deste álbum passarem rápido e de forma agradável.

Rating: 8/10

Banda:

Todd Michael Hall - vocals
Mike Flyntz - guitars
Nick Lee - guitars
Don Van Stavern - bass
Frank Gilchriest - drums

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Crohm - King of Nothing


A banda Crohm foi formada na Itália em 1985, no entanto a banda não chegou a lançar álbuns nos anos 80, aparentemente apenas uma fita cassete ao vivo em 1987, mas que nunca foi lançada oficialmente. A banda voltou a ativa em 2014 e o primeiro álum da banda foi lançado em 2015, sendo seguido de mais dois álbuns de estúdio e um ao vivo e agora temos este novo trabalho intitulado "King of Nothing".

O som do Crohm é um Heavy metal direto, às vezes indo para o lado épico, alguns riffs mais thrasheados, mas no geral é um Heavy metal tradicional sendo executado por músicos experientes na cena.

O álbum tem início com a faixa "No Direction", a qual já serve para demonstrar a proposta no estilo Heavy metal tradicional, ela é seguida da faixa-título "King of Nothing" que possui riffs mais pesados que a primeira, no entanto o estilo permanesse intácto, inclusive o álbum segue essa linha do começo ao fim, sem tanta variação, talvez as faixas "A Strange Light In Your Eyes" e a "The Sense of Existence" tenham um diferencial das demais, pelo menos no quesito destaque.

Um detalhe que eu devo comentar é sobre os vocais, pois o vocalista Sergio Fiorani tem um vocal peculiar, basta imaginar o Jim Morrison (The Doors) cantando em uma banda de Heavy metal, é praticamente esse o estilo vocal de Sergio, ou seja, pode não agradar a todo mundo e na minha opinião poderiam ser melhores e mais variados, mas vai do seu gosto (no entanto senti a falta de refrãos mais pegajosos).

O Crohm não tenta inventar nada em seu som e nem vai mudar o mundo do metal com a sua música, mas vale conferir se você procura por bandas que seguem o velho estilo Heavy metal oitentista.

Rating: 7/10

Banda:

Sergio Fiorani - vocals
Claudio Zac Zanchetta - guitars
Riccardo Taraglio - bass
Fabio Cannatà - drums

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Fatal Collapse - S/T


O quarteto Fatal Collapse foi formado em 2022 na cidade de Hamburgo, na Alemanha, e tocam um Thrash metal/Crossover com um estilo mais old school, lembrando as vezes o velho Slayer, e acabam de lançar o seu álbum debut, que na verdade tem a duração de um EP, pois possui apenas 25 minutos de música. Antes deste álbum a banda tinha soltado um EP em 2023.

A primeira faixa "Mental Annihilation" é uma pancada com seus riffs pesados, ritmo rápido aliado a momentos cadenciados com o peso correndo solto e aqui já podemos notar que os vocais de Niklas são agressivos e profundos, dando uma dose extra de agressividade ao álbum.

A próxima "They Lie" é mais na linha Crossover, ainda energética, mas a rápida "Salvation" é mais legal e segue mais a linha da primeira faixa, mas contanto com vocais ainda mais agressivos e praticamente guturais. 

Uma na linha mais agressiva é a "Ear to Ear", se destacando com a sua energia e bateria veloz. A cadenciada e pesada "Burn the Priest" merece ser conferida, assim como as faixas "Torture" e "Serial Killers" que fizeram a alegria do headbanger que lhes escreve agora.

Este álbum me causou uma boa impressão e impacto com a sua sonoridade maciça, o ponto negativo seria a duração álbum, mas mesmo assim são 25 minutos do mais puro metal pesado que vale a pena ser conferido.

Rating: 7/10

Banda:

Niklas - vocals
Buddy - guitars
Flo - bass
Marco - drums

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Distrüster - Sic Semper Tyrannis


Distrüster é um projeto do líder da banda de Thrash metal polonesa Terrordome (também membro das bandas Extinkt, Topór), Uappa. Neste projeto ele está concentrado em tocar um estilo mais Death metal/Speed/Crust, ou seja, o som aqui é cru, rápido e pesado, diferente dos outros projetos do músico. 

Formado em 2021, o Distrüster lançou o álbum intitulado "Sic Semper Tyrannis" em 2022, contendo onze faixas curtas e diretas, totalizando cerca de 35 minutos de música.

Desde os primeiros segundos com a faixa "Nobody Dares", já é possível perceber a massiva sonoridade com uma bateria rápida, baixo alto, riffs de guitarra pesados e vocais extremos. Essas características estão presentes em praticamente todas as faixas, mas algumas se destacam mais, como é o caso da "Die!", a qual possui um ritmo e riffs de guitarra matadores, neste caso foram influenciados pelo punk na parte dos riffs.

Depois da curta com seus 30 segundos, mas destruidora, "A.P.O.S.", o destaque vai para a "Martyr's Game", provavelmente a minha preferida do álbum, contendo todos os elementos, como riffs, bateria, vocais, etc, que a torna uma excelente faixa. O último destaque vai para a faixa "Over and Over", que começa cadenciada e depois transforma-se em uma avalanche de intensidade, soando mais para o lado Crossover Thrash metal.

Na minha opinião é um álbum muito bom, a pancadaria não deixa você respirar e o tempo passa rápido, mas vale a pena voltar e repetir a dose de adrenalina.

Rating: 8/10

Banda:

Kosa - vocals
Uappa Terror - guitar, bass, vocals
James Stewart - drums

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Heavy Water - Dreams of Yesterday


Esse projeto de Seb Byford e seu pai, o lendário vocalista Biff Byford do Saxon, começou no ano de 2021, ano em que lançaram o álbum "Red Brick City" e agora estão com este novo álbum intitulado "Dreams of Yesterday com lançamento no Brasil através da Shinigami Records.

Este projeto tem como sonoridade inspirações no som dos anos 70, mas também inclui momentos de grunge, como uma mistura de Led Zeppelin com Alice in Chains, só para se ter um ideia.

A primeira faixa, que é a faixa título "Dreams of Yesterday", tem um groove legal e já dá para perceber o que foi comentado acima sobre o foco musical do projeto. A seguinte faixa "Don't Take it for Granted" é mais um rock simples, direto e sujo.

A faixa "Castway" é muito boa, que possui um bom refrão. Um pouco do som dos anos 70 pode ser conferido na "Shadows of Life", contendo uma certa sonoridade do Led Zeppelin. Em "Another Day" a banda soa punk/indie, a qual sinceramente não é meu tipo de música e encerrando o álbum a "Life to Live" que é meio blues, mas também tem algo de Beatles.

Enfim, é um projeto com uma sonoridade mais eclética, se você não pensar no Saxon e tiver uma cabeça mais aberta, poderá curtir.

Rating: 7/10

Banda:

Seb Byford - vocals/guitars
Biff Byford - vocals/bass
Tom Witts - drums

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Lords of Black - Mechanics of Predacity


A banda espanhola Lords of Black chega ao seu sexto disco de estúdio, "Mechanics Of Predacity", trazendo uma fusão de Power metal com progressivo e lançado no Brasil pela Shinigami Records. Não tem como falar desta banda é não mencionar o fantástico vocalista chileno Ronnie Romero (Elegant Weapons, ex-Rainbow, ex-Michael Schenker Group, etc), seus vocais poderosos se destacam muito, sem contar com as performances dos instrumentistas que ajudaram muito no resultado final. O guitarrista Tony Hernando é o principal compositor, além de produtor, enquanto que a mixagem e masterização ficaram a cargo de Roland Grapow (Masterplan, ex-Helloween).

A faixa de abertura "For What Is Owed To Us" é um um exemplo que o álbum pode soar pesado com riffs e solos dominando o som, que também é intenso e liricamente explora os instintos primordiais da humanidade. A faixa seguinte "Let the Nightmare Come" é ainda melhor, com uma ótima melodia, especialmente o seu refrão épico.

 Outros destaques são as faixas "Crown of Thorns", esta com riffs bem energéticos e pesados, juntamente com os vocais poderosos de Romero que ajudaram a dar mais energia para a música e realmente empolgam. A longa "A World That's Departed" vai mais para o lado prtogressivo, enquanto que a faixa que encerra o álbum "Born Out of Time" aposta na velocidade e melodia.

Eu gostei bem mais do que eu esperava e isso é um bom sinal, pois significa que o álbum cresceu em mim conforme eu o ouvia mais vezes e espero ouvir mais bons trabalhos vindos do Lords of Black em um futuro próximo.

Rating: 8/10

Banda:

Ronnie Romero - vocals
Tony Hernando - guitars
Dani Criado - bass
Jo Nunez - drums

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Green Lung - This Heathen Land


O ingleses do Green Lung têm uma sonoridade voltada ao Stoner/Doom metal, com inspiração direta do Black Sabbath, especialmente da fase do Dio, além de outras bandas dos anos 70 como o Uriah Heep, mas ao mesmo tempo eles possuem uma certa dose de personalidade própria em sua música, que  é algo bem positivo.

"This Heathen Land" é o terceiro disco da banda e foi lançado no Brasil através da Shinigami Records, o álbum tem inclusive tem uma arte na capa bem interessante e as ilustrações/fotos de dentro do encarte também são bem legais. O álbum traz grandes melodias, riffs, uma atmosfera folk, basta ouvir o clima da "The Forest Church" e perceber o que acabei de comentar.

A faixa "Mountain Throne" é mais Sabática e energética, contando com um teclado dando o clima, seguindo quase a mesma linha temos a "One For Sorrow". A longa "Maxine (Witch Queen)" é um destaque, pois apesar dos seus dez minutos de duração é muito boa, ela possui uns sintetizadores que acompanham a música até o final e o ritmo energético vai do começo ao fim.

Um pouco do Opeth pode ser ouvido na faixa "Song of the Stones", enquanto que a "The Ancient Ways" é mais pesada e trazendo riffs convincentes, tornando-se outro destaque do álbum.

No geral, Green Lung aparentemente evoluiu neste álbum e acredito que "This Heathen Land" vai satisfazer aqueles que curtiram os trabalhos anteriores da banda e vale a pena conferir mesmo se você nunca os ouviu.

Rating: 8/10

Banda:

Tom Templar  - vocals
Scott Black - guitars
Joseph Ghast -bass
Matt Wiseman - drums
John Wright - órgão 

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Feline Melinda - Seven


A banda italiana de Metal Melódico esteve nestas páginas muito anos atrás com a resenha do álbum "Morning Dew" de 2008, mas acabei esquecendo totalmente de conferir se a banda tinha lançado mais álbuns e, sim, eles lançaram e acabei perdendo o último álbum completo, mas dessa vez tive a oportunidade de conferir este novo álbum intitulado "Seven".

Feline Melinda foi formada em 86, passando de um trio para um quarteto com o último álbum "Dance of Fire and Rain" de 2014 e com o "Seven", o qual foi mixado e masterizado por Sascha Paeth (Avantansia, ex-Heavens Gate), a banda manteve o seu estilo de Metal Melódico com pitadas de Hard rock. 

Ao ouvir a primeira faixa "Welcome to the Show" já pude perceber que a banda não mudou muito seu estilo, na verdade o som está praticamente intacto, mas dessa vez contando com um produção mais aprimorada, os riffs também ajudaram no resultado. A próxima faixa "Blinded by the Beauty" segue quase a mesma linha da primeira, mas com uma bateria mais acelerada em algumas partes.

A "In the Shadow of the Moon" me lembrou a banda Axxis, aliás o som do Feline Melinda é comparável ao Axxis em alguns momentos. Um refrão mais perto do Hard rock e que mescola com Metal Melódico, pode ser encontrado na "Can You Feel My Eyes On You".

Há uma participação da cantora Doris Albenberger na faixa "Seventh Heaven", a qual possui um video clipe que você pode conferir no final desta resenha. O dueto nesta faixa ficou bem legal, uma música cheia de melodias.

Se você curte aquelas músicas mais "felizes" em uma linha mais cadenciada da banda Freedom Call, confira a "Jolly Joker" ou se você curte uma música mais veloz, confira a "She's Like a Thunderstorm" que também possui um refrão melódico que você sai cantando junto.

Enfim é um álbum que manteve o estilo da banda praticamente intacto, se você curte um Metal Melódico, o "Seven" pode te agradar.

Rating: 8/10

Banda:

Rob Irbiz - Vocals, Guitars 
Christian Gschnell - Bass 
HeadMatt - Guitars (lead) 
Chris Platzer - Drums

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Lucifer - Lucifer V


Lucifer é uma das mais interessantes bandas surgidas nesses últimos tempos. Nesses últimos anos temos vivido uma espécie de movimento de bandas movidas pela nostalgia do Heavy metal/Hard rock dos anos 70 e 80, mas a maioria dessas bandas não acrescentam uma certa dose de personalidade na música deles, limitando-se, na maioria dos casos, aos velhos clichês dos estilos que tanto conhecemos das bandas clássicas, não que isso seja algo negativo, mas Lucifer é uma banda diferente, ela é uma banda que combina vários estilos do final dos anos 70 e início dos anos 80 e trazem algo próprio dentro do Heavy metal, Doom metal, Hard rock que executam.

Claro, você vai ouvir influências de bandas como Blue Öyster Cult, Black Sabbath, Uriah Heep, Candlemass, Mercyful Fate, entre outras, mas a vocalista Johanna Platow Andersson traz um tempero especial ao som da banda com seus vocais que lembram um pouco as irmãs Wilson (Heart), e claro, além da presença de Nicke Andersson trazendo a sua experiência e peso das bandas anteriores que ele fez parte.

Conferindo o álbum, ele parece ser uma coletânea de clássicos de tão boas que são as músicas, basta ouvir a pesada "Fallen Angel" e se encantar com os riffs de guitarra e excelentes vocalizações. A faixa "At The Mortuary" é mais comercial, mas muito boa, enquanto que a melancólica e lenta "Slow Dance In A Crypt" destaca os belíssimos vocais de Johanna.

As faixas "Ride the Reaper", "A Coffin Has No Silver Lining" e "Strange Sister" são totalmente inspiradas pelos anos 70, nestes casos a banda não soa diferente do que já estamos acostumados a ouvir, mas não deixam de soarem bem legais.

O primeiro álbum do Lucifer era o melhor até agora na minha opinião, mas acho que "Lucifer V" se destaca como um dos melhores álbuns de Hard rock/Heavy metal dos últimos anos e sem dúvida vai figurar entre os melhores de 2024.

Rating: 9/10

Banda:

Johanna Platow Andersson - Vocals
Nicke Andersson Platow - guitars, drums, bass, keyboards, percussion, vocals (backing)
Martin Nordin - guitars
Linus Björklund - guitars
Harald Göthblad - bass

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Extinkt - Trinity Redux


Extinkt é um power trio formada na Polônia, os músicos de sua formação fazem/fizeram parte de algumas bandas como Distrüster, Topór, Terrordome, entre outras. O estilo adotado pela banda é o Thrash metal e "Trinity Redux" é o segundo álbum lançado pela banda através do selo Ossuary Records.

O som da banda contém riffs poderosos, aliás está é uma característica do estilo e a banda soube bem criar composições com bons riffs, além de vocais furiosos e bateria ajudando no peso e velocidade na maioria das faixas. Estas característas já podem ser ouvidas na "Radioactive Death", a qual foi construída com riffs pesados, além de uma bateria para fazer você bater cabeça e entrar no moshpit.

No geral a banda não sai muito da zona de conforto, mas em alguns momentos eles chegaram a surpreender, como é o caso da faixa "Fed with Disease" que trouxe uma certa dose de diversificação, pois ela começa com um baixo estrondoso, começa lenta e aumenta um pouco a velocidade, mas permanecendo cadenciada até o final com seus riffs e melodias bem construídas. Outra que apresentou uma variação foi a "Battle Song" que tem uma pegada mais Hardcore/Punk.

Este álbum é pesado, com uma produção orgânica que ajudou muito no resultado final, sem dúvia uma banda com um potencial muito grande, sendo muito recomendada para quem curte um Thrash metal bem executado, produzido e de qualidade.

Rating: 8,5/10

Banda:

Uappa Terror (Mateusz Łapczyński) - vocals/guitars
Tom (Tomasz Przewor) - bass/vocals
Dziad (Filip Tokarski) - drums

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Suicide Bombers - All for the Candy


A banda norueguesa de Hard rock/Sleaze está de volta com o seu quinto álbum de estúdio, "All for the Candy", lançado agora em fevereiro pelo selo Suicide Records da própria banda e foi mixado por Trond Holter (Wig Wam), inclusive é uma produção de primeira, digna de elogio. A banda é liderada pelo vocalista Chris Damien Doll e traz a mesma formação desde 2018.

A faixa de abertura "Dynamite Playboys" já chama a atenção, pois é excelente com o seu estilo Sleaze, energética, ritmo alucinante e que ainda conta com um refrão bem legal, sem dúvida uma ótima escolha para iniciar o álbum. Não menos empolgante é a "Take it Off, inclusive o som do Suicide Bombers lembra em vários momentos bandas como Nasty Idols e Faster Pussycat.

"Tonight Belongs to Us" tem um certo ar de L.A. Guns dos primórdios, com riffs de guitarras que se aproximam do Heavy metal, inclusive os vocais de Chris ajudam muito no peso e energia, não apenas nesta faixa, mas no decorer do disco inteiro. As coisas ficam mais cadenciadas com a "Out of Love", a qual me lembrou o Crashdiet, especialmente em seu refrão, sendo uma das minhas favoritas do álbum.

A faixa-título "All for the Candy" lembra bastante outra banda norueguesa, o The Cruel Intention. Eu destaco também a "Last Call" que segue a energia da primeira música e da mencionada faixa-título.

"All for the Candy" é obrigatório para aqueles que curtem um Hard rock/Sleaze de qualidade, se você ainda não conhece essa banda, o que você está esperando? Este álbum é obrigatório para você!

Rating: 9,5/10

Banda:

Chris Damien Doll "The SLEAZE FUHRER" - vocals/rhythm guitars
Steve Teaze "The SEX TOY" - lead guitar/backing vocals
C Slim "The THUNDER MECHANIC" - bass/backing vocals
Lyle Starr "The BEAT COMMANDO" - drums

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Axminster - Bada Boom!


Axminster é uma banda de Hard rock formada em 83, a qual na época chegou a dividir o palco com bandas como Metallica, Extreme, Twisted Sister, Lita Ford, Molly Hatchet, Foghat, entre outros, além de ter suas músicas tocadas nas rádios locais naquele tempo. A banda separou-se em 86 antes mesmo de conseguir um contrato com uma gravadora, inclusive você pode conferir as músicas da época neste link (https://axminsterband.com/album/1858619/retro-fits) e voltaram à ativa com o nome KTD e lançaram um álbum chamado "Territory" apenas em 2003, mas hibernando novamente. Apenas em 2020, em plena pandemia, que a banda começou a trabalhar em um novo EP que saiu em 2022 intitulado "Tightrope".

Agora temos "Bada Boom!" que é o mais novo EP lançado pela banda no final de 2023 e que traz 4 músicas. Sem dúvida alguma a banda é inspirada por bandas oldschool, pois a banda foi formada no começo dos anos 80, então puder perceber influências de bandas como Led Zeppelin, Kiss, Aerosmith, ou seja, trazendo aquele som dos anos 70 e dos anos 80 combinados.

Conferindo a primeira música "Don't Wind Me Up" que soa como um Hard rock clássico dos anos 80, combinando vocais melódicos e mais rasgados, além dos riffs e solos de guitarra muito bem executados. A próxima "Thick N' Thin" soa como algo que o Aerosmith fez nos anos 70, muito boa por sinal.

O Hard rock dos anos 80 volta com a "Backfire", me fez lembrar um pouco a fase do Kiss nos anos 80 e encerrando o EP temos a "White Lie Fever" que é mais um exemplo de Hard rock clássico.

Vale destacar a produção do produtor Bob St. John, que já trabalhou com bandas como Extreme, Collective Soul, Duran Duran, Dokken, etc, deu um toque especial a qualidade musical encontrada aqui.

Rating: 7/10

Banda:

Steve Sera - vocals/guitars
Benny Florentino - guitars
Danny Callan - bass
Xanon Xicay - drums

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Ruthless - The Fallen


Esta banda americana de Heavy/Power metal foi formada no começo dos anos 80, mas não esteve muito ativa neste tempo todo, pois o seu primeiro álbum "Discipline of Steel" foi lançado em 86, antes a banda tinha lançado um single e um EP e supostamente um segundo álbum sairia em 89, mas a banda separou-se antes de poder lançá-lo e apenas em 2008 a banda voltou a ativa, assim lançando um novo álbum "They Rise" apenas em 2015, um terceiro álbum "Evil Within" em 2019 e agora este novo álbum lançado este ano intitulado "The Fallen" lançado no Brasil através da Shinigami Records.

O Ruthless é liderado pelo vocalista Sammy DeJohn e toca um Heavy metal poderoso e energético, aquele típico Heavy metal oitentista americano com umas pitadas de Speed/Thrash metal aqui e ali, um som que lembra bandas como o Helstar, Jag Panzer, apenas para citar algumas.

A faixa-título "The Fallen" dá início ao álbum em grande estilo, mostrando riffs pesados, vocais poderosos, sendo seguida da muito boa "Dark Passenger" com seus riffs que empolgam e, novamente, vocais que dão um toque especial a música.

Um destaque fica para a faixa "Betrayal", esta é mais na linha Speed metal lembrando a banda Raven, sem dúvida uma das melhores do álbum. A velocidade diminui com a "No Mercy", mas ela soa como um hino de metal, com riffs épicos que te convidam ao headbanging.

A ótima "End Times" começa com acordes acústicos, lentos e atmosféricos, que servem como introdução para os excelentes riffs que chegam em seguida, uma balada pesada e emocionante que ganha velocidade no final, sendo uma das minhas favoritas do álbum.

A aquisição de "The Fallen" vale muito a pena, um disco de metal tradicional focado nos anos 80 e que não decepciona, pois o Ruthless soube muito bem como colocar em prática com uma precisão cirúrgica digna de elogio.

Rating: 8,5/10

Banda:

Sammy DeJohn - vocals
Glen Paul - guitars
Sandy K. Vasquez - bass
Bob Guitrau - drums

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Tyrants - Warlord


Eu nunca tinha ouvido falar desta banda colombiana até receber este álbum para resenha, no entanto trata-se do segundo álbum lançado por eles, o primeiro "Kill or Die" foi lançado em 2021, uma pena que não os conheci antes, pois o som praticado pela banda é muito bom, um Speed/Thrash metal sem frescura, direto e com riffs energéticos, mas antes tarde do que nunca.

"Warlords" foi lançado em versão física pelo selo grego Alone Records e traz nove faixas distribuídas em pouco mais de 34 minutos de pura paulada na cara, que já começa na primeira faixa "Neath the Red Sun", rápida, riffs no melhor estilo Thrash/Speed metal e vocais despejando a sua fúria. Seguindo praticamente a mesma linha, mas um pouco mais longa e com partes mais cadenciadas, temos a "Fire Rain".

A banda não tenta inovar ou soar diferente do que já ouvimos antes, eu tenho certeza que essa nunca foi a intenção, mas ainda posso destacar a cadenciada "Graves of the Fallen", uma das minhas favoritas do álbum. Tem a "Relentless Winter" com uma certa influência de Iron Maiden nas guitarras e encerrando o álbum a boa e rápida "Warlord".

Eu recomendo essa banda da Colômbia para aqueles que curtem um som no melhor estilo oitentista do estilo, pois o Tyrants é competente na proposta e vale a pena conferir.

Rating: 8/10

Banda:

Juan Yepes - vocals/guitars
Jonathan Perez - guitars
Mateo Gonzales - bass
Manuel Pinto - drums

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Amorphis - Queen of Time (Live At Tavastia 2021)


Quando a pandemia atingiu o mundo e, conseguentemente, muitas bandas não puderam tocar a vivo e acabaram optando por lives e shows sem presença de público, uma tendência que trouxe inúmeras apresentações naqueles formatos. No caso do Amorphis, que após lançar o álbum "Queen of Time" e não ter tido a oportunidade de tocar ao vivo, optaram pelo formato de show sem público lançando "Live At Tavastia 2021". Como o título sugere, trata-se do álbum mencionado antes tocando na íntegra, sendo que é primeira vez que a banda fez isso em sua carreira.

Ao começar a escutar o álbum você não terá impressão alguma que se trata de um álbum ao vivo, basta ouvir a faixa mais folk metal "Message in the Amber" que soa praticamente como de estúdio, pois a produção está bem polida, ou seja, aquela sensação que os álbuns ao vivo passam não existe aqui.

O formato cadenciado e bons riffs da "Daughter of Hate", a qual até possui um solo de sax é um dos destaques, enquanto que a "We Accursed" traz o típico som do Amorphis com seus riffs e atmosfera. A música "Amongst Stars" traz a participação de Anneke van Giersbergen (ex-The Gathering) que trouxe um sentimento mais épico a canção, especialmente se você conferir a imagem dela no Blu Ray, mesmo que seja apenas uma imagem sobreposta no vídeo, pois ela não estava presente na apresentação. 

Este lançamento é mais recomendando para os fãs leais da banda, aqueles que compram tudo da mesma, pois apesar de soar muito bem e possuir músicas de um ótimo álbum, faltou a emoção de um público presente, mas se você é fã da banda é uma boa aquisição pelo formato diferente.

Rating: 8/10

Banda:

Tomi Joutsen - Vocals 
Esa Holopainen - Guitars 
Tomi Koivusaari - Guitars
Olli-Pekka Laine - Bass
Santeri Kallio - Keyboards
Jan Rechberger - Drums

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Crystal Death - Ride with the Devil


Crystal Death é uma banda de Heavy metal formada em 2013 na Alemanha, a qual lançou o seu EP de estreia em 2015 e após alguns singles lançados em 2023, temos este álbum completo intitulado "Ride with the Devil".

O som da banda é um Heavy metal direto, muito influenciado pelos anos 80, mas que conta com diversas nuances dentro do estilo, contando com um vocal rasgado que em alguns momentos me lembra um pouco a banda Paragon ou o Grave Digger, mas no geral é diferente e difícil de comparar, no entanto combina muito com o estilo adotado pela banda.

Esse álbum foi crescendo em mim conforme eu ia repetindo a audição, pois parece que ele ficando cada vez melhor, basta ouvir as faixas "Cult of the Snake" e "Over the Top", apenas dois exemplos do poder sonoro presente neste álbum, não são faixas rápidas, aliás as músicas são bem cadenciadas, mas possuem energia e riffs que empolgam.

A faixa "Out of the Sun" traz influências nítidas do Iron Maiden, com aquelas típicas guitarras da banda britânica, no entanto com um tom meio épico e pesado. Outro destaque fica para a "Ride With the Devil" com os seus poderosos riffs pesados, refrão e backing vocals com gritos de guerra que provavelmente funcionarão muito bem ao vivo. A seguinte "When Heavens Fall" segue quase o mesmo estilo, no entanto a anterior é melhor.

Encerrando o álbum temos a faixa que dá nome a banda "Crystal Death", a qual segue a mesma linha das anteriores, no entanto mais curta, mas ainda é uma boa música.

O Crystal Death entregou um álbum de estreia interessante, especialmente para aqueles que curtem um Heavy metal direto, sem frescuras, com uma certa dose de peso e melodia, recomendado.

Rating: 8/10

Banda:

Basti - vocals, guitars
Simon - guitars
Daniel - bass
Patrick - drums

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Doro - Conqueress - Forever Strong and Proud


Faz um bom tempo que a Doro segue uma sonoridade em seus álbuns, pelo menos em um bom punhado deles, pois apesar de sua longíngua carreira de 40 anos e vários acertos, ela tropeçou em alguns momentos e provavelmente faz uns 15 anos que a Doro mantém uma fórmula, ou seja, álbuns um pouco longos no quesito quantidade de músicas e não é diferente com este novo álbum, pois temos 15 músicas, sem contar com a versão deluxe que possui 20 músicas.

Muita coisa já foi dito sobre a Doro, sem dúvida uma mulher admirável dentro da cena, ela encontrou o seu som como mencionado anteriormente e ela repetiu a fórmula novamente, talvez é neste detalhe que o álbum "Conqueress - Forever Strong and Proud" pode decepcionar na quesito da famosa reciclagem no som, riffs que não chegam a empolgar, pois há boas músicas no álbum, no entanto outras não acrescentam nada além do clichê e previsível.

A faixa de abertura "Children of the Dawn" é boa, tem um riff até que interessante, mas faltou punch na minha opinião, no entanto é uma boa música. A "Fire in the Sky" provavelmente é a que mais merece destaque por ser mais energética e veloz.

Temos a interessante faixa "Love Breaks Chains" que é uma faixa mais para o Hard rock. Há também alguns covers no álbum, como é o caso da "Living After Midnight" do Judas Priest e que conta com a participação do próprio Rob Halford, mas que é apenas uma boa versão e ficando abaixo da original. Outro cover é da "Total Eclipse of the Heart" de Bonnie Tyler, a qual é apenas ok e que conta novamente com a participação do Rob Halford.

Outra faixa que vale destacar é a melódica "Rise", mas acho que é isso, eu acredito que este é um álbum que os fãs fiéis irão gostar, no entanto faltou algo para ele se tornar essencial para todo mundo.

Rating: 6,8/10

Banda:

Doro Pesch - Vocals
Bas Maas - Guitars, Vocals (backing)
Bill Hudson - Guitars
Johnny Dee - Drums, Percussion, Vocals (backing)

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Theocracy - Mosaic


O Theocracy lançou o seu novo disco, sucessor do "Ghost Ship" de 2016, intitulado "Mosaic" e lançado no Brasil pela Shinigami Records. A banda sempre teve Matt Smith como idealizador e toca um Power metal melódico com toques de progressivo.

O álbum tem início com a faixa "Flicker", a qual já traz aqueles elementos típicos do Power metal, melodias abundantes e guitarras virtuosas, além vocalizações melódicas, aliás o vocal de Smith é bastante agradável para o estilo, não soando enjoativo. Um pouco mais de peso pode ser conferido na "Anonymous", enquanto que a faixa-título "Mosaic" começa como uma balada e depois transforma-se em energia.

A minha música favorita do álbum é a "Return to Dust", pois além de riffs e solos de guitarras bem legais, ela possui um refrão que você sai cantando junto, aquela típica música que fica na sua mente e você sai cantarolando por aí.

A faixa "Liar, Fool, or Messiah" também é bem legal, apesar dos seus mais de 7 minutos de duração, o tempo passa rápido e que conta novamente com um refrão memorável. Falando em música longa, a "Red Sea" tem mais de 19 minutos, ela é uma música épica com várias passagens diferentes, inclusive progressivas e merece ser conferida.

Depois de uma longa espera, o Theocracy fez a espera valer a pena, pois "Mosaic" é um álbum muito bom e recomendado para quem curte um Power metal.

Rating: 8/10

Banda:

Matt Smith - vocals/keys
Taylor Washington - guitars
Jonathan Hinds - guitars
Jared Oldham - bass
Ernie Topran - drums

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Jonathan Young - Children of Night


Se você acessa conteúdos sobre música, especialmente de Youtubers que tocam covers, talvez você tenha ouvido falado do Jonathan Young, ele conquistou milhões de seguidores na plataforma fazendo versões cover de músicas populares, de filmes, televisão e videogames, no entanto nos últimos anos ele lançou o seu primeiro álbum "Starship Velociraptor" com composições próprias e em outubro do ano passado o sucessor foi lançado sob o título "Children Of Night".

Ouvindo o som do cara pude notar algumas influências de bandas como Sabaton, Powerwolf, uma mistura de Power metal, Symphonic metal e de algumas coisas mais modernas, segundo o próprio a sua música é para fãs Sabaton, Ghost e Three Days Grace, eu tenho que concordar com essa afirmação.

Quando YouTubers fazem música, raramente é interessante para quem curte o velho e bom Heavy metal, apesar de algumas passagens mais épicas, algumas guitarras legais aqui e ali, o álbum deixa a desejar na minha opinião, talvez aqueles que curtem as citadas bandas acima consigam gostar.

O álbum tem algumas boas faixas como a faixa-título "Children of Night", "Witch Hunter" e "Army of the Dead", mas é isso apenas, faltou punch, atitude, menos partes com vocalizações no estilo Ghost (uma das bandas que eu mais detesto do cenário musical atual, cadê o metal naquela banda?).

Bem, infelizmente eu esperava mais, mas acho que já era de se esperar, quem sabe no futuro ele posso entregar um trabalho melhor para o meu gosto, mas como dizem: Cada um tem o seu gosto.

Rating: 6/10

Banda:

Jonathan Young - Vocals, All instruments

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Höwler - Descendants of Evil


Höwler é uma banda de Thrash metal da Costa Rica formada em 2008, a qual lançou três álbums de estúdio antes desse novo álbum intitulado 'Descendants of Evil'. A banda faz parte do New Wave of Thrash metal e, claro, sendo totalmente influenciados pelo Thrash metal do final dos anos 80 de bandas como Testament, Exodus e Annihilator, mas também incluindo algumas coisas do Crossover.

O álbum tem inicio com a música 'The New World Disorder', uma paulada no ouvidos do começo ao fim, mas a próxima 'Panzer 666' é melhor ainda, aqui as coisas aceleram e traz o melhor do Thrash metal, lembrando o Testament, sem dúvida uma das melhores do álbum.

A banda tem uma abordagem melódica e técnica em sua música, aliás muito bem vindos, pois por mais pesado que um álbum seja o fator melodia é muito importante para manter a sonoridade menos enjoativa e variada.

A instrumental 'Supernova' serve para demonstrar as habilidades dos guitarristas David Mora e Renan Obando mais uma vez mostram claramente sua habilidade de tocar, enquanto que na faixa 'Anthem to the Warfare' o Thrash metal volta com tudo, inclusive com aquela típica linha destacada de baixo, o mesmo ocorre na próxima 'Cycle of Violence' que varia entre partes rápidas e candenciadas.

O álbum até possui a faixa 'Live to Party, Party to Live', a qual é mais focada no Heavy metal clássico do que no Thrash metal e que a letra menciona várias bandas como Exodus, Megadeth, Ozzy, etc.

Enfim, um álbum que eu recomendo para os fãs de Thrash metal oitentista.

Rating: 8/10

Banda:

Carlos “Charlie” Díaz – vocals
David Mora – guitars
Renan Obando – guitars
José “Fucas” Mora – bass
Leyner Mora – drums

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Steel Rath - Prayers of War


'Prayers of War' é o segundo ábum dessa banda brasileira de Heavy metal, mais precisamente formada na cidade de França/SP em 2019. Esse é o segundo álbum do quarteto e o segundo que foi lançado pelo selo grego Alone Records, infelizmente não tive a oportunidade de escrever sobre o primeiro, mas cá estou para conferir esse novo trabalho.

A banda bebeu bastante da fonte do N.W.O.B.H.M. para moldar o seu estilo, especialmente de bandas como o Iron Maiden, pois basta conferir as guitarras da primeira faixa 'Fury Road', na verdade todo o resto lembra a banda britânica, claro, os vocais não estão à altura de um Bruce Dickinson, talvez essa seja a parte negativa do álbum, não pela performance do cantor, mas o fato de os vocais estarem muito altos na mixagem, mas se isso não te incomodar, não será esse detalhe que te afastará de conferir o som deste álbum.

Se você gosta daquele tipo de som galopante e com guitarras gêmeas que o Iron Maiden sabia fazer muito bem nos anos 80, não deixem de conferir a faixa-título 'Prayers of War' e a 'Fire Eagle', no entanto a faixa 'Hammer Grinder' me lembrou o Viper dos tempos dos dois primeiros álbuns, muito boa por sinal.

Gostei dos riffs da faixa 'Rhythm of the Storm', uma boa música, mas na próxima as coisas ficam um pouco mais calmas com a pesada balada 'Crimson Star', que conta com melodias muito interessantes e que tem um certo apelo emotivo.

Sem dúvida foi uma boa surpresa vinda dessa banda paulistana e espero poder ouvir mais música vinda deles no futuro, pois esse álbum é recomendado, especialmente se você apoia a cena nacional.

Rating: 8/10

Banda:

Bruno Coimbra - vocals
Alex Livás - guitar
André Ranhel - bass
Jiúlio D. César - drums

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Graveyard - 6


O novo álbum do Graveyard tem um título simples '6', pois é óbvio que se trata do sexto álbum dessa banda de Gotemburgo, o qual foi lançado mais de cinco anos após o último álbum de estúdio, provavelmente devido à Pandemia e o resultado está aqui.

O novo álbum do Graveyard ainda representa aquela marca registrada da banda, com muita influência dos anos 60, 70, mas um pouco mais sombrio que o último álbum 'Peace', talvez a pandemia possa ter influenciado nesta parte, mas não tem como negar que tivemos essa pequena mudança na sonoridade.

Momentos sombrios e psicodélicos podem ser encontrados na 'I Follow You', assim como a 'Breath in Breath Out'. Após o tom mas sombrio eis que surge uma faixa mais Blues rock 'Sad Song', uma faixa mais lenta, mas muito bem elaborada.

'Just a Drop' traz alguns riffs um pouco mais pesados de volta, enquanto que o Blues e rock retrô psicodélico volta à cena com 'Rampant Fields', esta bem densa e emotiva.

Este álbum reflete as marcas registradas da banda e ao mesmo tempo mostra um clima diferente concentrando suavidade e um lado sombrio. É um álbum recomendando, mesmo com a chuva de bandas tentando resgatar aquela sonoridade dos anos 70, o Graveyard consegue se destacar e consegue recompensar quem curte o estilo.

Rating: 8/10

Banda:

Joakim Nilsson - vocals/guitar
Jonatan Ramm - guitar
Truls Märck - bass
Oskar Bergenheim - drums

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Blacknetic - Darkness Falls


Blacknetic é uma banda alemã de Heavy/Thrash metal formada em 2012 e que lançou o seu álbum de estreia 'Darkness Falls' no ano passado, antes a banda chegou a lançar uma demo e um EP 'See the BlacKNesS...' em 2016.

Bom, vamos ao álbum: Depois de uma introdução temos a música 'Know Your Circle', nesta já podemos notar o estilo adotado pela banda, a qual toca um Heavy metal, mas também com diversas passagens de Thrash metal, como pode ser conferido nos riffs dessa música que é mais cadenciada, mas muito boa por sinal.

A próxima 'Help Me Die' conta novamente com grandes riffs de guitarra, mas com dose extra de melodia, especialmente nos solos de guitarra e ganha uma certa dose de velocidade neste interim. O interessante é notar que a banda ter uma certa dose de personalidade, apesar de semelhanças óbvias de bandas como o Judas Priest, Iron Maiden ou Metal Church. Quase na mesma linha temos a 'Even the Void', lembrando um pouco o Megadeth.

A 'Hell & Fire' é um pouco mais pesada e merece ser ouvida sem dúvida, no entanto o destaque maior vai para a 'Other Lives', esta é provavelmente a minha favorita do álbum, pois soa pesada, sombria e energética ao mesmo tempo. Encerrando o álbum uma versão pesada da música do 'Over The Hills And Far Away' de Gary Moore.

Após ouvir esse álbum algumas vezes, eu posso confirmar que vale muito a pena, pois o álbum possui momentos que cativam com riffs, melodias e peso sombrio. A banda tem talento e mostrou que sabe compor boas músicas, vou aguardar um novo álbum em um futuro não muito distante.

Rating: 8/10

Banda:

Peter Sowade - guitars/vocals
Martin Huber - guitars 
Sam Wagner - bass/backing vocals
Chris Erlbacher - drums

Ex-membro:
Ronny Kloß - guitars (no álbum)


Amplifire - Bloodbath Revolution


Amplifire é uma banda de Heavy metal formada na cidade de Karlsruhe, Alemanha e 'Bloodbath Revolution' é o quinto álbum de estúdio. Os álbuns anteriores já ofereciam um heavy metal sólido, mas por algum razão demorei para conferí-los, mas antes tarde do que nunca. O som é um Heavy metal  clássico/tradicional, que dominantemente conta com andamentos mais cadenciados, com boas melodias e vocalizações interessantes do vocalista Simon Axe.

A faixa 'The Abott in Black' dá início ao disco e inspira-se principalmente na NWOBHM, possuindo um refrão poderoso e já servindo para destacar os vocais do frontman, inclusive me fez lembrar do Heavy Load e levemente o vocalista do Axxis.

Como o próprio título sugere, a 'Heavy Metal Dynamite' traz um explosão com seus riffs, excelente refrão, backings vocals no melhor estilo grito de guerra, sem dúvida um grande destaque do álbum. A seguinte 'Geronimo' conta novamente com backing vocals e refrão que você sai cantando junto, além de riffs que me lembraram do Grave Digger.

As faixas 'Wild Days Of Thunder' e 'Inferno' são um pouco mais rápidas, eu digo em comparação ao restante do álbum, pois em geral o andamento é cadenciado, e é isto que eu mais gostei. A próxima 'Macbeth' começa de forma épica, com guitarras melódicas, para depois entrar riffs no estilo do velho Metallica, uma faixa mais longa, trazendo um certo ar de complexidade e certa variação ao som e outro destaque fica para a faixa-título 'Bloodbath Revolution' que encerra o álbum com riffs marcantes e, novamente, um bom refrão.

Se você é fã do velho e bom heavy metal oitentista, direto, sem frescuras, você deve conhecer o trabalho do Amplifire agora mesmo, pois é aquele típico álbum que gruda na sua mente e que te faz apertar o play novamente.

Rating: 9/10

Banda:

Simon Axe - Vocals
Stefan "Coach" Kunz - Guitars
Björn Walter - Bass, Vocals
Günter Jäger - Drums

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Rook Road - S/T


Rook Road é uma banda de Hard rock da Alemanha bastante influenciados por bandas como o Deep Purple (especialmente no velho som do Hammond), Uriah Heep, Whitesnake, Led Zeppelin, entre outras bandas de classic rock, ou seja, aquele velho som daquelas bandas dos anos 70 se faz presente na sonoridade da banda.

O álbum começa com a faixa 'Talk Too Much' tem teclados que lembram Deep Purple e Uriah Heep, no entanto me lembrou o velho Whitesnake com algo do Gary Barden no MSG, o mesmo ocorre com a seguinte 'Sick To The Bone'. 

Vale destacar o vocalista Patrik Jost que possui um voz muito boa para o estilo da banda, basta conferir a dramática balada 'Sometimes' e a 'Romeo', esta última lembra muito a fase antiga do Whitesnake.

O classic rock volta na faixa 'Kinda Glow' naquele estilo Uriah Heep que conhecemos muito bem, enquanto que a 'Tower' remete ao Deep Purple e encerrando o álbum temos a ótima balada 'Egyptian Girl', mostrando novamente a habilidade vocais do cantor.

Esse foi um álbum divertido de ouvir, ele não traz nada que já não ouvimos antes, mas eles interpretaram a sua música com paixão e conhecimento do estilo e pode agradar aqueles que curtem um Hard rock influenciado por bandas sententistas.

Rating: 7,5/10

Banda:

Patrik Jost - vocals
Uwe Angel - guitars
Hannes Luy - hammond, keyboards
Sebastian Mitael - bass
Thomas Luther - drums

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Anger - XXX - 30th Anniversary (CD single)


Essa banda de Thrash metal alemã chamada Anger foi formada em 1991, lançando uma demo em 1992, no entanto no próximo ano, a banda mudaria o seu nome para Congency e lançariam o álbum 'The Cogency Revenge' em 1993, o qual tem um som baseado no Thrash metal da Bay Area de bandas como Testament, Exodus, Vio-lence e o velho Metallica, mas sem deixar aparecer influências germânicas do Kreator, Sodom, etc. Depois de um hiato a banda mudaria o nome novamente para Anger, chegando a lançar algumas demos a partir do ano de 2002 até o ano de 2008 que marcou a separação da banda, mas em 2019 a banda voltaria a ativa com um novo baixista e concertos, no entanto devido à pandemia este novo material só pode ser lançado em 2022 e este novo single intitulado 'XXX' foi lançado.

Este single possui três musicas, iniciando com a 'Goodbye Bitch' a qual me lembrou o Motörhead. A próxima 'Validation' ainda traz aquela vibe meio Motörhead, como deu para perceber a banda incorporou na sua sonoridade o som do Lemmy e cia, mas ainda mesclando com Heavy metal e Thrash metal, pois na última faixa 'The Little Things' acontece a mesma coisa, no entanto esta é um pouco mais Thrash e veloz.

Enfim, a música contida aqui é legal, tem boas influências, mas como é apenas um single, vamos aguardar um album completo para conferir todas as influências e que não demore tanto tempo.

Rating: 7/10

Banda:

Markus "Bomber" Draeger - Vocals, Guitars
Mathew Hailingsworth - Bass
Rolf "Itti" Ittner - Drums

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